Abaixo posto uma matéria do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, onde a nova presidente do IBAMA, Marilene Ramos, esboça um ataque renovado ao processo de licenciamento ambiental no Brasil, agora a partir do governo federal. Mas quem conhece minimamente a trajetória da ex-presidente do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro não pode ficar surpreso com este tipo de declaração.
É que enquanto dirigiu o INEA, a senhora Ramos se prestou a desmantelar todas as salvaguardas existentes para a realização de licenciamentos ambientais em território fluminense, sempre atuando em sintonia fina com o seu padrinho político, o ex-ambientalista Carlos Minc. Atuando sempre em conjunto, Ramos e Minc contribuíram para o estabelecimento das bases do que eu rotulo de “Licenciamento Ambiental Fast Food”, cujos resultados mais perversos podem ser observados na Baía de Sepetiba (com a Companhia Siderúgica do Atlântico) e em São João da Barra (com o Porto do Açu).
O fato é que com a chegada de Marilene Ramos na presidência do IBAMA, o licenciamento “Fast Food” chegou aos píncaros da sua inglória existência, e o que podemos esperar é mais desregulamentação ambiental e, consequentemente, mais degradação ambiental.
Depois que ninguém venha me aparecer com o discurso de que o governo Dilma Rousseff é um mal menor frente ao que poderia ter sido o de Aécio Neves. A verdade nua e crua é que a opção preferencial do governo Dilma é pelos poluidores e pela degradação ambiental, sempre com algum tipo de maldade sobrando para as comunidades que têm o azar de viverem nos territórios escolhidos para serem “desenvolvidos”.

