Primeiro debate eleitoral na Uenf pode responder uma questão: quem é situação e oposição a Silvério e Edson?

O primeiro debate eleitoral reunindo as duas chapas que concorrem à reitoria da Uenf para o período 2015-2019 acontecerá na próxima 3a. feira a partir das 18 horas no Centro de Convenções (Apitão). A campanha, convenhamos, começou seguindo o clima reinante na planície goitacá, isto é, muito fria.

Mas este primeiro debate deverá servir para que possamos resolver um primeiro mistério: qual das duas chapas representa a continuidade da política lamentável imposta pela dupla Silvério Freitas e Edson Corrêa ao longo dos seus intermináveis e desastrosos quatro anos de gestão à frente da reitoria da Uenf.

É que as duas chapas, tanto a encabeçada pelo ex-diretor do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT), Edmilson Maria, como a do ex-presidente da ADUENF, Luís Passoni, não se reivindicam como continuidade (alias, quem em sã consciência faria isso?).

Como sou um armazenador de imagens de fatos marcantes nos últimos 17 anos da história da Uenf, tenho que relembrar um dos pontos mais lamentáveis da gestão liderada pela dupla Silvério e Edson que foi a tentativa de quebrar o regime de Dedicação Exclusiva dos professores, abrindo ainda que professores horistas pudessem pertencer ao quadro docente. Essa tentativa foi desmascarada a partir de uma forte reação realizada pela comunidade universitária, e acabou sendo rejeitada pelo próprio (des) governo do Rio de Janeiro.

Assim, como votaram os que hoje pleiteiam ocupar a reitoria? Como não ocupavam assentos no Conselho Universitário (Consuni), os professores Luís Passoni e Teresa Peixoto não votaram naquele fatídico dia 26 de julho de 2013.  Aliás, há que se lembrar que naquele momento, os dois eram membros da diretoria da Aduenf, tendo sido inclusive negada a voz ao professor Passoni na reunião do Consuni, já que ele queria apresentar a posição contrária votada numa assembleia de professores!

Mas e os professores Edmilson e Amaral como se comportaram? Vejamos as imagens abaixo que são bastante reveladoras!

Nesta primeira imagem, o reitor Silvério Freitas e o seu vice-reitor Edson Corrêa sorriem após a aprovação da proposta apresentada por eles para acabar com o regime de Dedicação Exclusiva dos professores da Uenf.

Reitor e Vice - Reunião Consuni - Quebra DE - PS

Já nesta segunda imagem,  os que estão com os braços levantados são os membros do Consuni que votaram na proposta apresentada pela reitoria para quebrar a DE. Em destaque nessa imagem estão os professores Edmilson Maria que na condição de diretor do CCT e Antonio Amaral, então Pró-Reitor de Pós-Graduação.

Reunião Consuni - Quebra DE - PS

O fato é que numa votação crucial para a manutenção do modelo acadêmico criado por Darcy Ribeiro para a Uenf, os professores Edmilson e Amaral votaram com a reitoria. Por isso é que soa, no mínimo, estranho agora eles insistirem que não representam a continuidade no poder do grupo que ocupa a reitoria há quase 12 anos!

Finalmente, como será um debate aberto a receber perguntas dos presentes, uma pergunta que eu faria aos dois é a seguinte: se vocês não representam a continuidade da gestão Silvério-Edson, quais são as críticas que vocês fazem em relação ao que foi feito por eles nos últimos 4 anos?

Eleições na UENF: chapa de oposição envia carta à Comissão Eleitoral em defesa lisura da campanha

desigual

A campanha eleitoral para a reitoria na Uenf mal começou e os problemas de tratamento desigual à chapa de oposição já começaram. Vejam abaixo correspondência enviada na manhã desta 5a. feira à Comissão Eleitoral demandando o estabelecimento de práticas que garantam a lisura do pleito.

uenf eleição

A correspondência é uma reação a uma visita não divulgada publicamente da chapa situacionista formada pelos professores Edmilson Maria e Antonio Amaral à reunião do Conselho de Centro do Centro de Ciências e Tecnologias Agrárias (CCTA) onde o candidato a vice-reitor é lotado.

