Brasil: importação de agrotóxicos banidos na União Europeia segue em alta

Brasil aparece como o principal importador das substâncias proibidas, segundo dados mais recentes. Especialistas denunciam “colonialismo químico”. “A Europa segue enriquecendo às custas da saúde de países mais pobres”

agrotoxicos aspersaoAtualmente, a proibição das exportações já existe em alguns estados-membros da UE, mas o avanço nacional também é alvo de disputas, como no caso da Alemanha. Foto: Countrypixel/IMAGO

Por Matheus Gouvea de Andrade para a Deutsche Welle 

Mesmo após a Comissão Europeia ter prometido em 2020 banir os envios a outros países de agrotóxicos que são proibidos no bloco, as exportações seguem ocorrendo.

Ambientalistas europeus buscam proibir as exportações a outros países, mas o movimento esbarra em dificuldades diante do quadro político do bloco.

Em 2018, o Brasil apareceu como o principal receptor das substâncias banidas na União Europeia, seguido pela Ucrânia e Marrocos. Lançado em abril deste ano, o estudo Pesticidas da UE proibição de exportação: quais podem ser consequências?, apontou que  36% do volume total de agrotóxicos importados da UE pelo Brasil são consituídos por substâncias proibidas para uso no no bloco europeu, segundo os dados mais atualizados disponíveis. Em casos como Peru e México, o porcentual ultrapassou os 50%.

Por outro lado, para o ano de 2022, a pesquisa mostrou que 8,2% das exportações de agrotóxicos da Alemanha foram de substâncias banidas na União Europeia (UE).

O pesquisador da Corporate Europe João Camargo é um dos coautores do estudo, e afirma que a publicação ocorreu justamente no final do ciclo política em Bruxelas, já que o tema “ficou esquecido” ao final do mandato da última Comissão e do Parlamento Europeu. Em sua visão, “não faz sentido” permitir as exportações de produtos que foram proibidos no bloco justamente pelos perigos que representam à saúde. O grupo apela também pelo fim da produção destes materiais na UE.

Uma investigação conduzida pela ONG Public Eye mostra que um total de 81.615 toneladas de 41 pesticidas proibidos foi exportado pela UE para uso agrícola em 2018. A liderança neste quesito ficou com a Itália, com a Alemanha na segunda colocação. Em seguida, vieram Holanda, França, Espanha e Bélgica.

Márcia Montanari, pesquisadora do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso (Neast/IST/UFMT), afirma que uma pesquisa recente com amostras de alimentos consumidos com frequência no Brasil mostrou a presença de 40 substancias perigosas, destas, 11 são proibidas na UE.

“A Europa segue produzindo estes agrotóxicos e enriquecendo às custas da saúde da população de países mais pobres”, afirma. Especialistas na área cunharam o termo “colonialismo químico” para descrever este cenário. Atualmente, cerca de 30% dos agrotóxicos usados no Brasil não são permitidos em outros países, aponta Montanari.

No bloco, há temores com o chamado “efeito bumerangue”, já que há consumo de produtos de importantes fontes de alimentos que podem contar com substâncias perigosas. No caso das amostras do Neast, agrotóxicos banidos na UE foram encontrados em commodities típicas do Brasil, como na soja.

Processo de contaminação múltipla

De acordo com Montanari, está em curso um processo de “contaminação múltipla”, no qual tanto a água quanto os alimentos estão fortemente afetados pelas substâncias perigosas. Além disso, outro efeito colateral está nos animais, com destaque para as abelhas, que tanto na Europa quanto no Brasil vem sofrendo processos de contaminações que levam à dizimação de comunidades, o que pode repercutir de diversas maneiras nos processos de polinização.

Entre as muitas substâncias em circulação, está a atrazina, que Montanari diz ser “sempre encontrada nas amostras”. O produto está ligado a disrupções endócrinas e neurológicas, além do adoecimento hepático. Somente em 2019, o Brasil importou 200 toneladas do produto da UE, onde ele é banido desde 2004, por sua “extensiva contaminação da água”.

Outra importação de destaque foi do paraquat, um herbicida que foi proibido no Brasil recentemente, mas que teve sua comercialização permitida até o final dos estoques no país. Em 2018, houve a chegada de 9.000 toneladas do produto – que é banido na UE desde 2007 – com origem do bloco. O paraquat está associado a doenças graves, incluindo Parkinson e fibrose pulmonar.

O Atlas de Agrotóxicos do Escritório Brasil da Fundação Heinrich Böll – instituição ligada ao Partido Verde alemão -, a partir de uma revisão sistemática de análises realizadas e publicadas no Brasil entre 2012 e 2019, mostrou que 77 poluentes diferentes foram encontrados nas amostras de água, incluindo agrotóxicos. Foram detectados 21, entre eles flutriafol, alfa e beta endosulfan, metolacloro e atrazina.

