O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) tem contra si a má fama de dificultar o registro profissional para estrangeiros. Depois do acontecido com a ciclovia Tim Maia, fiquei pensando no papel do CREA nessa situação. É que ao pensar na questão dos profissionais estrangeiros, me lembrei do arquiteto espanhol Santiago Calatrava Valls que foi o projetista do “Museu do Amanhã ” que foi construído na cidade de Rio de Janeiro.
E a pergunta que me veio à mente foi a seguinte: como conseguiu o arquiteto ter um registro no CREA-RJ em tão pouco tempo, enquanto outros profissionais podem levar até anos para conseguir (quando conseguem) o seu registro no CREA. Em função disso, resolvi procurar no site do CREA-RJ pelo nome do Santiago Calatrava, e acabei verificando que o mesmo não aparece como profissional registrado.
Depois de tantos problemas que andam ocorrendo nas obras olímpicas (a começar pela queda parcial da Ciclovia Tim Maia), será possível que o Museu do Amanhã tenha sido projetado e construído por um profissional sem o devido registro profissional em território brasileiro?
Alguém poderá dizer que não há problema algum com isso. Como eu desconheço a forma de contratação do Sr. Santiago Calatrava Valls, eu deixo apenas a seguinte pergunta: quem será responsável por responder judicialmente se o Museu do Amanhã vier a ter o mesmo destino da Ciclovia Tim Maia?
Arquitetos devem ter registro no CAU e não no CREA.
Houve uma separação nos conselhos há alguns anos.
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