Nas últimas semanas tenho comparado de forma reiterada a situação em curso no Brasil com o impeachment/golpe contra Dilma Rousseff ao que foi feita contra o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, e contra o do Paraguai, Fernando Lugo, em 2012.
É que depois de ver as cenas tragicômicas que ocorreram ao longo desta segunda-feira (09/05) depois que o presidente em exercício da Câmara de Deputados, deputado Waldir Maranhão (PP/MA), resolveu anular as sessões que resultaram na aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, eu só posso concluir que no caso brasileiro, a coisa adentrou um terreno pantanoso que os golpistas hondurenhos e paraguaios conseguiram evitar até com certa facilidade.
Tanto isto é verdade que tanto Manuel Zelaya como Fernando Lugo rapidamente reocuparam posições de destaque na política partidária de seus respectivos países, sendo que Lugo é atualmente um forte candidato nas próximas eleições paraguaias.
O fato que parece saltar aos olhos é que a saúde democrática do Brasil consegue ser mais frágil e cambaleante do que países para os quais costumamos olhar com algum desdém. O que parece estar ficando claro é que ao fim e ao cabo de, o Brasil é que está merecendo o título pouco glorioso de “Banana Republic” ou simplesmente “república bananeira”.
E durma-se como um barulho desses!