Segundo Montanari, o Brasil costuma ser prejudicado pelas diferentes legislações ainda de outra forma. De acordo com a pesquisadora, quando um produto do país chega à UE com substâncias perigosas medidas acima do permitido no bloco, a tendência é que não haja descarte, mas sim a de que a produção volte ao mercado nacional, onde os parâmetros são mais flexíveis.

Especialistas convergem na visão de que, nos últimos anos, especialmente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve grande flexibilização sobre a permissão de substâncias potencialmente danosas à saúde. O Legislativo seguiu aprovando novas propostas, como o projeto de Lei que ficou conhecido como “PL do veneno”, sancionado em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Montanari avalia que, nos anos de Bolsonaro, havia uma “mobilização maior, e uma pressão mais forte” contra os agrotóxicos, inclusive do exterior, e que, atualmente, há a impressão de que “tudo foi amenizado”, o que não corresponde às tramitações. “A pasta da Agricultura segue tomada pelas grandes indústrias do setor da mesma maneira”, avalia.

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Uma investigação conduzida pela ONG Public Eye mostra que um total de 81.615 toneladas de 41 pesticidas proibidos foi exportado pela UE para uso agrícola em 2018Foto: Ohde/Bildagentur-online/picture alliance

Cenário europeu travado

Camargo espera que o tema da proibição em nível europeu das exportações volte à tona em Bruxelas, mas reconhece que o cenário é complicado. Levando em conta os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, ele afirma que avançar uma legislação será difícil dentro da configuração dos próximos anos. “Dependerá das alianças que serão construídas. A extrema-direita vem tentando descrever as questões agrícolas como algo cultural”, afirma.

“Houve uma aliança entre a extrema-direita e os agricultores”, aponta Camargo. Segundo o pesquisador, ao final, o cenário atual é contraproducente até mesmo para os produtores europeus, já que cria uma concorrência desleal, uma vez que as contrapartes podem seguir utilizando os agrotóxicos proibidos na UE, que são mais baratos. Para Camargo, “houve muito oportunismo da indústria, que mudou a narrativa, e passou a atacar qualquer proposta de sustentabilidade”.

Atualmente, a proibição das exportações já existe em alguns estados-membros, mas o avanço nacional também é alvo de disputas, como no caso da Alemanha. Segundo Camargo, atuação dos Partido Verde na atual coalizão de governo alemã foi decepcionante, já que, segundo ele, o partido também acabou seguindo o interesse da indústria, o que travou os projetos para banimento dos envios. Em 2022, o país exportou 18.360 toneladas de agrotóxicos proibidos na UE.

Um dos grandes argumentos para não proibir as exportações é o de um eventual efeito nos postos de trabalho. Camargo aponta que o estudo, usando como comparação o banimento em estados membros, mostrou que os efeitos nos rendimentos e nos empregos seriam mínimos. No caso francês, a pesquisa mostra que, na verdade, uma grande parte dos empregadores foi simplesmente realocada para outras funções após o banimento das exportações.


Fonte : Deutsche Welle

‘Combater o desperdício para combater a fome’: bancos de alimentos abraçam a imperfeição para alimentar milhões no Brasil

Mais de 40% dos produtos do país são perdidos ou desperdiçados, mas novas pesquisas destacam como isso poderia ser uma ferramenta fundamental no combate ao aumento da insegurança alimentar. Uma instituição de caridade está liderando o ataque

comidaCrianças de creche gratuita no Rio de Janeiro comem sopa feita com vegetais imperfeitos descartados doados pelo Sesc Mesa Brasil, 21 de fevereiro de 2024. Fotografia: Ana Ionova/The Guardian

Por Constança Malleret no Rio de Janeiro para o “The Guardian”

Cerca de meia dúzia de homens com redes nos cabelos ocupam-se com caixas de produtos frescos do lado de fora de um depósito de alimentos nos subúrbios da zona norte do Rio de Janeiro. Enquanto um deles desenrola uma lista de produtos, os outros colocam vegetais de formatos estranhos em grandes sacos antes de colocá-los em um carro que os espera. Os produtos serão posteriormente cozinhados e servidos em refeitórios sociais, creches e outras instituições que oferecem refeições gratuitas a pessoas necessitadas em toda a cidade.

O depósito é administrado pela maior rede de bancos de alimentos do Brasil, o Sesc Mesa Brasil . Com 95 unidades espalhadas por todo o país, a Mesa – que significa mesa em português – recolhe alimentos que de outra forma seriam desperdiçados em supermercados, agricultores e outros fornecedores e retalhistas, separa-os e depois doa-os a organizações parceiras.

