O fracasso da política de esculacho das UPPs nas comunidades pobres

 

 

 

 

 

 

Por Pedro Porfirio

Deixaram as ruas ao léu e jogaram 10 mil policiais numa guerra cega contra populações criminalizadas

Essa violência sem fim em morros festejados como “pacificados” pela presença assustadora de policiais despreparados é o retrato mais exuberante de um grande fracasso – o da odiosa política de ocupação e humilhação das comunidades proletárias do Rio de Janeiro.

Você deve estar lembrando da propaganda enganosa patrocinada pelo Sérgio Cabral: os bandidos tinham fugido dos morros à simples presença de aparatos policiais. Tendo à frente da Segurança Pública um delegado forasteiro, que quase nada conhecia do Estado do Rio de Janeiro e contando com o patrocínio “generoso” do então bajulado Eike Batista, as tais UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA – UPPs vendiam à classe média do asfalto a ideia de que a criminalidade seria vencida esculachando as comunidades onde os bandidos se homiziavam.

Desde a primeira UPP, em dezembro de 2008, no Morro Dona Marta (e não Santa Marta como falam os altos funcionários do governo e uma mídia que não sabe de nada) o governo do Estado do Rio tem insistido nessa estratégia, com o que abandonou as ruas da cidade e transformou cada comunidade numa “faixa de Gaza” sob ocupação: COM ISSO, OS BANDIDOS PASSARAM A VENDER DROGAS NO SAPATINHO E NO DELIVERY, DISPENSANDO OS PRÓPRIOS APARATOS CONTRA INVASÕES DE RIVAIS, JÁ QUE A PM ESTAVA LÁ COM ESSE ESCOPO INIBIDOR. (Escrevi várias colunas a respeito dessa “segurança de fachada”, como você achará pelo Google).

Agora, já não há como esconder o tremendo fracasso dessa política que tentou desmerecer todo um esforço no sentido de levar cidadania às comunidades que abrigam milhares de trabalhadores, as quais tiveram um grande crescimento a partir das décadas de 60/70, quando da implantação do sistema financeiro de habitação pela ditadura, que tornou insuportável o custo dos aluguéis nas áreas urbanas.

Na década de 80, com os CIEPs, centros de educação pública integral, um novo horizonte se descortinou nessas áreas pobres. OFERECIA-SE INSTRUÇÃO COMO MELHOR ALTERNATIVA AO CRIME EM UM PROGRAMA OUSADO, NO QUAL A CRIANÇA PASSAVA O DIA NA ESCOLA (projeto que, a bem da verdade, foi boicotado não apenas pela Rede Globo, mas pelo PT, que travava uma queda de braço com o brizolismo pela hegemonia do campo popular).

Abraçando a visão das elites, que criminalizavam as comunidades pobres como santuários do crime, Sérgio Cabral mandou descer o cacete e espalhou “caveirões”, sobretudo nas áreas de auto-suficiência econômica, com comércio próprio pujante, como na Rocinha, no Complexo do Alemão, no Jacarezinho e na Cidade de Deus.

Por muito tempo, essa política de UPPs encheu os olhos da classe média do asfalto e a especulação imobiliária aproveitou para valorizar imóveis do entorno das comunidades “pacificadas”. Estatísticas não faltaram para dourar a pílula: não é difícil manipular os números diante de pessoas superficiais e acríticas.

Agora taí: a conta que vai sobrar pra gente. As comunidades “pacificadas” estão explodindo e tornando traumática a vida no entorno. Usado por mais de 60 mil carros diariamente, o túnel Zuzu Angel, sob a Rocinha, é o maior emblema da insegurança epidérmica: quem passa por lá, a qualquer hora do dia ou da noite, tem a pressão elevada.

