
Eu, assim como praticamente a totalidade da população do Rio de Janeiro, nunca tinha ouvido falar do tal Witzel antes dessas eleições, candidato com mais de 40% dos votos para governador do estado. Então, fui pesquisar seu programa de governo, disponibilizado pelo site do TSE, e compartilho aqui alguns dos pontos mais absurdos que integram suas propostas, dentre eles:
–segurança pública tem que ser caso de polícia e não de política
–plano habitacional que garanta o fácil acesso da polícia nas favelas
–autorização para abate de criminosos
–privatização de presídios
–programa de demissão voluntária de servidores públicos
–apoio financeiro à rede privada de saúde
–militarização da educação
–criação da disciplina obrigatória de “Constituição e Cidadania” (alô ditadura!, alô “Moral e Cívica”!)
–chamar a iniciativa privada para a UERJ
-destinar as bolsas de pesquisa da FAPERJ para “projetos de interesse do Estado”
Quem ainda tiver dúvida sobre o caráter dessas propostas, sugiro assistir ao vídeo abaixo.
É importante frisar que esse pacote mistura um receituário ultraneoliberal e uma ação ainda mais truculentas das forças policiais tem o potencial de criar um banho de sangue inédito no Rio de Janeiro se houver a vitória combinada de Witzel e Jair Bolsonaro, especialmente em face da presença expressiva de membros do PSL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Assim, impedir a vitória dessa dupla passa a ser uma obrigação democrática, independente das críticas que se possa ter a Fernando Haddad e Eduardo Paes. É que o povo pobre do Rio de Janeiro não merece passar por essa agenda combinada de extermínio dos pobres.