“O programa tem dois pilares, o combate ao desperdício de alimentos e o combate à fome”, afirma Cláudia Roseno, gerente assistencial do Sesc , empresa privada sem fins lucrativos que oferece cultura, lazer, educação, saúde e serviços assistenciais em todo o Brasil.

Uma nova pesquisa publicada na semana passada destaca como esses esforços para reduzir o desperdício de alimentos podem ser reforçados no Brasil e usados ​​como uma ferramenta fundamental para combater a insegurança alimentar generalizada.

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No dia 21 de fevereiro, o Sesc Mesa Brasil embala alimentos para uma de suas doações quinzenais a uma creche infantil do Rio de Janeiro. Fotografia: Ana Ionova/The Guardian

De acordo com os últimos números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 10 milhões de pessoas – quase 5% da população – estão subnutridas no Brasil, e cerca de um terço da população sofre de insegurança alimentar moderada ou grave. O Brasil voltou a entrar no mapa da fome da ONU em 2021, sete anos depois de ter sido removido dele pela primeira vez, quando duas recessões severas e a pandemia do coronavírus fizeram a fome aumentar novamente .

No entanto, há um desperdício colossal de alimentos no país sul-americano. Os números precisam ser atualizados, diz Roseno, mas estima-se que 26,3 milhões de toneladas de alimentos sejam perdidas anualmente durante a produção e o transporte, enquanto no final da cadeia de abastecimento as famílias brasileiras desperdiçam 60 kg de alimentos per capita a cada ano.

“O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas cerca de 42% de todos os alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados… Portanto, há uma oportunidade real de melhorar o acesso aos alimentos através da redistribuição de produtos nutritivos para as pessoas necessitadas, neste momento crítico em que [tão muitos] brasileiros enfrentam insegurança alimentar”, diz Lisa Moon , CEO da Global FoodBanking Network, que publica o Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos em parceria com a Clínica de Legislação e Política Alimentar da Faculdade de Direito de Harvard.

CHayane Martins de Souza, 22 anos, é auxiliar de cozinha na associação católica Servas dos Pobres, que administra uma creche gratuita para 200 crianças no Rio. “Às vezes você vê moradores de rua procurando [comida] em latas de lixo. É doloroso observar quando você sabe que muitos lugares têm comida, mas prefere jogá-la no lixo do que doá-la. Aqui não. Fazemos porções extras para podermos servir”, diz ela.

A creche da Creche Cardeal Câmara recebe doações quinzenais da Mesa que complementam a alimentação das crianças e vão para o almoço de dezenas de adultos famintos que fazem fila todos os dias do lado de fora do convento adjacente.

Uma mulher vestindo roupas de chef serve sopa em tigelas

Chayane Martins de Souza serve sopa para crianças na Creche Cardeal Câmara, feita com doações do Sesc Mesa Brasil. Fotografia: Ana Ionova/The Guardian

“Temos crianças que dependem da alimentação aqui para comer… Depois do feriado você percebe isso, na aparência, na forma como comem com fome”, diz Flávia Ramos, diretora da associação que administra a creche. “Sem [as doações], não sei como conseguiríamos”, acrescenta ela.

O depósito de 400 metros quadrados do Sesc Mesa Brasil no Rio será transferido em breve para novas instalações, com mais de 12 vezes mais espaço. Em todo o Brasil, a organização ajudou 2,1 milhões de pessoas por mês, em média, no ano passado e é “uma das redes mais fortes do sul global”, segundo Moon, que trabalhou em políticas de desperdício de alimentos em 25 países diferentes.

O programa Mesa não só recupera alimentos que os supermercados já não conseguem vender, mas também vai para os agricultores, onde ocorre a maior parte da perda de alimentos – e forma as suas organizações parceiras na utilização de produtos menos que perfeitos que, de outra forma, poderiam ser deitados fora.

CPCida Pessoa, gerente da filial carioca do Sesc Mesa Brasil, fiscaliza abobrinhas doadas por um supermercado. Fotografia: Ana Ionova/The Guardian

A demanda do consumidor por alimentos impecáveis ​​muitas vezes leva ao descarte de produtos perfeitamente bons pelos produtores, diz Cida Pessoa, gerente do programa no Rio. “As pessoas querem que a natureza seja completamente uniforme, que as cenouras cresçam da mesma forma, que os mamões não tenham manchas, que as maçãs sejam idênticas”, explica ela, enquanto um trabalhador passa com uma caixa perfumada de manjericão murcho e bananas maduras demais. .

“Também realizamos trabalhos educativos com as merendeiras das instituições. Porque entendemos que não adianta pensar que esse alimento ainda é comestível, se quando chega eles jogam fora”, afirma.