Enquanto isso, as vítimas inocentes da militarização dos morros se sucedem numa cadeia cada vez mais crescente. A última delas, o menino Eduardo Jesus Ferreira, mostra a certeza de impunidade de policiais sem treinamento, que também estão lá jogados na fogueira, numa espécie de “guerra santa” contra quem levantar qualquer suspeita. O garoto de 10 anos estava na porta de casa jogando no celular, que foi confundido por uma arma, segundo seu pai.

Diante dessa tragédia que compromete definitivamente esse modelo de “segurança”, o governador Pezão disse que o Estado vai pagar o sepultamento do menino no Piauí, para onde a família quer retornar.

O mais é pura lorota, porque esse mesmo governador anunciou que vai mandar mais tropas para o Alemão, e policiais nervosos são o único pessoal de que dispõe o governador para lidar com as comunidades pobres.

http://www.blogdoporfirio.com/2015/04/o-fracasso-da-politica-de-esculacho-nas_4.html

Bacanal à moda da casa

Aécio amarra aliança do PSDB e DEM com Pezão em troca de apoio de Cabral e do PMDB no Rio

Por Pedro Porfírio

Foi a surpresa menos surpreendente desta novela rocambolesca que se desenrola como pano de fundo desse porre que nos enche de bola quase o dia todo. Era um capítulo já escrito de que só não sabia o Carlos Lupi (ou sabia?) e os apegados aos penduricalhos do governo estadual do PDT, partido que emprestará a legenda de Leonel de Moura Brizola à aliança mais cristalizada da direita no Estado do Rio, capaz de receber as bênçãos, os afagos e a ajuda do Olavo de Carvalho, Rodrigo Constantino e da burguesia picareta, a mesma que ia investir na Copa do Mundo e deixou as despesas penduradas em nossa conta.

Sérgio Cabral Filho, o campeão absoluto de rejeição, precisava de uma saída honrosa pra entregar a toalha e recolher-se a uma fortaleza eletrificada, onde se refugiaram seus “compadres” Eike Batista e Fernando Cavendish. 

Cabral já saiu do governo no início do ano por que não conseguia mais botar o pé na rua. E queria tirar o seu Pezão mandado da sarjeta do ostracismo.

Até acreditou na memória fraca da plebe ignara, mas depois viu que ele fez tantas poucas e boas que não havia uma criança que não  quisesse vê-lo pelas costas. Principalmente aqueles, como o adolescente de Manguinhos, a quem destratou e humilhou, ma frente do Lula, como se tivesse o rei na barriga.

Precisava também tirar a máscara sobre seu retorno ao ninho tucano depois da morte de Marcello Alencar, de quem se serviu do bom e do melhor, e depois traiu, no final do seu governo, quando viu que não ia ter nenhum dividendo com a privatização da CEDAE, que acabou abortada, como também abortou a privatização do Maracanã naquela época.

Não o move nessa manobra de formal adesão ao “Aezão”, nada senão o olho gordo. Existe é uma baita articulação sistêmica, digamos assim, para evitar que Dilma Rousseff faça um segundo governo, agora mais calejada, já sabendo que tem bala na agulha para avançar. A turma da pesada, sejam as empresas sugadoras das tetas públicas, sejam os políticos padrão Eduardo Cunha, que existem aos borbotões, faz qualquer maracutaia para derrotar à teimosa que, explicitamente, deu um chega pra lá nos malfeitos dos próprios correligionários e aliados.

Cabralzinho ficou órfão de pai e mãe com a debacle dos dois empresários “irmãozinhos” e isso teve implicações também com suas conexões junto aos salões da corte, onde meia dúzia de empreiteiros têm acesso instantâneo aos palácios e singram em águas mansas e próprias para a pesca.

Há uma insatisfação explícita da quadrilha que privatizou o Erário diante das exigências saneadoras da Dilma.  Ela não pode ouvir falar em obras superfaturadas ou tráfico de influência que, comprovadas, manda investigar, doa em quem doer, para o desespero dos autores das emendas parlamentares e dos governadores que fazem a festa com tais subterfúgios legislativos. Não era assim que a banda tocava antes. E se continuar por mais um governo, os paraísos fiscais vão começar a se queixar da falta de freguês.

