A Prumo Logística e o uso do “greenwashing”: o caso insustentável da RPPN Fazenda Caruara

Em meio a um marasmo de notícias felizes, vejo que a Prumo Logística Global vem usando a sua página no Facebook para realizar um belo esforço de “Greenwashing”  (Aqui!).  Para quem não é familiarizado com o conceito, Greenwashing é um termo em inglês, que pode ser traduzido para algo como “maquiagem verde”, ou seja, propaganda enganosa que confere atributos “verdes” que não existem ou não estão comprovados a produtos, serviços ou marcas.

Pois bem, em face das várias mazelas evidentes que podem ser associadas ao Porto do Açu, incluindo a erosão na Praia do Açu e a salinização de águas e terras no V Distrito de São João da Barra, a Prumo Logística tem recorrido de forma recorrente à fábula de que protege a faixa de restinga que existe dentro da RPPN Fazenda Caruara, propriedade que o ex-bilionário Eike Batista arrematou a preços módicos em troca dos vários decretos de desapropriação de terras realizados pelo (des) governo Sérgio Cabral em desfavor de centenas de famílias de pequenos agricultores que viviam na região há várias gerações.

Felizmente um fato que marca o uso das redes sociais é a possibilidade de réplica, mesmo nos veículos que as corporações utilizam para vender o seu peixe cozida à moda do Greenwashing. Esse é o caso, por exemplo, da propaganda postada pela Prumo Logística no dia de ontem (22/02/16) na já mencionada página oficial da empresa no Facebook como mostram as imagens abaixo.

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Os leitores do blog poderão observar que na imagem da direita é apresentada a versão de que  a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Caruara é a maior unidade de conservação privada de restinga do país, e a única do estado do Rio de Janeiro? Nessa versão, a RPPN Fazenda Caruara teria sido criada pela Prumo no entorno do Porto do Açu, contando com 40 km² de área, o que representaria 60% de todas as RPPNs criadas no Rio de Janeiro.  Já no lado esquerdo, aparece a réplica de um morador do V Distrito mostrando com imagens Landsat que não há mudança perceptível em termos da cobertura vegetal existente na RPPN Fazenda Caruara.

Aliás, é interessante notar que houve até uma tréplica  de um internauta que defendeu o argumento oficial da Prumo Logística de que há efetivamente um programa de reflorestamento vigoroso em curso na RPPN Fazenda Caruara.  Ao verificar o perfil desse internauta é possível verificar que o mesmo trabalha na empresa que realizou o tal processo de reflorestamento, o que explica a colocação da sua tréplica.

Entretanto,  lembro aos leitores que no dia 10 de Agosto de 2015, postei imagens que me foram enviadas por um leitor, mostrando que a versão da Prumo Logística não sobrevive a um exame mínimo da realidade efetivamente existente no interior da Fazenda Caruara (Aqui!).  Afinal, como bem disse o internauta que defendeu o suposto programa de reflorestamento implementado na Fazenda Caruara, espécies de restinga não são eucalipto geneticamente modificado que crescem do dia pra noite.  Em outras palavras, não há como a propaganda da Prumo Logística deixe de ser apenas “Greenwashing” em tão pouco tempo.

Por último, um detalhe que sempre me causa espécie é o fato da Prumo Logística Global sempre clamar para si aquilo que pode ser apresentado como positivo no Porto do Açu (como o caso em tela da RPPN Fazenda Caruara) e jogar de ruim nas costas do hoje quase extinto Grupo EBX do ex-bilionário Eike Batista. Parece coisa de quem sempre culpa o defunto pelos malfeitos dos vivos! Agora, convenhamos, essa é uma estratégia eficaz! É que enquanto se mostra belas borboletas, ninguém se pergunta sobre a erosão e a salinização.

 Mas é para isso que as corporações e seus marqueteiros inventaram o “Greenwashing“, não é?

Porto do Açu: matéria/propaganda de O DIA não resiste à mínima análise dos fatos

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A matéria abaixo, assinada pela jornalista Rosayne Macedo, que foi publicada pelo jornal O DIA está repleta de tantas informações duvidosas que mais parece propaganda paga Prumo Logística.  Ainda bem que a jornalista Rosayne Macedo informou, ainda que no rodapé da matéria, que esteve no Porto do Açu a convite da própria Prumo Logística. Daí podemos até entender tamanha distância entre a realidade do empreendimento e a propaganda que ela está ajudando a disseminar travestida sob a forma de uma matéria jornalística.

Tivesse a jornalista Rosayne Macedo se dado ao trabalho de entrevistar pessoas que não estão ligadas à Prumo Logística na visita que realizou a São João da Barra, ela talvez tivesse colhido informações semelhantes às que eu postei neste blog no dia 10 de Agosto de 2015 (Aqui!), onde mostrei a situação real em que se encontravam mudas que teriam sido plantadas na RPPN da Fazenda Caruara. 