O tratamento equânime às duas chapas é parte fundamental do esforço de restaurar as práticas democráticas na Uenf após quase 12 anos de controle do mesmo grupo político que agora quer forçar a eleição de sua chapa.

Campanha eleitoral para a reitoria: a UENF com a chance de ter respeito e transparência

P&T

Nos últimos 12 anos a reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) vem se comportando como se fosse uma estafeta dos governos de plantão no Palácio Guanabara. O resultado de promessa de governança ajoelhada não ficou apenas no plano do encurtamento orçamentário.  Aliás, o elemento financeiro tem apenas servido como pano de fundo para uma deterioração nas relações democráticas dentro da Uenf que, por sua vez, resulta numa piora na qualidade administrativa, acadêmica e científica da instituição criada por Darcy Ribeiro para ajudar a alavancar o processo de desenvolvimento regional no Norte Fluminense.

Felizmente nas atuais eleições, a comunidade universitária da Uenf tem uma opção para substituir o status quo vigente com a chapa encabeçada pelos professores Luís Passoni e Teresa Peixoto. Ambos professores reúnem características de liderança democrática, a qual já foi exercitada tanto no plano da gestão institucional em vários cargos de direção acadêmica, como também na ação sindical dentro da Associação de Docentes da Uenf (Aduenf). Nestes dois âmbitos, a participação dos dois sempre foi a mais democrática e transparente possível.

O interessante é que neste momento inicial da campanha há um esforço feito na surdina de impingir a eles o rótulo de radicais desagregadores que colocariam a Uenf em conflito com o (des) governo Pezão caso fossem eleitos. 

É preciso notar que quem está fazendo este tipo de ataque clandestino não explica como chegamos ao fundo do poço praticando uma política de colaboração com os ocupantes do Palácio Guanabara, fossem eles o casal Garotinho, Sérgio Cabral ou Pezão!

De toda forma, como a campanha eleitoral deverá ter debates, a chapa Passoni&Teresa terá a oportunidade de esclarecer e refutar os rótulos que estão sendo jogados apenas para impedir uma discussão clara do seu programa e da visão que possuem para a Uenf nos próximos 4 anos.

Mas uma coisa é certa: há que se desconfiar das promessas mirabolantes e dos ataques que apenas procuram pregar adjetivos negativos para jogar fumaça nos olhos de quem está, por exemplo, cansado do desrespeito cotidiano que a Uenf vem sofrendo nas mãos do (des) governo Pezão.

É preciso dar um basta nisso, e exigir respeito e transparência na gestão da Uenf. É preciso dar um basta na reitoria-estafeta!

G1: Equipe de TV é intimidada durante visita de Pezão a comunidade no Rio

Jornalista foi cercado por grupo que disse apoiar o candidato à reeleição.

Mesmo proibidas, faixas de Pezão estão espalhadas por postes da favela.

 Janaína Carvalho, Do G1 Rio

Uma equipe de TV que cobria a agenda do candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) na Favela Tavares Bastos, na Zona Sul do Rio, foi intimidada nesta terça-feira (9) por um grupo com o pedido para não citar o nome de outro candidato ao Governo do Estado dentro da comunidade. O fato ocorre cinco dias após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter negado um pedido do Tribunal Regional do Rio (TRE) por reforço na segurança de 18 municípios do Rio de Janeiro durante as eleições de 2014.

Candidato à reeleição caminhou pela comunidade Tavares Bastos nesta terça (9) (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Candidato à reeleição caminhou pela comunidade Tavares Bastos nesta terça (9) (Foto: Janaína Carvalho / G1)

“Cara, vou mandar um papo reto. Aqui dentro não pode falar o nome de outro candidato”, advertiu Cassiano da Silva, que se identificou como presidente da Associação de Moradores do Morro Santo Amaro, ao jornalista Guga Noblat, do programa “CQC”, da Band, que foi cercado por cerca de 10 homens que usavam adesivos da campanha e apoiam o candidato ao governo do Estado.

Questionado pelos repórteres sobre o direito à liberdade de imprensa, limitou-se a responder: “Aqui você está dentro de uma comunidade. Aqui no morro as regras são diferentes”.

Sobre a possibilidade de adversários de Pezão fazerem campanha na comunidade, Silva respondeu que um deles até tentou, mas que não havia conseguido porque não era “bem recebido” no local.