Mas no Estado do Rio o PSDB ficou mau das pernas desde quando Marcello Alencar perdeu a mobilidade e foi transformado numa figura decorativa de um partido em que ele era o único elo com a alma fluminense. O tucanato aqui se reduz a exatos dois gatos pingados, que ainda tiveram a insanidade de inviabilizar a carreira de uma vereadora guerreira, mas de opinião própria, que se decepcionou e voltou para casa.

Já o DEM (nome envergonhado do PFL) também lambeu com a dissidência puxada por Eduardo Paes, aquele cujas mãos seriam alvejadas se você disparasse sobre a virilha do Cesar Maia. O atual prefeito, reconheçamos, é carne de pescoço, obstinado e tem jogo de cintura desde que não tenha de ceder mais da conta, da sua conta, é claro. De mal com o Cesar, seu pai político, tratou de arrebanhar a própria grei e não precisou ir muito longe: quando o ex-todo poderoso  caiu do cavalo e o antigo pupilo se fez homem, correu todo mundo para o seu sovaco, até os que jejuavam pela saúde do ex-chefe.

A cata de intermediário a qualquer preço

O Estado do Rio de Janeiro é o terceiro colégio eleitoral do país, com 12 milhões de eleitores. Em 2010, Serra já havia levado uma surra, ficando em terceiro, atrás de Marina. E daí para cá, o tucanato evaporou-se de vez: até o Zito, o ex-rei da Baixada, também perdeu a majestade.

A coisa ficou tão sinistra que o PSDB fez sábado sua convenção e decidiu não decidir nada.  Não tinha mesmo o que decidir por suas próprias pernas.

Foi então que Aécio mexeu seus pauzinhos e chamou Cabral, Picciani e Cesar Maia ao seu apartamento de Copacabana.  Sim, o mineiro pode não ter eleitores aqui, mas patrimônio imobiliário, isso ele esbanja. 

Numa manhã dominical em que a brisa fria soprava do mar, o tucano não precisou de  muita lábia para trazer Cesar Maia para o seu ninho, abrindo uma saída honrosa para o pré-derrotado Sérgio Cabral e, mais uma vez, mandando para escanteio o senador Francisco Dorneles,  que vem a ser sobrinho de Tancredo e, reconheçamos, foi um parlamentar competente, principalmente na luta pelos royalties do petróleo.  Na véspera dos 80 anos, que fará em janeiro, ele está surpreendendo os amigos por aceitar tudo calado, mas enfim, como disse o Eduardo Paes, essa reunião que selou a nova aliança, com os encômios  e as pepitas da direita mais rancorosa, não há quem escape a um bacanal, principalmente se isso tem cheiro de poder.

O resultado desse capítulo, em resumo, é que está formada a cadeia de direita mais explícita desses anos abomináveis e agora Dilma não tem mais por que ficar fazendo que acredita na lábia do Pezão. Se até o Eduardo Paes vai ter que distribuir santinhos do Cesar Maia, seu odiado ex-amor, não há como ficar fazendo de conta que não sabe de nada.

Essa leniência com maquinações sórdidas pode parecer covardia. E, para terminar por hoje, é preciso desmascarar de vez duas obras de ficção: o excesso do tempo de tv e o palanque local.  Numa campanha em que se disputa a Presidência da República, tudo o mais gira em torno. São os candidatos locais que precisam dos sorrisos dos presidenciáveis. Além disso, tevê demais enche o saco do telespectador – todo mundo sabe disso. É assim tão nociva como tevê de menos, que não dá tempo para dar o recado.

PS – Em 2012, Cesar Maia lançou o filho Rodrigo candidato a prefeito do Rio em aliança com Garotinho, que indicou a filha como vice, só para bater em Eduardo Paes. Este foi reeleito no primeiro turno com 2.097.733 (64,60%) dos votos. Já o filho de Cesar Maia teve 95.328 votos (2,94%).

