EUA retomam relações diplomáticas com Cuba. E agora o que dirão os golpistas brasileiros, que Barack Obama virou bolivariano?

Hoje é um daqueles dias que a gente vive para ver acontecer. É que eu tinha parcos três meses de idade quando o governo dos Estados Unidos da América romperam relações diplomáticas com Cuba em uma de suas medidas para tentar sufocar a revolução liderada por Fidel e Raúl Castro contra o ditador pró-estadunidense Fulgêncio Batista. Ao longo de mais de 5 décadas, os EUA impuseram um injusto e desumano bloqueio econômico contra Cuba, sem que tenham conseguido nem desapear os irmãos Castro do poder ou, tampouco, recolocar seus títeres no poder em Havana.

O mais nojento de tudo é que em tempos recentes, a direita brasileira liderada por figuras abjetas como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo e o ex-roqueiro Lobão vinham usando a proximidade econômico do governo brasileiro com Cuba como uma ferramenta de geração de preconceitos e chauvinismo contra a valorosa ilha caribenha que ostenta níveis de educação, saúde pública e longevidade que deveriam deixar o Brasil rubro de vergonha.

Neste momento, confrontado com várias facetas negativas da geopolítica mundial, inclusive a ascensão dos chamados BRICS, o governo estadunidense liderado pelo presidente Barack Obama decide reatar as relações diplomáticas, o que pode ser um primeiro passo para a suspensão do embargo econômico.

Agora, vamos ver como ficam as viúvas da ditadura militar que até poucos dias destilavam seu ódio contra Cuba e se miravam nos EUA como uma espécie de paraíso a ser imitado. É que daqui a pouco não vai tardar se ver Barack Obama chegando em Havana para apertar as mãos de Raúl Castro. Nesse dia eu realmente quero ver como ficarão as faces dos reacionários chauvinistas que nos envergonham com seu preconceito contra Cuba. Melhor ainda se Obama chegar em Cuba por navio e aportar no Porto de Mariel!

Abaixo algumas das reportagens circulando na imprensa internacional sobre o reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e EUA!

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Embargo contra Rússia? Europa se afoga em seus próprios alimentos

Embargo contra Rússia? Europa se afoga em seus próprios alimentos

Em resposta à sanções impostas a seu país, Vladimir Putin proibiu a importação de alimentos europeus por um ano, mostrando que a decisão de seguir cegamente os EUA foi um tiro no pé

Por Cauê Seignemartin Ameni*, em Parallaxis, com informações do The Guardian

Em poucas semanas a resposta russa contra as sanções imposta pela UE e EUA vem surtindo efeitos dramáticos na exportação de alimentos e podem aprofundar a recessão do velho continente. A proibição do Kremlin a importação de 28 países da UE, mais EUA, Canadá, Noruega e Australia por um ano, fez com que quantidades de peras francesas, salsichas alemãs, pimentas polonesas e peixe escocês periguem apodrecer nos armazéns. Ano passado, as exportações da UE à Russia, alcançaram 11 bilhões de euros – cerca de 10% do total das exportações do bloco europeu, segundo o Eurostat. Segundo o primeiro ministro húngaro, Viktor Orbán, as sanções contra a Rússia foram um tiro contra o pé. Vejamos alguns países:
 
  • Alemanha: os produtos agrícolas alemães exportados para a a Rússia em 2013 chegaram a 1,6 bilhão de euros — mais alto que qualquer outro país da UE -, cerca 3,3% do total de exportações. O item mais vendido era carne de porco: das 750 mil toneladas de porco comprada pelos russos, no valor de mais de 1 bilhão de euros, cerca de 1/4 era alemão. 
  • França: O país que chegou a exportar 1 bilhão de euros em alimento para a Rússia ano passado, é atingido com o embargo. Cerca de 27 mil exportadores de frutas e legumes estão sendo prejudicados. No total, 50 mil toneladas/ano, saem de um país para o outro. Mais 50 mil toneladas são exportadas para a Rússia via Benelux e Báltico, girando um comércio de 48 milhões de euros/ano. Dessas 100 mil toneladas, 54% são maçãs, 20% batatas, 8% tomates e pepinos, 6% peras e 6% couves-flor.
  • Espanha: O país está contando as feridas: frutas, carne e verduras foram incluídas nas sanções da Rússia contra a Europa, mas vinho e azeite de oliva não estão na lista. Cerca de 30 mil toneladas de tomates, pêssegos e laranjas mandarim exportadas anualmente para a Rússia não encontrarão mercado num continente já afogado em excesso de produtos não comercializados.
  • Polônia: A mais surpreendente resposta às sanções russas foi campanha de publicidade distribuída pelas redes sociais, conclamando os poloneses a “comer mais maçãs, para derrotar Putin”. Mas o principal problema não são as maçãs, mas os legumes perecíveis. “As maçãs podem ser armazenadas por até nove meses, mas vegetais como a páprica têm de ser comercializados imediatamente depois de colhidos; e 40% do que produzimos sempre foi destinado ao mercado russo” – queixou-se Roman Sobczak, presidente do grupo produtor Polish Paprika. O preço de vários vegetais já caiu a menos da metade.
  • Reino Unido: O peixe cavala, um dos itens mais valiosos dos estoques de pescado da Escócia, perderá 20% do seu estoque comprado pelos russo – equivalente a 16 milhões de libras.
 
