
A decisão no caso de Edwin Hardeman vem depois de um veredicto histórico no ano passado que disse que o Roundup causou o câncer terminal de outro homem. Foto: Josh Edelson / AFP / Getty Images
Enquanto no Brasil o herbicida Glifosato teve renovada a autorização para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária por meio da Nota Técnica 23/2018 e a sua fabricante, a multinacional Bayer, continua fazendo rios de dinheiro por causa disso, nos EUA as coisas estão caminhando num sentido completamente oposto.
É que como informou a Agência Reuters, um segundo juri federal decidiu nesta 3a. feira (19/03) que o contato com o Glifosato foi responsável pelo desenvolvimento de um câncer do tipo Linfoma de Non Hodgkin em Edwin Hardeman, um homem de 70 anos que trabalhou mais de 30 anos da aspersão de glifosato.
O problema para a Bayer, que adquiriu a Monsanto pela bagatela de US$ 63 bilhões em 2018, é que este caso foi apenas o segundo dos cerca de 11.200 processos de pessoas que acreditam que sua saúde foi prejudicada pelo contato constante com o Glifosato. O primeiro processo, movido por Dwayne Lee Johnson, teve uma condenação de US $ 289 milhões em agosto, mas que depois foi reduzido US $ 78 milhões na segunda instância, e agora está em uma instância superior.
O pior para Bayer é que no dia 28 de Março outro processo similar será analisado por outor juri, agora envolvendo um casal que postula que o Glifosato está na origem do Linfome de Non Hodgkin que os acometeu.
É por isso que eu venho afirmando que o Brasil acabará sendo transformado numa espécie de zona de sacrifício capitalista, pois só aqui substâncias que já foram ou estão sendo banidas em outras partes do mundo acabam ganhando passa livre de quem deveria zelar pela saúde pública.
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