Colapso elétrico em SP revela falta de adaptação e explicita os efeitos drásticos da privatização

Um quarto da cidade sem luz, milhares sem água e voos cancelados: como foi  o dia de caos em São Paulo

A mídia corporativa está noticiando a situação insólita que está ocorrendo na maior cidade brasileira, São Paulo, e em toda a sua região metropolitana.  Sofrendo com a ocorrência de fortes ventos causados pelo ciclone extropical que assola a região litorânea desde o Rio Grande do Sul, a cidade convive com a óbvia falta de adaptação com as mudanças climáticas e que se combina com a lerdeza de ações da concessionária Enel, empresa  cujo principal acionista é o estado italiano. Aliás, a Enel está se mostrando mais uma vez incapaz de restabelecer serviços em mais de um milhão de residências, o que significa que 20% da cidade está às escuras.

Temos diante de nós um quadro que é uma espécie de antessala do que poderá acontecer com as principais brasileiras que ainda não iniciaram nenhum esforço real de adaptação climática e que tiveram os principais serviços públicos entregues à empresas privadas, muitas delas estatais estrangeiras, que só aparecem por aqui para retirar lucros fabulosos.

O fato é que ainda vivemos uma negação objetiva dos problemas causados tanto pelas mudanças climáticas, o que é agravado pelo afastamento do Estado de serviços públicos essenciais. E, pior, enquanto se mantém a aplicação de políticas neoliberais que impedem o financiamento das medidas de adaptação climática que se tornam cada vez mais urgentes e necessárias.

Há ainda que se enfatizar que são as regiões mais pobres das grandes cidades que vão sofrer os efeitos mais drásticos dos eventos meterológicos extremos e que ficam desprovidas de serviços básicos após a ocorrência dos mesmos.

No México, a vitória de um nacionalista revolucionário

No dia em que Brasil e México deverão se enfrentar pela Copa do Mundo da FIFA, a população mexicana celebra a vitória de Andrés Manuel López Obrador, ou simplesmente AMLO, na recém encerrada campanha presidencial.

amlo

A vitória terá de AMLO terá amplas repercussões política na América Latina, na medida em que o México é a segunda economia latino-americana e possui influência direta em boa parte da região dentro de sua periferia imediata.

Apesar de AMLO não ser da esquerda tradicional, o simples fato de que ele se opõe às políticas neoliberais de seus antecessores deverá energizar amplos segmentos da população mexicana que hoje se encontram sofrendo com as piores facetas da privatização desenfreada de bens públicos.

A esquerda mexicana terá que saber trabalhar esse momento, de modo a fazer avançar uma agenda mais ampla do que a que levou AMLO ao poder.  Essa possibilidade deverá ser ainda acompanhada de uma diminuição das forças repressivas do aparelho do estado mexicano que  nas últimadas décadas moveu uma guerra sem trégua aos movimentos de oposição, à classe trabalhadora e à juventude mexicana.

Considero que a vitória de AMLO deverá repercutir em outros países latino-americanos porque servir para apagar uma série de derrotas recentes em que a esquerda foi suplantada por candidatos claramente aliados aos interesses estadunidenses na região. 

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Ah, sim! Agora, vamos ver como fica o muro que Donald Trump quer construir na fronteira com o México. É que Trump sempre disse que seria o México quem iria pagar pela construção. Com a vitória de AMLO, é bem capaz que o congresso estadunidense acabe liberando s US$ 25 bilhões necessários para este mamute da segregação geopolítica dos EUA.  A ver!