Estresse acadêmico: estudantes da UENF ainda não viram a cor do dinheiro em 2015!

A situação financeira do tesouro fluminense é preocupante, como já anunciou o (des) governador Luiz Fernando, o Pezão. Essa realidade ocasionou, inclusive, o encerramento precoce do ano acadêmico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em dezembro passado pela absoluta incapacidade de honrar compromissos financeiros, inclusive com trabalhadores terceirizados das áreas de segurança e limpeza.

Essa situação parece que vai piorar, antes que comece a melhorar. Esta constatação não serve de qualquer forma de consolo para centenas de estudantes (ou seriam milhares) da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) que até esta sexta-feira (16/01) ainda não viram a cor do dinheiro relativo ao mês passado.

O que mais aumenta a tensão entre os bolsistas da UENF é que a reitoria da instituição sequer se deu ao trabalho de informar qual é a data esperada para que o pagamento ocorra.

Como as aulas devem retornar na segunda-feira (19/01), o que os estudantes estão esperando é que os valores devidos pela UENF sejam depositados imediatamente, já que as despesas continuam ocorrendo, especialmente no que se refere aos aluguéis! 

UENF: dinheiro para equiparar valor de bolsas não tem, mas para comprar máquinas de costura industriais tem!

A UENF teve negada recentemente a verba necessária para a equiparação do valor de bolsas estudantis ao que é praticado na UERJ. Mas hoje o Diário Oficial trouxe a publicação da homologação de uma licitação de uma aquisição de máquinas de costura industriais para atender as necessidades da UENF
 
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO
DESPACHOS DO REITOR, DE 03.09.2014
PROCESSO Nº E-26/009/829/2014 – HOMOLOGO a licitação na modalidade Pregão Eletrônico nº 015/2014, referente à aquisição de máquinas  de costura industriais para atender as necessidades da UENF, cujo objeto foi adjudicado pelo valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais), à empresa VIP COMÉRCIO DE MÁQUINAS DE COSTURA LTDA. pelo Lote 01.
Vão costurar o que? A fantasia de que está tudo bem e que o (des) governo Pezão tem sido sensacional para a nossa universidade? Só pode!
Enquanto isso, as bolsas estudantis continuam congeladas e o cheiro de comida no bandejão… esse então nem se fale!

Diretoria da ADUENF emite declaração pública sobre protesto dos estudantes da UENF

Fomos surpreendidos na manhã e ao longo de todo o dia de ontem (11/08/2014) pela manifestação dos estudantes, organizada pelo DCE/UENF, que fechou as entradas do campus.

 Infelizmente, não causou a mesma surpresa a noticia de que este governo do Sr Luiz Fernando Pezão não honrou compromisso assumido pelo próprio Governador. Há muito tempo, ‘honra’ deixou de ser um adjetivo adequado a descrever esse grupo que se instalou no governo do Estado do Rio de Janeiro. 

Infelizmente, não causa a mesma surpresa, as reiteradas notícias de cortes e contingenciamentos por parte de um governo que não honra sequer o orçamento da UENF enviado polo próprio governo à, e aprovado pela, ALERJ. Orçamento que já nasce mutilado frente ao solicitado pelo CONSUNI e que vem diminuindo em números absolutos ano a ano.

 O problema do reajuste no valor das bolsas, não para valores nababescos mas para deixá-las iguais aos valores praticados pela UERJ!, é parte de um problema maior, que atinge a todos nós em todos os níveis. É o problema do próprio estrangulamento por que passa a UENF, que está inserido num contexto que envolve toda a dinâmica das forças políticas que disputam corações e mentes mundo afora. Como alertou o próprio Darcy Ribeiro “a crise na educação não é uma crise, mas um projeto”. Um projeto de sociedade neoliberal que vê nos serviços, educação inclusive, uma fonte de lucro e não alavanca do progresso e desenvolvimento. Por isso deve ser destruída uma Universidade que, pública e gratuita, apesar deste governo, consegue se projetar como alavanca do desenvolvimento social ao oferecer ensino de qualidade.

 O caminho para a destruição da Universidade pública já é conhecido, e foi aplicado com esmero e grande êxito, do ponto de vista neoliberal, no ensino médio: aviltamento dos salários e verbas insuficientes para a manutenção das condições mínimas de trabalho, como telefone, água, luz entre outras tantas contas atrasadas.

