Suásticas chegam a templos religiosos e explicitam o grave risco que paira sobre a democracia brasileira

sao pedro 1

Há uns dias atrás, uma jovem gaúcha foi tatuada a faca com o simbolismo do nazismo por estar usando uma camiseta que dizia “EleNão”. O delegado que ficou responsável pelo caso disse que a tatuagem seria de um símbolo budista de paz e amor, desconsiderando que a mensagem sendo tatuada à força era de violência e intimidação [1].

Neste final de semana, moradores do pacato Distrito de São Pedro da Serra, localizado no município de Nova Friburgo (região serrana do Rio de Janeiro) foram surpreendidos com sua capela pichada também com o símbolo do nazismo, o que gerou grave consternação na comunidade local [2].

são pedro da serra

 

Interessante notar que a Capela de São Pedro foi a primeira igreja católica a ser construída em Nova Friburgo, tendo 150 anos de existência, e o vandalismo que ocorreu é provavelmente o mais grave em toda a sua história.

Esse fato é exemplar das consequências que estão resultando da aplicação de uma “blitzkrieg” de memês e fake news que visam apenas rebaixar o nível de consciência da população brasileira, de modo a favorecer a uma candidatura presidencial cujo cabeça não resistiria a um minuto de debate franco.

Mas é importante que quem se opõe a este tipo de tática não se deixe amedrontar, pois exatamente esse o objetivo de quem as pinta, inclusive em templos religiosos.


[1] https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/o-que-se-sabe-sobre-o-caso-da-suastica-marcada-em-mulher-de-porto-alegre,36dc958fdda477609551510f163b1f41jdi6d7q2.html

[2] https://www.novafriburgoemfoco.com.br/noticia/friburgo-capela-de-sao-pedro-da-serra-e-picha?fbclid=IwAR0yKWNZPc1GAJkp6GDlTHqhG7QfoYhuq0gnJE_6d1JrJFE8UC24bEoV3wQ

A mais execrável das propinas: desvio de verbas nas obras de reconstrução na região Serrana

friburgo

Estive em Nova Friburgo em janeiro de 2011 para entregar um caminho de doações recolhidas no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense. O cheiro que exalava por todo as ruas e avenidas por que passei era característico, o da morte. Até a presente data não se sabe ao certo quantas vidas foram terminadas pela avalanche de lama e pedras que varreram a região Serrana do Rio de Janeiro naquela hecatombe.

Entretanto, agora já pode se saber um pouco mais como a máquina de corrupção comandada pelo ex (des) governador Sérgio Cabral se aproveitou daquela imensa tragédia humana para financiar a campanha para (des) governador do Sr. Luiz Fernando Pezão a partir da delação do Sr.  Benedicto da Silva Junior, ex-dirigente da empreiteira Odebrecht (Aqui!).

propina serranaSem incorrer em falsos moralismos, não posso deixar de apontar que esse caso em especial me faz pensar que o (des) governador Pezão faria um enorme favor a si mesmo e ao povo do Rio de Janeiro se resolvesse renunciar à chefia do executivo fluminense.

É que diante das evidências de que seu grupo político se serviu de um enorme tragédia social para captar recursos de campanha, não há como arguir qualquer resquício de legitimidade para continuar tentando retirar o Rio de Janeiro da crise em que este tipo de prática nos colocou.

Afinal, há algo mais execrável e deslegitimador do que se valer da morte e da destruição para recolher recursos de campanha? Pelo menos para mim esse caso deveria ser o ponto final nessa gestão desastrosa.  Ponto final!