Esqueçam a Lava Jato. A crise grega expõe a maior corrupção de todas, a dos juros da dívida pública

Enquanto no Brasil os jornalecos da mídia corporativa continuam a ladrar o caso café pequeno da corrupção na Petrobras, o mundo financeiro global amanheceu hoje sob o impacto do referendo grego num processo que pode ser pior do que a crise das hipotecas de 2008.

O mérito do governo grego, além de expor a tirania da Troika, é de expor a indústria da dívida pública que é a principal fonte de corrupção no planeta. Ao balançar a árvore do pagamento da dívida, Alexis Tsipras também expõe a íntima ligação entre as escorchantes taxas de juros que alimentam a indústria da dívida pública com a especulação nas bolsas de valores. É exatamente por isso que nesta segunda-feira (29/06), os principais veículos da mídia corporativa mundial estão gastando baldes de tinta com o tombo das bolsas mundiais.

E, ai me desculpem os que vivem fixados no varejo da Lava Jato, o que parecia ruim até ontem, vai parecer paraíso a partir de hoje.

Abaixo algumas das manchetes que estão anunciando o tsunami nas bolsas globais. A minha favorita é a primeira que vem do “The New York Time”: dívida grega pesa sobre os mercados globais.

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