 Em paralelo, temos a criminalização dos movimentos sociais e a tentativa do governo do estado de introduzir o aparato repressivo estatal dentro da UENF, via o Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS). Ora, senhoras e senhores abram os olhos! Se existe algum problema de segurança no campus é o problema de o orçamento da Universidade, que previa verbas para pagar aos terceirizados, não ser cumprido. Por um lado, o Estado corta a verba para a segurança e, por outro, oferece verba para contratar o aparelho repressor do próprio estado

O pior nessa história toda é notar que alguns colegas nossos não conseguem enxergar além das barricadas e veem nelas o problema. A manifestação dos Estudantes, por mais que possa ter causado transtornos momentâneos, faz parte da solução e não do problema. Se nós estamos cansados e desgastados depois de três meses de dura greve contra um governo que não está nem um pouco interessado em resolver os problemas da UENF, ao contrário, age para ampliá-los, isso é compreensível. Mas que nós neguemos apoio, ou pior, ameaçemos usar das nossas aulas como instrumento de repressão ao movimento estudantil, isso é inadmissível.

Por isso a ADUENF conclama a todos os colegas a apoiar e incentivar a luta dos estudantes em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.

DIRETORIA DA ADUENF

GESTÃO 2013-2015

FONTE: http://aduenf.blogspot.com.br/2014/08/diretoria-da-aduenf-faz-declaracao.html

Estudantes em greve levam suas reivindicações literalmente às portas da reitoria da UENF

O movimento estudantil da UENF vem mantendo um perfil de atividade alta desde que foi decretada a greve dos estudantes. Agora num gesto de cobrança explícita, os estudantes “empastelaram” a porta de entrada da reitoria com suas múltiplas demandas. Uma das delas é a exigência de abertura imediata do bandejão cuja obra foi iniciada em novembro de 2008. Além disso, os estudantes cobram maior transparência na aplicação dos recursos enviados pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) através do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAEST).

Essa ação dos estudantes demonstra que na greve em curso na UENF, a qual abarca todos os três segmentos da comunidade universitária, o (des) governo do Rio de Janeiro, agora liderado por Luiz Fernando Pezão, não poderá repetir a ladainha de que a greve prejudica os estudantes. Agora está claro que quem prejudica os estudantes é, no plano externo, a política de asfixia financeira e salarial que foi executada pelo ex-(des) governador Sérgio Cabral. Já no plano interno, os estudantes parecem ter identificado bem onde o problema está localizado.

Agora vamos ver como se comporta a reitoria da UENF, normalmente avessa a qualquer tipo de cobrança sobre sua inação e ineficácia para resolver problemas básicas que ocorrem cotidianamente dentro da instituição criada por Darcy Ribeiro.

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UENF: atraso das bolsas estudantis revela descaso do (des) governo Cabral

A corrosão salarial de professores e servidores é apenas a face mais óbvia de um processo de asfixia financeira imposto pelo (des) governo de Sérgio Cabral sobre a Universidade Estadual do Norte Fluminense. Uma face menos conhecida, mas ainda mais gritante é o atraso no pagamento das bolsas acadêmicas de centenas de estudantes de graduação e pós-graduação.  No primeiro mandato do (des) governo Cabral esse pagamento era feito normalmente no início de cada mês subsequente à vigência da bolsa. Entretanto, após a entrada do Bradesco como instituição financeira encarregada do pagamento de proventos e bolsas de servidores estaduais, a coisa começou lentamente a degringolar.

Agora, em pleno mês de janeiro, quando a maioria dos estudantes está no campus por força de suas obrigações, o pagamento ainda foi feito, estando previsto para o dia 24/01 (amanhã). Se o atraso de pagamento de salários já cria um imenso problema, imaginem o que acontece com estudantes cuja maioria provém de camadas menos privilegiadas da população e cujas famílias façam um grande esforço para manter estudando!

E a reitoria da UENF? Em meio a uma situação que beira o descalabro, os gestores da UENF se resumem a colocar a culpa na Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) como mostra a mensagem abaixo postada hoje pela Assessoria de Comunicação:

“Pagamento de bolsistas: crédito na conta nesta sexta, 24. A Gerência de Recursos Humanos da UENF (GRH) informa que, em virtude de procedimento da Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão), o pagamento dos bolsistas da Universidade estará liberado na conta corrente nesta sexta, 24/01, e não nesta quinta, como inicialmente previsto por aquela Secretaria.”

É aquela famosa situação do Pilatos que lava as mãos, deixando os bolsistas com múltiplos problemas para honrar seus compromissos que incluem o pagamento de aluguel, isto sem falar na alimentação. Por sinal, o bandejão que poderia amenizar o problema, continua solenemente fechado e sem data para começar a funcionar.

Em suma, o (des) governo Cabral e a reitoria da UENF não estão nem ai para os bolsistas! E depois ainda temos que ouvir loas para as ótimas colocações que os estudantes da UENF alcançam no ENADE. Que excelente paga!