A evolução não é acaso e o criacionismo não é ciência

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Por Leonardo Blogiato

Muitos não entendem o processo evolutivo, como criacionistas que fazem espantalho sobre a evolução dizendo que é impossível de ser verdadeira por ser obra do “acaso”, mas essa afirmação é incorreta já que a evolução não é um fruto totalmente do acaso.

A evolução depende de fatores para acontecer, como variabilidade, pressão do ambiente, seleção e hereditariedade. De fato, as mutações ocorrem de forma aleatória e elas geram variabilidade, essas mutações que ocorrem nas células germinativas serão passadas adiante e o meio ambiente seleciona essas mutações. Se um ser vivo tiver uma característica que lhe dê vantagem em um determinado ambiente, ele estará mais adaptado e terá maior chance de sobrevivência e passará seus genes adiante. Por isso, certamente, sabemos que a seleção não é uma obra do acaso. Ela tem causas, porém não tem intencionalidade.

A evolução é um fato. Por isso, também é aceita na comunidade científica. Ela é ensinada nas escolas e universidades porque a Teoria da Evolução é a única que consegue explicar a biodiversidade.

Outro argumento fraco que os criacionistas utilizam é que ninguém estava no passado para observar se houve evolução ou criação, como se ambas fossem questões de fé. Esse argumento é fácil de refutar e vou usar até uma analogia: imagine que ocorra um crime sem nenhuma testemunha, a polícia investiga e soluciona o caso através de investigação, procurando por evidências, como, por exemplo, vestígios que o assassino deixou, coletando amostras de DNA, como acontece em áreas forenses, etc. É mais o menos assim com a evolução.

Existe uma investigação dos vestígios deixados na natureza, como fósseis, comparações no DNA entre os seres vivos dando graus de parentesco entre os grupos de animais, plantas e bactérias. Um exemplo fácil de explicar é que o homo sapiens e o chimpanzé possuem uma similaridade de 98% em relação ao DNA. Com base na genética, podemos observar que somos muito próximos dos chimpanzés, porque fazemos parte da linhagem dos primatas, e isso era previsto pela Teoria da Evolução.

Darwin e Wallace não tinham o conhecimento sobre genética e todas as evidências corroboram que eles estavam corretos na maioria das coisas. Todas as formas descendem de um ancestral em comum. Por isso, compartilhamos genes em comum com todos os seres vivos. Por exemplo, nós, os homo sapiens, temos 98% do DNA idêntico com chimpanzé porque compartilhamos um ancestral em comum que deu origem a nossa linhagem, mas certamente compartilhamos genes em comum com as aves. Porém, somos parentes mais distantes das aves e mais próximo dos primatas.

A evolução é um processo ramificado, imagine uma árvore com um tronco e vários galhos — é basicamente isso. A evolução não depende de fé como o criacionismo, porque ela é baseada em evidências. Se o criacionismo fosse verdadeiro e o mundo tivesse sido criação em 6 dias, não se encontrariam fósseis em camadas diferentes, que evidencia períodos geológicos diferentes, e isso é outra evidência para evolução. Não convivemos com dinossauros, como alguns religiosos acreditam, porque são tempos geológicos diferentes, e isso é comprovado pelos métodos de datação, e, sim, a evolução pode ser observada, como em bactérias.

Referências:

  1. PRÜFER, Kay et al. “The bonobo genome compared with the chimpanzee and human genomes”; Nature, 2012. Acesso em: 14 fev. 2017.
  2. PAGE, Michael Le. “Evolution myths: Evolution is random”; New Scientist. Acesso em: 14 fev. 2017.
Este texto foi originalmente publicado no site Ciencianautas [Aqui!].

Núcleo de Pesquisa da USP se manifesta sobre proposta de impor aulas de Criacionismo nas escolas brasileiras

Semana_Darwin_1O conhecimento científico é o verdadeiro alvo de quem pretende impor o Criacionismo como explicação sobre o processo de evolução da vida na Terra

O Núcleo de Apoio à Pesquisa em Educação, Divulgação e Epistemologia da Evolução “Charles Darwin” (NAP EDEVO-Darwin), ligado à Pró Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo, que reúne diversos cientistas atuantes na área da evolução biológica, diante de matéria divulgada no site do jornal Folha de São Paulo de hoje (24/01/2020), sobre opinião emitida por pessoa que será encarregada de dirigir a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES), ligada ao Ministério da Educação (MEC), vem a público esclarecer que:

