
Os protestos que ocorreram no bairro da Japuíba, área onde se concentram amplos setores das classes pobres do município de Angra dos Reis, e que efetivamente resultaram na “extinção” da chamada tocha olímpica surpreenderam as autoridades e organizadores do megavento esportivo organizado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), e ganharam repercussão na imprensa internacional (Aqui!).
Desdes os eventos ocorridos na Japuíba, os órgãos da mídia corporativa tem informado que a área de inteligência do governo federal (se isso lá existe no Brasil) estamos monitorando as redes sociais e convocando organizadores de eventos que incitam novos apagamentos da tocha olímpica.
Pois bem, a partir do que tenho observado nas redes sociais, o que transparece é que se está havendo algum tipo de tentativa de coerção para impedir novos protestos nas cidades em que a tocha olímpica ainda irá passar até o dia 05 de Agosto, o efeito dessas convocações, normalmente feitas pela polícia, não estão desencorajando os que querem protestar. Quando muito eles estão adotando atitudes mais discretas para garantir que novas “Japuíbas” venham a acontecer.
E quem pode condenar esses protestos? Afinal, no mesmo estado em que estão sendo gastos mais de R$ 40 bilhões com esse megaevento esportivo, áreas essenciais do serviço público como escolas e hospitais estão literalmente entregues a ratos e baratas.
Aqui mesmo em Campos dos Goytacazes onde a tocha olímpica deverá passar no próximo domingo (31/07) , eu não me surpreenderei nenhum pouco se os ventos da “Japuíba” também soprassem forte no caminho de passagem da tocha olímpica. É que condições objetivas para que protestos ocorram não faltam, seja o problema de caráter estadual ou municipal ou de ambas esferas. A ver!