
O grande sistema de recifes do Amazonas virou um alvo preferencial de uma peculair de Bolsonarismo, o “bolsonarismo de esquerda”
O portal Brasil 247 repercutiu no dia de hoje uma entrevista do professor aposentado da UFPA, Luís Ercílio Faria Junior, que foi feita pela Associação de Engenheiros da Petrobras que é um primor no sentido de mostrar que, na busca de se justificar a arriscada empreitada de explorar petróleo e gás na região da foz do Rio Amazonas, negar a ciência não é algo restrito ao que se convencionou chamar de “Bolsonarismo”.
Ao tentar enterrar evidências científicas sérias, as quais foram levantadas por cientistas que possuem produções acadêmicas altamente cientificas atribuindo a existência de um sistema recifal na foz do Amazonas, que foi denominado de “Great Amazon Reef System” (GARS)“, o que se faz é aumentar a campanha anti-científica que tem sido conduzida pela extrema-direita no Brasil e no resto do mundo, especialmente no que se refere à existência de uma grave crise climática.
E isso para quê? Para justificar a ampliação da participação do Brasil na exploração de combustíveis fósseis, inclusive em áreas de grande importância ecológica e social, como é o caso da região da foz do Rio Amazonas.
Como esses ataques estão vindo de setores que se dizem de esquerda, o que me parece ficar demonstrado é que quando se trata da ideologia negacionista, podem chamar de Bolsonarismo se quiserem, fica claro que ela não está estabelecida e operada pela chamada extrema-direita. Curiosamente, oq que os ataques à integridade ecológica do GARS em nome da exploração de petróleo e gás é que há sim uma variante de esquerda no Bolsonarismo.