Editora trash: é bom desconfiar quando a esmola é demais

predatoria

Um dos pilares da disseminação das editoras predatórias (trash science) é a existência de um público interessado em “pagar e publicar”. Sem isso, não haveria espaço para a proliferação de tantas editoras que oferecem a chance de publicação rápida (fast science) em um número de revistas que cresce exponencialmente com o passar dos dias. 

Mesmo ciente de que há público, as editoras predatórias capricham na oferta dos seus “produtos”. O exemplo abaixo me foi enviado por um colega cujo endereço eletrônico pertence a uma instituição acadêmica sediada na Europa, o que demonstra que esse fenômeno não está restrito aos países da periferia do sistema capitalista, como é o caso do Brasil.

Vejamos a oferta dessa editora predatória em particular:

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À primeira vista a oferta é irrecusável: período determinado para publicação grátis, forma simples de submissão, processo rápido de decisão e publicação, e acesso livre!

Mas como diz o velho ditado “quando a esmola é muita, o santo desconfia”.  Felizmente, a lista preparada pelo professor Jeffrey Beall da University of Colorado-Denver existe para livrar os incautos dos perigos de ser fisgado por tantas promessas que depois podem se provar falsas. Assim, quem receber um convite do American Institute of Science (que também atende pelo nome de Public Science Framework) poderá verificar na Beall´s List (Aqui!) que essa é uma editora predatória.

A partir dai quem ainda achar que é bom negócio aceitar o tentador convite estará abraçando o “trash science” sem ter o direito de depois se dizer enganado. Simples assim!

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