As restrições comerciais criarão uma lacuna de 9,5 bilhões de dólares no mercado de alimentos. Para preenche-lo, a Rússia já está em negociações com países da América Latina, Nova Zelândia, Cazaquistão e Belarus. 
 
Diante disso, pode-se concluir com as palavras de Luc Barbier, membro da Federação dos Produtores Franceses de Frutas: “Os russos continuarão a comer maçãs, tomates e pêssegos, a diferença é que não comerão produto europeu. Comerão pêssegos, maçãs e tomates importados da Ásia, do Brasil, da África do Sul… Quer dizer: quando eles [os russos] reabrirem o mercado para nós, precisaremos de vários anos para reconquistar parte do mercado. É terrível”.
 
*Cauê Seignemartin Ameni é cientista político
FONTE: http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/08/sancoes_russia/

Bloomberg diz que ações da OSX foram embargadas pela Acciona

A Bloomberg acaba de publicar uma matéria dando dados adicionais sobre a decisão da justiça da Holanda de embargar ações da OS(X) para honrar dívidas contraídas com a empresa espanhola Acciona na construção do estaleiro no Porto do Açu. É interessante lembrar que o “embargo” das ações da OSX Leasing só foi capaz porque Eike Batista deixou essa empresa fora do processo de recuperação judicial que abarca outras empresas do seu combalido império de empresas pré-operacionais.

Para quem na época não entendeu porque a Acciona continuou pagando o salário de trabalhadores que sequer sabiam o caminho do Porto do Açu, agora a resposta está dada. Os espanhóis receberam um esperar um pouco e pegaram Eike Batista na curva.

Esse é um perfeito exemplo de como não existem bobos no jogo das grandes corporações. Aliás, o único bobo é aquele que se julga o único esperto. E nesse caso envolvendo a OS(X) e a Acciona, já deve estar claro quem foi o bobo e quem foi o esperto. Olé!

Batista Oil Vessel Unit Stock Embargoed by Acciona

By Juan Pablo Spinetto and Blake Schmidt

Shares in Eike Batista’s oil platform leasing unit are being embargoed at the request of Acciona SA (ANA) as the Spanish power generator seeks to secure payment from the former billionaire’s shipbuilder, Acciona said.

A judge in the Netherlands granted a petition to hold the shares of OSX Brasil SA (OSXB3)’s leasing unit, Madrid-based Acciona said in an e-mailed response to questions after the ruling was reported by Veja columnist Lauro Jardim. OSX, based in Rio de Janeiro, didn’t reply to requests for comment to its press office. Acciona didn’t provide details of the legal case.

Batista’s leasing unit, which was left out of OSX’s bankruptcy protection request, owns the OSX-3 offshore oil-processing vessel built by Tokyo-based Modec Inc. (6269) and used as collateral for $500 million of OSX bonds due 2015. The defaulted bonds jumped 4.3 cents this year to 89.5 cents on the dollar on Jan. 17 partly because of expectation foreclosure of the vessel will allow creditors to get their money back.

“It’s a second bid on the money,” said Rafael Fritsch, chief investment officer at JGP Credito in Rio de Janeiro. Acciona “is hoping for any excess value after bondholders and banks,” he said. “In theory, there should be excess value.”

Shares of OSX, which have plummeted 92 percent in a year, were unchanged at 77 centavos at 1:45 p.m. in Sao Paulo.

The seizure of the company’s leasing unit could further disrupt the company’s business plan, Fritsch said.

OSX defaulted on $11.56 million of interest payments on the bond due Dec. 20.

To contact the reporters on this story: Juan Pablo Spinetto in Rio de Janeiro atjspinetto@bloomberg.net; Blake Schmidt in Sao Paulo at bschmidt16@bloomberg.net

To contact the editor responsible for this story: James Attwood at jattwood3@bloomberg.net

FONTE: http://www.bloomberg.com/news/2014-01-20/batista-oil-vessel-unit-stock-embargoed-by-acciona.html