O combate à insegurança alimentar é uma prioridade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que prometeu erradicar a fome durante o seu mandato . O seu governo está a investir fortemente em programas de redução da pobreza e colocou a fome na agenda do G20, que o Brasil preside este ano.

Manter os excedentes alimentares fora dos aterros também ajudaria o país a atingir os seus objectivos ambientais. Globalmente, os alimentos desperdiçados são responsáveis ​​por 8-10% das emissões de gases com efeito de estufa.

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‘Aqui fazemos mágica’: a comunidade amazônica criando um futuro a partir do chocolate
 
Além do compromisso de fome zero, o Brasil tem uma estratégia robusta para reduzir a perda e o desperdício de alimentos desde 2017, diz Moon. Mas a nova investigação sugere onde isto pode ser melhorado, por exemplo através de melhores políticas fiscais e de rotulagem.

Crianças em uma creche tomando sopa juntas

As crianças aproveitam o almoço sem saber que, ao mesmo tempo, estão ajudando a reduzir o desperdício de alimentos. Fotografia: Ana Ionova/The Guardian

De volta ao berçário de Ramos, uma freira sai correndo para distribuir um pacote de comida enquanto as crianças devoram uma sopa feita com vegetais descartados.

“Mais! Mais!” gritam as crianças, sem saberem que estão a evitar que abobrinhas demasiado grandes acabem em composto.


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Este texto escrito originalmente em inglês foi publicado pelo jornal “The Guardian” [Aqui!].

Brasil soma mais de 40.000 mil casos de intoxicação aguda por agrotóxicos em 10 anos

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Por Xepa para a Mídia Ninja

O Brasil, desde 2021, lidera o ranking global de consumo de agrotóxicos, despejando 719,5 milhões de toneladas dessas substâncias anualmente, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Por trás desses números, surge uma preocupação mais urgente: os danos diretos à saúde humana. Em apenas três décadas, o aumento de 1.300% no uso dessas substâncias coloca o país como um dos maiores consumidores e importadores mundiais, expondo a população a riscos crescentes de intoxicação.

Um relatório da Friends of the Earth Europe revela que, a cada dois dias, uma pessoa perde a vida no Brasil devido à exposição a esses venenos, sendo uma em cada cinco vítimas crianças ou adolescentes com até 19 anos. Este é o preço trágico que o país paga por liderar esse preocupante ranking global.

A exposição aos agrotóxicos pode causar uma série de doenças, que vão de irritações na pele ao câncer, dependendo do produto, tempo de exposição e quantidade absorvida pelo organismo. As consequências mais graves são sentidas por pelo menos 20 mil pessoas por ano – número de registros de mortes por consumo de agrotóxicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas notificou que mais de 40 mil casos de intoxicação aguda por agrotóxicos foram registrados no Brasil na última década. Os casos são mais recorrentes entre os trabalhadores rurais, que estão em contato direto com os produtos nocivos à saúde.

Mas nem sempre esses efeitos são percebidos a curto prazo. Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) chama os agrotóxicos de “veneno invisível”, isso porque os efeitos na saúde podem demorar anos para serem sentidos. De acordo com a professora do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Eliane Novato, casos crônicos – que ocorrem após exposições repetidas a pequenas quantidades de agrotóxicos por um período prolongado – podem se manifestar somente em gerações seguintes.

De acordo com o relatório “Atlas dos Agrotóxicos”, publicada em 2023 pela Fundação Heinrich Böll, o Brasil se destaca como um dos maiores consumidores e importadores mundiais desses produtos, sendo responsável por 18% da aquisição mundial. Além disso, 87% dos fertilizantes utilizados na agricultura nacional são importados, conforme a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). O país permite níveis mais elevados de resíduos desses produtos em águas e alimentos, agravando ainda mais os impactos na saúde da população.

O envenenamento tem sua origem na venda desenfreada desses produtos para países do Sul Global, onde a falta de regulamentação torna essas nações alvos principais. O “Atlas dos Agrotóxicos” ressalta que a União Europeia (UE), o maior mercado de exportação de agrotóxicos global, investe crescentemente em processos e exporta produtos proibidos em seu próprio território devido aos seus efeitos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. No Brasil, infelizmente, tais malefícios são ignorados.

A relação direta entre o aumento do uso de agrotóxicos e a expansão das áreas cultivadas com organismos geneticamente modificados é inegável. O Brasil, como maior exportador mundial de soja, carne bovina, carne de frango e açúcar, além de segundo maior exportador de grãos, viu um aumento de 70% na área cultivada com cana-de-açúcar e 75,6% na área cultivada com soja entre 2005 e 2022. Essa expansão abrange proporções preocupantes, ultrapassando os territórios combinados da Alemanha e da Bélgica.