Um aspecto que me parece interessante na divulgação de mais essa peça publicitária travestida de matéria jornalística é que esta estratégia me parece resultar de uma clara ansiedade que parece estar tomando da diretoria da Prumo Logística em face de uma série de notícias ruins que colocam em xeque a sua credibilidade para consolidar um empreendimento que vem tendo tropeços desde que foi iniciado pelo ex-bilionário Eike Batista. 

O problema é que este tipo de estratégia, quando confrontada pelos dados frios da realidade, acaba tendo um efeito contrário ao pretendido.  E como já disse recentemente neste blog, em termos de incompetência de gerar lucro, o mercado costuma punir bem mais rápido dos que os tribunais. A ver!

Conheça o lugar onde o ecossistema convive com as grandes indústrias

Maior reserva de restinga do país, que supera áreas de algumas cidades do estado, fica dentro do Porto do Açu, onde várias espécies de flora e fauna são preservadas

ROSAYNE MACEDO

Rio – Manoel Gonçalves de Almeida, 72 anos, 11 filhos, mais de 20 netos, sabe tudo da terra desde que se entende por gente. Era mateiro na Usina de Baixa Grande, antiga dona de um mundaréu de terras improdutivas na baixada litorânea de São João da Barra, no Norte Fluminense. Mas o que este senhor de pouco estudo tem a ver com o sonho ousado do ex-megabilionário brasileiro Eike Batista de erguer ali naquele ‘fim de mundo’ o maior complexo portuário do país? Seu Manoel é o “guardião” do viveiro de mudas de espécies de restinga que o Porto do Açu teve que construir como uma das contrapartidas ambientais na região.

Manoel, no viveiro de mudas: antes destruía, agora ajuda a recuperar. Foto: Rosayne Macedo

Com capacidade para produção de 500 mil mudas, já é considerado o maior viveiro do gênero na América Latina. Atualmente, produz e maneja 70 espécies de restinga e até agora, mais de 600 mil mudas já foram plantadas em 530 hectares da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Caruara, que ocupa 40 quilômetros quadrados no entorno do porto — mais do que o tamanho de cidades como Nilópolis, São João de Meriti e Mesquita, na Baixada Fluminense. Com mais de 4 mil hectares de área protegida, esta é a maior unidade de conservação privada de restinga particular do país — a segunda colocada é sete vezes menor. Equivale a cerca de 60% da soma de todas as 69 RPPN’s registradas no estado pelo Inea.

Ali são desenvolvidas ações de resgate e monitoramento da fauna silvestre e de recomposição. São parte do Programa de Conservação da Biodiversidade da Prumo Logística, empresa responsável pela administração do porto, que hoje conta apenas com 0,26% de ações de Eike Batista. Por este trabalho, a Prumo já recebeu três prêmios socioambientais: o selo verde Chico Mendes, o Prêmio Firjan Ação Ambiental e o Benchmarking Brasil. No local, pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e Instituto Jardim Botânico realizam estudos sobre novas espécies de restinga.

O processo de replantio de mudas envolveu diretamente cerca 150 trabalhadores da região. Até hoje já foram produzidas mais de 800 mil mudas no viveiro, entre elas algumas ameaçadas de extinção, segundo a lista oficial do Ibama. Como a pimenta da praia, a almescla e a quixaba. “Aqui tem todo tipo de fruta”, conta ‘seu’ Manoel, nativo da região e que há nove anos trabalha no projeto. Enquanto limpa dezenas de araçás colhidos para preparar as sementes para o replantio, explica seu trabalho: “ Eu cato mudo no mato, planto, limpo semente, resgato bicho no mato. Já peguei tamanduá, cobra, porco-espinho para soltar depois que os biólogos olham eles (sic)”.

Na década de 1970, quando começou a trabalhar na antiga fazenda, ele também fazia de tudo. Mas era diferente. “Era tudo mato. Na época da usina, cortava e queimava tudo para fazer pasto para boi. Antes eu trabalhava aqui destruindo. Agora eu estou aqui para ajudar a (re)construir”, diz ele, com a simplicidade de quem nunca foi à escola, mas aprendeu a lição do respeito ao meio ambiente.

Ponte de R$ 50 milhões para lagarto do rabo verde

A RPPN Fazenda Caruara é uma baita contrapartida ambiental para um empreendimento gigantesco e polêmico como o Açu, inúmeras vezes contestado, inclusive, pelo Ministério Público Federal. Mas nem de longe é a mais “exótica” que o porto teve que fazer para garantir o licenciamento ambiental da obra, que já foi acusada de causar erosão e salinização da água e do solo e de promover desapropriações que provocaram protestos de famílias de agricultores.