  • O chamado “criacionismo científico” não é reconhecido pela comunidade científica de nenhum país, reunida em associação científica com membros acreditados junto a instituições acadêmicas desvinculadas de organizações religiosas ou por elas financiadas;
  • Literalmente todas as evidências disponíveis, corroboram a explicação da diversidade e estrutura da vida na Terra por meio de processos de descendência com modificação e que todos os seres vivos são conectados por relações de ancestralidade comum. Novas áreas da ciência, como a Genômica, continuamente fortalecem este paradigma. Não existem dúvidas plausíveis de que o processo evolutivo seja a melhor explicação para os fenômenos da vida, uma conclusão aceita há mais de um século e atualmente endossada inclusive por muitas instituições religiosas, como o Vaticano;
  • É amplamente reconhecido que o chamado “design inteligente” é simples eufemismo do dito “criacionismo científico”, sendo que o mesmo exato termo (“intelligent design”) já era usado com o mesmo sentido no século dezoito por teólogos protestantes, como Joseph Butler (1692-1752 ). A expressão foi utilizada originalmente naquele contexto para retomar as teses de Tomás de Aquino a fim de comprovar a existência de uma divindade criadora do universo, o que deixa claro como as expressões têm exatamente o mesmo sentido conceitual;
  • Apenas algumas denominações religiosas têm no criacionismo científico um de seus dogmas centrais, em especial as de maior expressão no chamado “cinturão evangélico” dos Estados Unidos, com tentativas de se introduzir o ensino do chamado “design inteligente” nos currículos escolares. O ensino religioso é permitido no Brasil, mas deve ser restrito à disciplina de ensino religioso, que não é de frequência obrigatória, e não pode incluir proselitismo religioso (Lei 9394/1996, Art 33). A última manifestação do Supremo Tribunal Federal examinou o conteúdo do ensino religioso definido nesse artigo, não abordando a inclusão de dogmas religiosos nas disciplinas científicas;
  • Ao impor aulas de “criacionismo científico” desde os anos iniciais do ensino fundamental a todas as crianças, em disciplina de frequência obrigatória, configura-se uma afronta ao regramento legal brasileiro, por obrigar os filhos de todas as famílias a aprender o que algumas denominações religiosas estadunidenses conservadoras elegeram como dogmas centrais obrigatórios para seus seguidores. Trata-se, portanto, de proselitismo religioso estatal compulsório, vedado expressamente por lei federal. Lembre-se que essa prática também é proibida nas escolas públicas estadunidenses.
  • Além de afrontar uma lei federal infraconstitucional, essa prática, se consumada, afrontará a própria Constituição Federal, ao colocar o estado brasileiro a favorecer certas denominações religiosas, em detrimento de outras. E ainda condenará o Brasil a caminhar de maneira cada vez mais lenta na trilha da melhoria da educação pública, comprometendo irremediavelmente a qualidade da educação, o que, aliás, contraria outro ditame constitucional;
  • Não bastassem as afrontas às leis e à própria Constituição Federal, essa imposição, se implementada, condenará a juventude do país a não compreender questões científicas básicas acerca da vida no planeta, como a origem e a importância da conservação da biodiversidade, o desenvolvimento de resistência a antibióticos por parte de certas bactérias, e tantas outras questões que o mundo moderno veio a entender graças à teoria da evolução. 8- O desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro estará ainda mais comprometido se a anunciada iniciativa vier a ser consumada nas escolas brasileiras de educação básica.

Universidade de São Paulo, 24 de Janeiro de 2020.

 Núcleo de Apoio à Pesquisa em Educação, Divulgação e Epistemologia da Evolução “Charles Darwin” (EDEVO-Dawin/USP)

Ao atacar Marcos Pontes, Silas Malafaia dá testemunho de porque ciência e religião devem ficar sob os cuidados de quem entende

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A imagem acima mostra a Xilogravura de Flammarion, que é assim chamada porque a sua primeira aparição foi documentada em 1888 no livro L’atmosfera: météorologie populaire (“A Atmosfera: Meteorologia Popular”), de autoria de Camille Flammarion. Ela mostra um homem medieval com seu bastão, vestido como um peregrino, que olha para o céu como se estivesse encoberto por uma cortina, ele olha como se quisesse conhecer o outro lado da Terra, o que está oculto, o que há além do próprio planeta Terra.