Diante desse cenário, é evidente a dependência crescente da agricultura nacional em relação aos agrotóxicos, enquanto soluções ecológicas para preservação da saúde humana são negligenciadas. A necessidade urgente de regulamentação é clara. Chega de expor a população a esses venenos prejudiciais à saúde.

Fonte: Brasil de Fato, FAO, Atlas dos Agrotóxicos e Friends of the Earth Europe, OMS, UFMG.


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Este texto foi originalmente publicado pela Midia Ninja [Aqui!].

Brasil ganha antiprêmio “Fóssil do Dia” na COP28 pela adesão à Opep+ 

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A empolgação na COP do ano passado era palpável, com o Brasil de Lula prometendo ser um sopro de ar fresco na condição de campeão do clima. Mas, o Brasil é o vencedor do Prêmio Fóssil do Dia de hoje (4/12), na COP28, que acontece em Dubai, pois parece ter confundido a produção de petróleo com liderança climática.

O Ministro das Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, achou apropriado anunciar a adesão à Opep+ no primeiro dia da conferência. Seguindo essa lógica distorcida, serão leiloados 603 novos blocos de petróleo, em 13 de dezembro, apenas um dia depois do término da COP28. Isso não pode ser coincidência, certo? A corrida do Brasil pelo petróleo mina os esforços dos negociadores brasileiros que estão tentando quebrar impasses antigos e agir com senso de urgência.

De acordo com a Agência Pública, matéria publicada ontem, as emissões esperadas de uma das novas fronteiras de petróleo que o Brasil deseja abrir, a Margem Equatorial (que inclui blocos na foz do Rio Amazonas), anularão os cortes de emissões alcançados com o desmatamento zero até 2030. Contrariamente, ao que as empresas de petróleo declaram, não é possível compensar a destruição de todo um ecossistema com uma boa ação.

Brasil, não queremos um tour pelos campos de petróleo quando estivermos em Belém em 2025. E, se você apenas quer se juntar a um clube, podemos sugerir que siga o exemplo do seu vizinho mais próximo, a Colômbia, assinando o Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis em vez da Opep+.

“Ao reduzir o desmatamento em 22% em apenas 11 meses no cargo, o presidente Lula deu uma das contribuições mais significativas para mitigar o aquecimento global em 2023. Porém, com um grande poder vem uma grande responsabilidade. Não se pode liderar o Sul Global contra a crise climática investindo no produto que a causa.” Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima.

Sobre o Fóssil do Dia

A premiação foi apresentada pela primeira vez nas negociações climáticas em 1999, em Bonn. Durante as negociações das COPs, os membros da CAN (Climate Action Network) votam nos países que fizeram o ‘melhor’ para bloquear o progresso nas negociações nos últimos dias de conversas. O prêmio é oferecido diariamente e apresentado às 18:00 (horário do local da COP). Neste ano, a cerimônia do Fóssil ocorre na Action Zone 9, perto da entrada.

Brasil é o 2º pior país no ranking de mobilidade social

Os brasileiros estão entre os que mais encontram dificuldade em ascender socialmente

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Mobilidade social se refere à mudança do indivíduo na hierarquia social ao longo do tempo, que atualmente é dividida em três grupos: classe baixa, classe média e classe alta.

Um importante indicador para se medir a mobilidade social, é a quantidade de gerações necessárias para uma família sair da classe baixa, até alcançar a classe média.

Neste quesito, o Brasil se encontra na 3ª pior posição do ranking, sendo necessários 9 gerações para a ascensão.

Este valor é substancialmente alto, uma vez que representa um valor duas vezes maior que média mundial, de 4,5 gerações.

É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de cupons de desconto CupomValido.com.br com dados da OCDE sobre mobilidade social.

O Brasil só fica atrás da Colômbia, que necessita de incríveis 11 gerações para sair da classe baixa para classe média.

Mobilidade Social no Brasil

No Brasil, a hierarquia social pode ser dívida em 5 subgrupos de acordo com a renda mensal domiciliar:

  • Classe A: Superior a R$ 22 mil
  • Classe B: Entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil
  • Classe C: Entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil
  • Classes D/E: Até R$ 2,9 mil

Apenas 2,8% da população brasileira estão na classe alta (classe A), enquanto as classes B e C representam respectivamente 13,2% e 33,3%

Surpreendentemente, mais da metade de toda população brasileira (50,7%) estão na classe baixa (classes D e E).

Pai rico, filho rico. Pai pobre, filho pobre

A dificuldade em alcançar a mobilidade social é uma realidade em todas as classes sociais, mas é particularmente agravada na classe baixa.

