
Ouvi antentamente a entrevista que o Diretor Executivo da concessionária Águas do Paraíba, Giuliano Tinoco, concedeu esta manhã ao radialista Cláudio Nogueira e uma declaração me chamou a atenção. Perguntado sobre o possível ressarcimento aos consumidores que optaram por comprar água mineral à luz das alterações percebidas na água fornecida pela empresa.
Tinoco respondeu à pergunta com uma saída de mestre. Ele deu a entender que o ressarcimento já se deu no momento em que o consumidor deixou de consumir a água fornecida pela sua empresa, diminuindo assim o valor da fatura a ser paga em algum momento do futuro.
Genial, não? Seria se não fosse pelo fato básica de que existe algo chamado como fatura mínima que seria a cobrança de um consumo de 10 m3, independente do que se tenha consumido menos. Eu, por exemplo, mensalmente consumo menos de que o valor da fatura mínima, mas invariavelmente pago pelos ditos 10 m3.
Algo que também precisa ser lembrado é que em Campos dos Goytacazes, há a cobrança pelo tratamento de esgoto, mesmo em bairros em que não há o efetivo tratamento do que é coletado (quando é coletado).
Assim, me vem a dúvida sobre o que já deveria estar fazendo o Procon-Campos para fazer garantir o direito dos milhares de consumidores cativos da Águas do Paraíba que continuam pagando uma das tarifas mais caras do Brasil para ainda ter que ouvir o tipo de sugestão oferecido por Tinoco que, nas condições atuais, é um verdadeiro tapa na cara dos campistas.
Fimalmente, não sei quantos mais ouviram as declarações de Tinoco, mas eu não me senti nem um pouco mais aliviado com as garantias dadas sobre a real qualidade da água que está sendo servida aos campistas nos dias atuais. Como foi citado que vários vereadores receberam os laudos que a concessionária teria para provar que tudo está certo, vamos aguardar as manifestações dos que tiveram acesso aos mesmos.