Uma das poucas declarações lúcidas pronunciadas por um membro do governo Bolsonaro foi dada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que rebateu as declarações da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, de que “que a igreja evangélica perdeu espaço na História ao “deixar” a Teoria da Evolução entrar nas escolas sem ser questionada.” [1]. Fontes, enquanto o responsável pelas questões relacionadas à ciência e tecnologia do governo Bolsonaro, rebateu de forma educada dizendo algo que deveria ser senso comum entre qualquer cidadão do Século XXI ao afirmar que “… do ponto de vista da ciência, são muitas décadas de estudo para formar a Teoria da Evolução desde o início. Ou seja, não se deve misturar ciência com religião.”

Essa declaração do ministro da Ciência e Tecnologia que nada tem de extraordinária causou um posicionamento do Pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo   e apoiador de primeira hora da candidatura de Jair Bolsonaro, que usou sua página oficial na rede social Twitter para tentar ensinar a Marcos Fontes a diferença entre “lei” e “teoria” para, em seguida, questionar a validade da Teoria da Evolução de Charles Darwin (ver imagem abaixo) [2].

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Uma nota inicial é que por cerca de 17 anos fui o encarregado de ministrar a disciplina “Fundamentos da Metodologia da Pesquisa” no Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense.  E a enunciação das principais diferenças entre “leis”, “teorias”, “hipóteses”, “conceitos” e variáveis” era uma dos primeiros conteúdos que apresentava aos participantes da referida disciplina. A razão para isso era e é bem simples: a maioria dos leigos em ciência não sabem diferenciar uma coisa da outra, o que contribui para a criação de graves distorções na produção de conhecimento científico. É que quem não sabe o básico do básico em termos de formação do conhecimento científico, não terá como produzir ciência.

Por isso ao ler o tweet do Pastor Silas Malafaia me dividi entre um momento de pasmo e outro de dúvida. O pasmo ficou por conta da ação de um pastor tentando ensinar ciência ao ministro da Ciência e Tecnologia. Já a dúvida ficou por conta do quão certo ou errado o Pastor Silas Malafaia em questionar a “verdade” da Teoria da Evolução ao colocá-la num plano inferior ao ocupado pelas leis da ciência.  E, pior, se o Pastor Silas Malafaia estivesse certo, eu teria que procurar todos os participantes das 17 edições que participaram da disciplina “Fundamentos da Metodologia da Pesquisa” que ofereci na Uenf.

Felizmente hoje existem as chamadas ferramentas de busca na internet, e fiz o que toda pessoa deveria fazer antes de escrever sobre algo que não entende, no caso do Pastor Silas Malafaia, ciência.  

Uma busca rápida com os termos “leis”, “teoria” e “ciência” no Google ofereceu “apenas” 26 milhões de links para serem acessados. Se o Pastor Silas Malafaia tivesse tido a curiosidade de acessar pelo menos um desses 26 milhões de links, ele provavelmente não teria tentando desacreditar a Teoria da Evolução da forma tão tosca quanto tentou.

É que, colocando em miúdos, teorias e leis não estão em condições hierárquicas disparatadas como Malafaia tentou dar a entender.  É que leis e teorias científicas apenas tratam de elementos distintos de construção do conhecimento dito científico, sendo o principal deles o fato de que “enquanto as teorias científicas explicam fenômenos da natureza, as leis são descrições generalistas desses fenômenos.” [3].  

E mais importante: teorias científicas são construídas inicialmente como um modelo ideal da realidade, mas só “sobrevivem” se resistirem a seguidos testes relativos à sua validade e replicabilidade.  Além disso, dado que a ciência assume a possibilidade de aperfeiçoamento mediante à eliminação de erros, teorias podem ser aperfeiçoadas ao longo do tempo ou, simplesmente, serem abandonadas por serem refutadas por outras teorias com maior capacidade de explicação sobre um dado fenômeno.

E quando se fala da Teoria da Evolução, pode-se até não gostar da explicação que ela oferece sobre o processo que origina e afeta a dinâmica evolutiva das espécies que vivem na Terra. Entretanto, a Teoria da Evolução já sobreviveu a basicamente todos os testes concernentes à sua validade e sua aplicação universal. Isso não quer dizer que outra teoria não possa competir por uma explicação melhor. Entretanto, não há como disputar boa parte dos seus postulados teóricos, pois os mesmos já foram extensamente demonstrados empiricamente.  E aí é que mora o maior perigo para leigos que tentem adentrar o domínio da ciência. É que a boa ciência deve resistir tanto à testes teóricos como empíricos, não havendo espaço para o sobrenatural nesse tipo de verficação.