Há nove anos, quando o projeto ainda era tocado por Eike, engenheiros tiveram que mudar o traçado inicial de uma ponte para que o largarto do rabo verde, uma espécie rara e típica da região, fosse preservado. “Com o novo projeto, foi necessário gastar mais R$ 50 milhões”, lembra Johnson Tatton, gerente de implantação do porto.

As luzes das embarcações que confundiam as tartarugas marinhas que desovavam na região também foram motivo de preocupação para o empreendimento, que transformou os antigos “caçadores de tartarugas” locais em parceiros no projeto de proteção à espécie. Diariamente, 11 moradores percorrem 62 km de praia. Animais debilitados são levados para um centro de recuperação com veterinários, biólogos e técnicos.

Uma ilha de progresso no meio do nada, o Porto do Açu ocupa 90 km2 — mais que cidades como Armação dos Búzios, Queimados ou Japeri —e iniciou sua operação em 2014, já tendo recebido mais de 40 navios de 4 milhões de toneladas de minério de ferro. Emprega atualmente cerca de 10 mil pessoas, sendo 3,5 mil já na operação das unidades. Quando estiver em plena carga, a previsão é empregar cerca de 40 mil empregos. O porto se transformou em um megacondomínio industrial e já atraiu 14 grandes empresas.

A jornalista viajou ao Porto do Açu a convite da Prumo Logística

FONTE: http://odia.ig.com.br/2015-10-31/conheca-o-lugar-onde-o-ecossistema-convive-com-as-grandes-industrias.html

A Prumo Logística e suas apresentações corporativas: ler, não deve sempre ser crer

O blog do professor Roberto Moraes traz hoje (13/08) uma interessante análise do perfil corporativo e da situação financeira da Prumo Logística Global, a atual controladora do Porto do Açu (Aqui!). Considero a análise do professor Moraes bastante pertinente e indico a leitura do que ele abordou a todos os que se interessam pelo assunto. 

De minha parte decidi analisar um dos materiais utilizados pelo professor Moraes para construir sua análise a partir de um aspecto específico, e que eu já abordei aqui faz pouco, o da sustentabilidade socioambiental do empreendimento.

Vejamos uma primeira figura que foi colocada pela Prumo Logística em uma apresentação corporativa que foi liberada neste mês de Agosto.

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Qual é a problema da imagem abaixo? É que tendo a construção do Porto do Açu sido iniciada em 2009 e completada em 2014, a evolução positiva nos diversos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que aparecem na figura não possui qualquer relação objetiva com o empreendimento. Na verdade, e qualquer estudioso neófito da nossa região sabe, esta evolução está ligada ao aporte dos royalties do petróleo nos cofres municipais de São João da Barra, o que se deu a partir de 1998. 

Assim, ao deixar implícito que o Porto do Açu tem algo a ver com a evolução do IDH de São João da Barra quando sua construção mal havia sido iniciada, a Prumo Logística efetivamente força a mão. A questão aqui não é nem questionar esse fato objetivo, mas o porquê do uso deste artifício.  O uso de um raciocínio minimamente lógico indicará que a possível razão é a ausência de fatos concretos para colocar na apresentação que possam vislumbrar ganhos efetivos para a população de São João da Barra. Aliás, basta percorrer as comunidades localizadas no entorno do Porto do Açu para se ver que o contrário é verdadeiro.

Agora, partamos para um segundo slide incluído na apresentação corporativa da Prumo Logística, aquele que repete as loas a um suposto programa de enriquecimento vegetal que estaria sendo realizado na RPPN Fazenda Caruara.

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Notem que eu circulei o valor de mudas produzidas que teria alcançado o astronômico número de 800 mil. De cara, tendo manejado um projeto de recuperação florestal na Amazônia ocidental, eu diria que uma grande possibilidade num esforço dessa escala é o aparecimento de doenças nos próprios viveiros (nurseries). Mas deixando essa possibilidade de lado, voltemos às imagens que já foram postadas aqui neste blog e que mostram a situação de campo do propalado esforço de enriquecimento vegetal da RPPN Fazenda Caruara.

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Assim, dadas as taxas de perdas que as imagens indicam ser, o que significa objetivamente a produção de 800.000 mil mudas? Nada ou praticamente nada, visto que o esforço de enriquecimento vegetal começa e não termina no interior dos viveiros. E adiciono, de nada adianta, se as mudas não forem cuidadas após o seu plantio, e de forma extensiva no caso da RPPN Caruara, onde as condições ambientais não são indutoras a uma alta taxa de sobrevivência, caso isto não seja feito.