FONTE: http://www.blogdoporfirio.com/2014/06/bacanal-moda-da-casa.html

Dilma recusa federalizar universidades, enquanto Cabral quer detonar UENF, no norte fluminense

12 mil universitários no olho da rua

 Dilma recusa federalizar universidades, enquanto Cabral quer detonar UENF, no norte fluminense

 Por Pedro Porfírio*

 

Enquanto o governo da presidenta Dilma Rousseff abandona à própria sorte 12 mil universitários da Gama Filho e da Universidade, no Rio de Janeiro, recusando-se a adotar a única medida que  poderia lhes assegurar a preservação efetiva dos seus cursos, o governador Sérgio Cabral, que se faz de desentendido nesse episódio desastroso, trabalha celeremente para destruir a Universidade Estadual do Norte Fluminense, a primeira do Brasil a ter  100% de professores com doutorado, implantada em 1993 por Leonel Brizola sob a inspiração de Darcy Ribeiro.

No caso das duas universidades privadas descredenciadas, o ministro Mercadante, da copa e da cozinha da presidenta, brande impedimentos constitucionais para não federalizá-las, o que é uma grande falácia. Em 2007 mesmo, a Universidade Federal Fluminense incorporou a Faculdade de Odontologia de Friburgo e hoje a antiga escola privada faz parte de sua estrutura.

Falta mesmo é vontade política. Se essas faculdades fossem do amigão Eike Batista, Dilma e Sérgio Cabral já teriam procedido sua encampação, ao gosto do freguês e pagando preços camaradinhas.

A federalização da Gama Filho e da Universidade não é um pleito corporativo dos seus professores e funcionários, mas a única solução razoável para uma crise gestada  há mais de cinco anos.

Foram os próprios reitores das universidades federais no Estado do Rio que sugeriram a federalização, propondo a adoção da mesma fórmula usada no caso da Faculdade de Odontologia de Friburgo.

“Inconstitucional não é, porque o argumento que o aluno não fez o Enem…Há editais de transferência. Professores seriam temporários e depois haveria concurso público”, argumento o reitor da UFF, Roberto Salles.

 Mas o governo parece movido sob inspiração de outros interesses, num cenário semelhante ao do caso VARIG, em 2006, quando a mais tradicional voadora brasileira  a leilão sucateada em leilão por 20 milhões de dólares, desprezando plano dos os próprios empregados para mantê-la. Naquele episódio, a TAM (hoje controlada pela LAN chilena) e a Gol (que hoje vai muito mal das asas) foram descaradamente as grandes beneficiadas.

O Ministério da Educação sabe muito bem que essa “transferência assistida” apresentada como saída é uma balela. “Muito dificilmente nós vamos encontrar capacidade ociosa que sirva sob medida. Todas as escolas hoje estão dimensionadas para atender os seus alunos atuais”, alertou Elizabeth Guedes, vice-presidente da Associação Nacional de Universidades Particulares.

Só mesmo um poderoso esquema de interesses mantém o governo federal na sua postura inflexível. O que está em jogo principalmente é o direito de 12 mil estudantes de concluírem seus cursos, em que se matricularam com as garantias inerentes do Ministério da Educação, que não pode fugir de suas responsabilidades. Afinal, eles não jogaram seu destino em nenhuma faculdade informal ou clandestina.

É profundamente lamentável e nauseante essa atitude hipócrita do governo da presidenta Dilma Rousseff, em conluio com Sérgio Cabral, essa figura incompetente, mesquinha e arrogante que está infernizando a  vida dos fluminenses.