Os filhos provenientes de famílias de baixa renda, têm maior probabilidade de frequentar escolas com baixa qualidade de ensino.

A falta de uma educação adequada, limita severamente as oportunidades desses jovens no mercado de trabalho, resultando em empregos mal remunerados, com poucas possibilidades de crescimento salarial, o que, por sua vez, contribui para a perpetuação do ciclo de pobreza.

FonteOCDECupomValido.com.br

Documentário inédito investiga os impactos do consumo excessivo das redes sociais no cérebro

O filme revela que brasileiros ficam, em média, 5 horas e 30 minutos por dia nas telas dos smartphones — mais de um terço do tempo em que estamos acordados

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Em um mundo cada vez mais acelerado, os smartphones se tornaram uma extensão de nós mesmos, proporcionando acesso instantâneo a uma infinidade de conteúdos. As redes sociais, em particular, têm um poder magnético graças aos reforços intermitentes habilmente incorporados em nossas experiências digitais. Para jogar luz sobre o tema, o documentário científico inédito “Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro”, a ser exibido com exclusividade no Curta!, parte de pesquisas e depoimentos com especialistas, e questiona com humor nossos hábitos e comportamentos relacionados aos aplicativos. A direção é de Léo Favier, com produção da ARTE France e da Les Bons Clients.

Laurent Madelain, especialista em comportamento humano, nos explica como esses reforços moldam nossas interações com os aplicativos. “Quando somos recompensados de forma imprevisível, seja com likes, mensagens ou descobertas inesperadas, nosso cérebro entra em um estado de antecipação. A incerteza dessas recompensas cria um loop vicioso, onde nos sentimos compelidos a rolar o feed em busca de mais gratificação”, explica.

Outros especialistas narram que, com o tempo, esse padrão de comportamento se transforma em hábito. A motivação inicial de receber recompensas é substituída pela rotina diária. Ao entrar no metrô ou esperar em uma fila, nosso cérebro automaticamente recorre ao telefone, sem pensar na possível recompensa. É como se a própria situação se tornasse um gatilho para o uso do smartphone.

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No entanto, esse hábito não é impulsionado apenas pelas recompensas imediatas. Mesmo que elas se tornem escassas ou inexistentes, ainda continuamos rolando o feed em busca de algo interessante. Essa busca incessante por estímulos novos e agradáveis é alimentada pela memória de experiências passadas e pela esperança de que algo valioso esteja à espreita nas próximas rolagens.

O resultado é um fenômeno crescente: passamos cada vez mais tempo em nossos smartphones, muitas vezes sem perceber a quantidade de horas que se acumulam ao longo do dia. A produção apresenta dados, revelando que na França e na Alemanha o tempo de tela já chega a 3h30 diárias, um aumento significativo em relação a alguns anos atrás. Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa as 4 horas, superando o tempo gasto assistindo televisão. E no Brasil, atinge impressionantes 5h30, mais de um terço do tempo em que estamos acordados.

O documentário também levanta questionamentos no que se refere a essa conexão contínua com nossos dispositivos. “Estamos aproveitando ao máximo nosso tempo de forma produtiva? Ou estamos nos perdendo em um ciclo vicioso de hábitos digitais? É essencial refletirmos sobre nosso uso de smartphones e redes sociais, reconhecendo a importância de estabelecer um equilíbrio saudável entre a tecnologia e o mundo real”, questiona.

Embora as redes sociais proporcionem valiosas conexões e oportunidades, os profissionais entrevistados garantem que é crucial que sejamos mais conscientes sobre nossos comportamentos digitais. Ao estarmos cientes dos efeitos dos reforços intermitentes e dos hábitos que criamos, podemos fazer escolhas mais informadas e construtivas em nosso relacionamento com a tecnologia. Afinal, o poder de moldar nossas experiências digitais está em nossas mãos.

“Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro” pode ser assistido também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. 

O documentário tem produção da ARTE France e Les Bons Clients. A estreia é na Sexta da Sociedade, 25 de agosto, às 23h.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 25/08

23h – “Dopamina – Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro” (Documentário)

Facebook, WhatsApp, Instagram, Tiktok… O que acontece em nosso cérebro para que consultamos compulsivamente esses aplicativos sociais? Bem-vindo ao mundo da dopamina, uma molécula que a indústria de tecnologia sequestrou para melhor capturar nossa atenção e nos tornam cada vez mais viciados. Direção: Léo Favier. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 26 de agosto, sábado, às 03h e às 16h30; 27 de agosto, domingo, às 22h.