De quebra, ao conversar com um colega que participou de parcerias na RPPN Fazenda Caruara durante o período em que o Porto do Açu era controlado pela LL(X), ele me informou que o esforço de cooperação não foi renovado após a entrada da Prumo Logística como controladora do empreendimento! Assim, é que quem ler a lista de iniciativas desenvolvidas pela Prumo Logística na área ambiental (Aqui!) deverá fazer isto tomando a frase “A Prumo também realizou parcerias com universidades e instituições de pesquisa, como o Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) para o estudo científico da restinga e desenvolvimento de pesquisas relacionadas aos ecossistemas costeiros” em seu valor de face, qual seja, uma coisa do passado. 

E qual é então o moral da estória? É que se o leitor dessas apresentações corporativas for um investidor efetivamente preocupado com a mitigação dos impactos socioambientais do Porto do Açu, a melhor postura será de fazer a leitura com olhos de águia. Do contrário, ficará sob o risco de se ver enredado nas mesmas dificuldades que ocorreram com apresentações de mesmo naipe que eram realizadas pelo Grupo EBX. Simples assim!

Jogando luz sobre um dos mitos do Porto do Açu, o da gestão sustentável dos ecossistemas de entorno

Desde o início da implantação do Porto do Açu, tenho lido e ouvido declarações sobre o compromisso ambiental das corporações responsáveis pela implantação do empreendimento. Primeiro foi o Grupo EBX que alardeou um programa para lá de ambicioso de recuperação florestal dentro da Reserva Particular de Proteção da Natureza (RPPN) da Fazenda Caruara. Depois, a herdeira do colapso de Eike Batista, a Prumo Logística continuou a propalar a mesma cantilena de responsabilidade ambiental (Aqui!). 

A propaganda em torno da RPPN Fazenda Caruara foi tão boa que em 2013, a Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) concedeu à LL(X), o prêmio Firjan de Ação Ambiental na categoria Biodiversidade pelos seus supostos esforços de recuperação ambiental na propriedade.

Aliás, basta ver a imagem abaixo, tirada da página oficial da Prumo Logística para ver como o suposto compromisso em enriquecer a flora da RPPN Fazenda Caruara aparece em dois itens da pauta de ações ambientais com grande importância.

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Pois bem, essa versão de responsabilidade ambiental dentro do Porto do Açu e do seu entorno não vão passar de fantasia rasgada caso a Prumo Logística não apareça com uma boa explicação para as imagens que seguem abaixo, e que me foram enviadas por um leitor deste blog que é nascido e criado em São João da Barra, e que viveu correndo pelas terras da Fazenda Caruara. Segundo me disse esse leitor em mensagem enviada ao endereço deste blog, o programa de recuperação ambiental da RPPN da Fazenda Caruara é apenas um mito corporativo, já que a maioria das mudas plantadas em boa parte da propriedade morreram por falta de cuidado e por erros crassos na escolha das espécies a ser utilizadas.  Nas palavras do leitor/colaborador do blog, boa parte da área alvo do plantio de mudas hoje se parece com ” catacumbas de bambu”.

Mas vamos às imagens que me foram enviadas para que vejamos o aparente contraponto entre o discurso corporativo e a realidade no chão da RPPN da Fazenda Caruara.

caruara1Estacas de bambu desacompanhadas das mudas que sustentava mostram alta taxa de mortalidade afetando os esforços de regeneração da RPPN Fazenda Caruara.

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Aparente amontado de vegetação de restinga que teria sido removida de alguma área no interior da RPPN Fazenda Caruara.

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Detalhe de um setor da imagem mostrada acima.

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Número ainda maior de estacas de bambu desacompanhadas das mudas que deveriam estar protegendo, o que indica perda total no esforço de recuperação vegetal na RPPN Fazenda Caruara.

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Muda morta, provavelmente em função da falta de irrigação durante o período de seca da RPPN Fazenda Caruara.

Como acompanhei de perto um esforço de recuperação florestal na Amazônia brasileira por quase duas décadas, sei que essa não é uma atividade fácil e que necessita do tipo de envolvimento social alardeado pela Prumo Logístico Global em sua propaganda corporativa.  Agora, o que está sendo mostrado é que no caso da suposta regeneração da RPPN Fazenda Caruara, estamos diante de um esforço insuficiente para garantir que se tenha efetivamente sucesso para o enriquecimento florestal da área.

Enquanto isso, a remoção da floresta de restinga que ocorreu na área do empreendimento foi bastante real e com efeitos duradouros para a sustentabilidade ambiental dos ricos ecossistemas que ali existem. E mais uma vez eu me pergunto: por onde andam os órgãos ambientais e o Ministério Público que deveriam estar cuidando da aplicação das leis ambientais e dos planos de contingência que deram base à emissão das licenças ambientais para a implantação do Porto do Açu? A ver!