 Ofensiva contra a UENF pode levar à greve
 
Cabral desestabiliza Universidade criada
 por Brizola e Darcy  projetada por Niemeyer

O governador Sérgio Cabral, que encabeça uma penca de partidos de todos os matizes, inclusive da ex-esquerda, não para por ai. Seu alvo existencial é a Universidade Estadual Fluminense, cujo maior dolo é ter sido criada por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, contra quem Cabral Filho descarrega seu indisfarçável ódio doentio.

Neste momento, ele trabalha com todo o seu mau caráter para levar os professores da UENF a uma greve, já que há um ano eles vêm sendo engabelados pelo governo do Estado e pelo próprio reitor quanto ao pagamento do adicional de dedicação exclusiva, como denunciou o professor Marcos Pedlowski em seu blog 

“Após passarem o ano de 2013 numa penosa e infrutífera negociação com a Secretaria de Planejamento e Gestão do (des) governo Sérgio Cabral, em assembleia realizada no dia de hoje (16/01) os professores da UENF demonstram um certo cansaço com essa forma “paz e amor” de cobrar seus direitos” – escreveu o professor, ao noticiar a aprovação de um indicativo de greve diante do impasse criado pelo Estado.

E mais: “a proposta do (des) governo Cabral é tão ruim que propõe oferecer 35% de Adicional de Dedicação Exclusiva (enquanto que na UERJ o valor pago é 65%) para, em troca, quebrar a espinha dorsal do modelo institucional da UENF que é ancorada num quadro docente exclusivamente formado por doutores que se dedicam com exclusividade às suas tarefas acadêmicas dentro da instituição”.

Há visível má fé na postura de Cabral, uma demonstração de viés político inegável.  Em 2012, a UENF, com seus 16 cursos, foi reconhecida pelo Ministério da Educação como a melhor universidade do Estado do Rio de Janeiro e a 11ª no país com base no Índice Geral de Cursos (IGC) de 2011, no qual são avaliadas 226 universidadesIsso incomoda os prepostos das faculdades de balcão e os eternos desafetos de Brizola e Darcy.

É deplorável que esses movimentos obscurantistas ocorram com a cumplicidade de figuras que vendem a imagem de defensores da educação pública de qualidade e que transitam lépidas e fagueiras no chamado campo progressista.

Todos esses impostores, que vivem assustados com qualquer movimentação dos jovens, vão pagar por tanta ignomínia, e isso não vai demorar muito. As ruas estão aí para acolher mais uma vez os cidadãos no exercício sublime e corajoso de sua indignação.

FONTEhttp://www.blogdoporfirio.com/2014/01/12-mil-universitarios-no-olho-da-rua.html

Pedro Porfírio é Jornalista desde 1961, quando foi ser repórter da ÚLTIMA HORA, PEDRO PORFÍRIO acumulou experiências em todos os segmentos da comunicação. Trabalhou também nos jornais O DIA e CORREIO DA MANHÃ, TRIBUNA DA IMPRENSA, da qual foi seu chefe de Redação, nas revistas MANCHETE, FATOS & FOTOS, dirigiu a Central Bloch de Fotonovelas. Chefiou a Reportagem da Tv Tupi, foi redator da Radio Tupi teve programa diário na RÁDIO CARIOCA. Em propaganda, trabalhou nas agências Alton, Focus e foi gerente da Canto e Mello. Foi assessor de relações públicas da ACESITA e assessor de imprensa de várias companhias teatrais. Teatrólogo, escreveu e encenou 8 peças, no período de 1973 a 1982, tendo ganho o maior prêmio da crítica com sua comédia O BOM BURGUÊS. Escreveu e publicou 7 livros, entre os quais O PODER DA RUA, O ASSASSINO DAS SEXTAS-FEIRAS e CONFISSÕES DE UM INCONFORMISTA. Foi coordenador das regiões administrativas da Zona Norte, presidente do Conselho de Contribuintes e, por duas vezes, Secretário Municipal de Desenvolvimento Social. Exerceu também mandatos em 4 legislaturas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, sendo autor de leis de grande repercussão social.