Produção de ciência no BR caiu pela 1ª vez em 2022; queda em número de artigos foi observada em 23 países

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Foto: Julia Klobitz / UNSPLAS

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A produção científica mundial cresceu 6,1% em 2022 em relação ao ano anterior. Apesar do saldo global positivo, 23 países tiveram queda no número de artigos científicos publicados em 2022 em relação a 2021 — incluindo, de maneira inédita, o Brasil. O país vinha crescendo sua produção de artigos anualmente desde que os dados começaram a ser tabulados (em 1996).

Nesse cenário, 2022 se tornou o ano com a maior quantidade de países que perderam produção científica na história. O recorde anterior tinha sido em 2002, quando 20 países observaram queda no número de artigos científicos publicados em relação ao ano anterior (2001).

As informações inéditas são do relatório da Elsevier-Bori “2022: um ano de queda na produção científica para 23 países, inclusive o Brasil” lançado nesta segunda (24). Os dados são da base Scopus/Elsevier e, para os cálculos, foi usada a ferramenta analítica SciVal/Elsevier. O relatório analisou todos os países que publicaram mais de 10 mil artigos científicos em 2021 — em um total de 51 países.

O documento mostra que o Brasil teve um decréscimo de 7,4% na sua produção científica em 2022 em comparação ao ano anterior. A queda na quantidade de ciência brasileira em 2022 se assemelha à da Ucrânia, país que entrou em guerra naquele ano. Brasil e Ucrânia tiveram a maior perda de produção científica entre os países analisados.

Fonte: Elsevier

Os dados vêm à tona na semana da reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece de 23 a 29 de julho na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. É o principal evento científico do país, que debate, também, o estado da arte e os rumos da ciência brasileira.

“É muito provável que o decréscimo no último período se deva, em boa parte, aos efeitos da pandemia, especialmente considerando-se o número de países afetados”, diz Carlos Henrique de Brito Cruz, Vice-presidente Sênior de redes de Pesquisa da Elsevier.

Em sentido contrário, países como China e Índia apresentaram crescimento significativo na produção científica em 2022 em relação a 2021 — em torno de 20%. A Índia, aliás, superou o Reino Unido pela primeira vez, passando a ser o 3º país com mais publicações no mundo, depois de China e EUA.

Ciência brasileira

No Brasil, com exceção da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), todas as instituições de pesquisa do país sofreram redução importante na produção científica em 2022 em relação a 2021. Foram consideradas as instituições de pesquisa do país com mais de mil artigos científicos publicados em 2021 — o que resultou em um total de 35 analisadas.

O relatório Elsevier-Bori mostra, ainda, que as Ciências Agrárias — área especialmente importante para o país — teve um decréscimo maior na produção científica do que a média nacional: 13,7% artigos científicos publicados de 2021 para 2022.

“A queda inédita da produção científica brasileira também acompanha os expressivos cortes orçamentários de recursos públicos para pesquisas dos últimos anos, o que precisa ser analisado em futuros documentos”, diz Estêvão Gamba, cientometrista e cientista de dados da Agência Bori.

Este é o segundo relatório da parceria entre a editora científica Elsevier e a Bori, que pretende analisar, periodicamente, a ciência brasileira e disponibilizar essas informações para jornalistas. O primeiro, A pesquisa brasileira sobre oceanos – Estado da arte da produção científica do Brasil de 2017-2022”, trouxe uma análise da produção científica especificamente na área de Oceanos. A ideia é ter um retrato da produção científica nacional e munir o debate público com informações relevantes para políticas científicas e para tomadas de decisão.


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Este texto foi originalmente publicado pela Agência Bori [Aqui!].

Pesquisa sobre microplástico dispara no Brasil; tema se tornou um dos principais na área de Oceanos

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Foto: Soren Funk/ Unplash

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Em seis anos (2017 a 2022), o número de pesquisas no Brasil sobre “microplástico” aumentou 560%. O tema insere-se num universo de mais de oito mil artigos sobre oceanos publicados por instituições brasileiras no período. Os dados estão em relatório inédito lançado na segunda (5) pela editora científica Elsevier com a Bori. O documento inaugura a parceria entre Elsevier e Bori no sentido de analisar, periodicamente, dados da produção científica brasileira e disponibilizá-los a jornalistas.

A pesquisa faz um mapeamento da produção científica do Brasil sobre os oceanos, de 2017 a 2022, com uso das ferramentas Scopus e SciVal, essa última desenvolvida pela Elsevier, que mapeia publicações científicas em documentos públicos utilizados em tomadas de decisão mundo afora. A ideia é entender o foco que a ciência brasileira dá ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS 14), “Vida abaixo da água”, da Organização das Nações Unidas (ONU), já que o Brasil tem uma das maiores zonas costeiras do mundo, com 8 mil quilômetros de extensão em linha contínua de costa.