A confusão ocorreu após o repórter citar o nome de um adversário de campanha de Pezão ao fazer uma pergunta irônica ao candidato.

Questionada em relação a necessidade de reforço na segurança do período eleitoral, em nota, a assessoria de imprensa do candidato à reeleição alegou que a Secretaria de Segurança estabelece,  tecnicamente, o seu parecer sobre as questões de Segurança do estado – e assim fez em relação às tropas federais. “Assim vem sendo feito desde que o atual governo assumiu em 2007, sem que haja qualquer tipo de acordo com quem quer que seja”, afirmou em nota.

Pedido de reforço negado
Na decisão do TSE, do último dia 4, o ministro relator do processo, Henrique Neves, afirmou que o governador do Rio foi consultado pelo TRE antes de o regional aprovar o pedido de requisição da força e informou ao órgão que “até o presente momento” não havia necessidade de requisição de forças federais para garantir as eleições de 2014.

O TRE requisitou o envio de força federal para o municípios de Niterói, São Gonçalo, Belford Roxo e Duque de Caxias. Na capital, o pedido foi feito para Costa Barros, Madureira, São Conrado, Santa Cruz, Bangu, Rio Comprido, Santa Teresa, Lins de Vasconcelos, Penha, Jacarepaguá, Curicica, Senador Vasconcelos e Guaratiba.

Em relação à cidade do Rio, o ministro foi comunicado de que, nas localidades onde estavam instaladas as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), não haveria nenhuma dificuldade de realização dos atos normais de propaganda eleitoral.

Galhardetes em via pública
Apesar de ser proibida proibida pelo TSE a colocação de faixas e galhardetes em postes de via pública, material de campanha do candidato Pezão estavam fixados em inúmeros postes da comunidade. De acordo com o TRE, até o momento, foram apreendidas 70 toneladas de material irregular em vias públicas na capital. A campanha de Pezão informou que desconhecia e já determinou a retirada desse material.

Galhardetes do candidato Pezão em postes públicos da Tavares Bastos (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Galhardetes do candidato Pezão em postes públicos da Tavares Bastos (Foto: Janaína Carvalho / G1)

A fiscalização tem o poder de polícia de fazer cessar irregularidades imediatamente, ou seja pode recolher o material colocada irregularmente em via pública e também notificar o candidato para fazê-lo em 24h.

Durante a visita na comunidade, Pezão afirmou que era um prazer estar no local que abriga o Batalhão de Operações Especiais, referindo-se ao fato do Bope ter ganho, há mais de 10 anos, uma sede no alto da comunidade. “É um prazer estar aqui numa comunidade que tem o Bope dentro dela, vendo o que a paz permitiu a toda essa região, continuar a investir fortemente no processo de pacificação, mas, principalmente, uma proposta que eu quero levar para toda a região metropolitana do Rio à todas as comunidades que é o ensino médio diurno. A gente viu os resultados que colhemos agora com o Ideb”, afirmou Pezão.

Cartazes de candidatos estavam espalhados em postes públicos da comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
Cartazes de candidatos estavam espalhados em postes públicos da comunidade (Foto: Janaína Carvalho / G1)
FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2014/noticia/2014/09/equipe-de-tv-e-intimidada-durante-visita-de-pezao-comunidade-no-rio.html

 

Oposição Petroleira divulga material de campanha e denúncia agressões a seus ativistas

O blog recebeu hoje o material de campanha do candidato da Oposição Petroleira para o Conselho de Administração (C.A) da Petrobras que está ocorrendo até o dia 15/01. Além disso, também nos foi enviada a denúncia de que dois militantes da Oposição Unificada teriam sido agredidos por um diretor do Sindipetro-NF enquanto tentavam fazer campanha para o seu candidato nas dependências do aeroporto de Cabo Frio.

Não posso dizer que estou surpreso, mas continua sendo lamentável. Afinal, nos áureos tempos de sua fundação, a CUT representou uma resposta direta a um sindicalismo atrelado ao Estado, onde só os pelegos podiam concorrer aos cargos dirigentes. Mas este não é o primeiro, e provavelmente não será o último, onde sindicalistas de oposição são agredidos por dirigentes sindicais ligados à CUT.

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