Como em 2008, o sistema bancário dos EUA está em uma espiral histérica, graças à quebra de dois bancos, o Silicon Valey Bank (SVB) e Signature Bank (SB), que representaram respectivamente a segunda e a terceira maiores falências da história daquele país. Como as causas estruturais dos problemas do SVB e do SB estão disseminadas em todo o sistema financeiro estadunidense, isso já está tendo repercussões nos mercados de ações globais, o Brasil incluso.
Uma crise financeira global viria em péssima hora para o sistema capitalista que ainda sofre com as consequências trazidas pela pandemia da COVID-19, com o risco de atingir um setor extremamente sensível que são as empresas de tecnologia que é altamente carente de novos investimentos.
O curioso é que a crise que agora pode atingir as empresas de tecnologia podem ter efeitos contraditórios sobre outros segmentos, a começar pelo das hipotecas, que lembramos foi o que causou a crise do sistema financeira de 2008.
De toda forma, o que estamos vendo é que a manutenção de altos níveis de especulação financeira é uma certeza de crises cíclicas nos bancos, na medida em que a espiral de apostas por parte dos especuladores torna insustentável o cumprimento das obrigações tomadas. Como não há outro caminho a ser trilhado a estas alturas do campeonato, outras crises certamente virão. Resta apenas quem vai sobreviver a esta que está apenas começando e já causa tanto estrago.