O documento mostra que, de 2012 a 2021, houve um crescimento de 12% ao ano nas publicações brasileiras sobre Oceanos. Além do tema “microplástico”, os temas “seashore” (costa marinha), “aquaculture” (aquicultura) e “Oreochromis Niloticus” (tilápia) compõem a lista de temas mais relevantes dos artigos produzidos por pesquisadores brasileiros relacionados ao ODS 14. Apesar de aparecerem em 2.000 (seashore), 1.230 (aquaculture) e 562 (Oreochromis Niloticus) artigos, a referência a esses temas diminuiu – principalmente a partir de 2021.

A possibilidade de relacionar o conteúdo de publicações científicas com Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) tem trazido informações importantes sobre os alvos de pesquisa em regiões ou instituições, segundo aponta Carlos Henrique de Brito Cruz, Vice-presidente Sênior de redes de Pesquisa da Elsevier. Ele observa que, no caso brasileiro, há um crescimento acima da média do país em estudos sobre o ODS 14. “Este crescimento mostra como a comunidade científica no país tem escolhido focalizar seus esforços em temas de grande relevância para o avanço do conhecimento e, ao mesmo tempo, para os objetivos de sustentabilidade planetária”.

Na 11ª posição mundial entre países que mais publicam estudos sobre oceanos, o Brasil tem uma pesquisa com importância internacional: cerca de 40% das publicações são fruto de colaborações com instituições de pesquisa estrangeiras. Além disso, elas alcançaram um impacto de citações 2% acima da média mundial de citações.

Esse é o caso do artigo Studies of the effects of microplastics on aquatic organisms: What do we know and where should we focus our efforts in the future?, publicado em 2018 na revista “Science of the Total Environment”. Com colaboração brasileira, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e autoria de pesquisadores das universidades da Suécia, de Aveiro, em Portugal, e de Queensland, na Austrália, o trabalho é uma das cinco publicações mundiais mais citadas sobre microplástico. Seu impacto de citações normalizado é igual a 7,79, ou seja, 679% acima da média mundial de citações, que é 1. O impacto de citações é medido pela quantidade de vezes que um artigo científico é mencionado em outras publicações do mesmo tipo, disciplina e ano de publicação.

A Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Santa Catarina (UFSC) e de Rio Grande (FURG) são as instituições que mais publicaram pesquisas sobre oceanos nos cinco anos analisados, reunindo mais de 3 mil publicações. Em seguida, aparecem as universidades federais do Paraná (UFPR), Fluminense (UFF), Pernambuco (UFPE) e Ceará (UFC). A maioria dos estudos são das áreas de agricultura (57%), ciências ambientais (42%) e ciências da terra (25%).

Os impactos da pesquisa em políticas públicas

Os dados dão, ainda, uma dimensão sobre o impacto da pesquisa brasileira sobre oceanos em políticas públicas: 4.8% dos 8 mil artigos foram citados e embasaram tomadas de decisão sobre proteção de oceanos. Grande parte das menções aos estudos foram feitas pela FAO (Food and Agriculture Organization), União Europeia e United Nations Environment Programme.


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Este texto foi originalmente publicado pela Agência Bori [Aqui!].

Brasil é o 4º país com a maior taxa de desemprego no mundo

País tem uma das maiores taxas do ranking, em 4ª posição no G20 e na América Latina

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Com 9,4 milhões de desempregados, o Brasil é o 4ª país com mais desempregados do G20.

Somente a África do Sul, Espanha e Turquia ficam a frente do Brasil, que possui 8,8% de desempregados.

Na ponta oposta, Singapura é o país com a menor taxa de desemprego, com apenas 1,8%.

É o que revela um estudo divulgado pela plataforma de descontos CupomValido.com.br sobre os dados de desemprego.

Ao comparar com países da América Latina, o Brasil também fica na 4ª posição, atrás do Haiti, Costa Rica e Colômbia.

Já a Guatemala é o país que tem a menor taxa de desemprego na América Latina, com 2,2%.

Cenário de Desemprego no Brasil

Com 12,2% de desempregados, o Nordeste é a região com a maior taxa de desempregados do Brasil.

O valor é mais que duas vezes o valor da região Sul, com 5,0%, sendo a região com a menor taxa.

O Centro-Oeste, Sudeste e Norte, estão respectivamente com as taxas: 7,0%, 8,6% e 9,1%.

No Brasil existem 97,8 milhões de pessoas ocupadas (que exerce atividade profissional, seja formal ou informal), e o valor expressivo de 9,4 milhões de desempregados.

Um outro número que impressiona, é a quantidade de desalentados (pessoas que desistem de procurar emprego). Atualmente existem mais de 3,9 milhões de desalentados no Brasil.