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Charles Darwin (1809-1882), naturalista britânico que convenceu a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual.

Assim, o que parece ficar demonstrado neste ataque de Silas Malafaia a  Marcos Pontes é que parece ser mais prudente que o pastor se atenha à religião e o ministro à questão da ciência. Se ambos fizerem isso, é possível que o produto final seja melhor para ambos. E, principalmente, ninguém passará vergonha por falar do que não entende.

Por fim, aos que se interessarem em conhecer mais sobre o processo de formação e evolução da ciência moderna, sugiro a leitura do livro “A Ciência e a Filosofia dos Modernos” do filósofo italiano Paolo Rossi (atenção para o fato de que não é o mesmo Paolo Rossi, o centroavante que destroçou as esperanças brasileiras no Estádio de Sarriá na Copa do Mundo de 1982!) [4]. Considero esse livro excelente para que se entenda os fundamentos da ciência moderna e sempre recorro a ele quando tenha dúvidas sobre o assunto.

Patrimônio arqueológico descoberto por Charles Darwin ameaçado por construção de porto naval

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Por Movimento Bahia Viva.

O governo do estado do Rio de Janeiro e a empresa DTA Engenharia LTDA, pretendem implantar um poluente e impactante mega-empreendimento industrial denominado Terminal Portuário de Ponta Negra (TPN), sendo que a área escolhida é completamente inapropriada e inadequada por sua grande fragilidade ambiental: a bela e preservada Praia de Jaconé, em Ponta Negra, no município de Maricá (RJ).

No ano de 2013, ocorreu a ilegal alteração do Plano Diretor da cidade de Maricá pela Câmara de Vereadores local, a votação ocorreu de madrugada sem a presença da população, sem a prévia realização de audiência pública e dos obrigatórios estudos técnicos, o que transformou em área industrial a região que abrange a Praia de Jaconé, que à época era parte integrante de uma Unidade de Conservação na Ponta Negra, destinando a um projeto de terminal portuário.

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Em 2015, uma equipe formada por cinco (5) Promotores do Ministério Público Estadual, do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA), ajuizaram Ação Civil Pública de proteção do patrimônio cultural e arqueológico tendo em vista que está sendo negligenciada e colocada em risco de extinção a reconhecida natureza arqueológica, além de cultural, histórico, pré.histórico, paisagístico, arqueológico, ecológico e natural deste bem dominical da União Federal. A ACP apresentou farta documentação que comprovava a ocorrência de graves irregularidades no licenciamento do empreendimento (porto naval de Jaconé) que foi ilegalmente favorecido pelas alterações ocorridas abruptamente na legislação urbanística de Maricá.

A praia de Jaconé é uma das últimas praias “virgens” do litoral leste do Estado do Rio de Janeiro, berçário de tartarugas marinhas que ali desovam e retornam milenarmente, local propício para o lazer da população que se encontra ameaçado de desaparecer por instalações industriais (mega-porto naval) absolutamente agressivas ao meio ambiente.

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Jaconé é conhecida no Brasil e no exterior, como um local de pratica de camping e surf: além do mar de Jaconé abrigar uma infinidade de parcéis sub aquáticos, local de absoluto interesse e sobrevivência para a pesca artesanal e esportiva.

Mas como se isso não bastasse, essa aprazível região do litoral situada entre os municípios de Maricá e Saquarema recebeu a visita no século XIX do naturalista britânico Charles Darwin que, então com 23 anos, por ocasião de sua viagem de estudos em volta do mundo, em 1832, ali identificou e catalogou a existência rara de formações rochosas denominadas “Beachrocks” o que assegura ao local um enorme valor cultural, cientifico, histórico e arqueológico. Darwin, é o autor do primeiro trabalho científico sobre “Beachrocks” brasileiros, intitulado “On a remarkable bar of sandstone off Pernambuco, on the coast of Brazil” datado de 1841.

Os “Beachrocks” são depósitos sedimentares de praia cimentadas pela precipitação em geral carbonática e cuja litificação usualmente se dá na zona intermarés. Podem envolver sedimentos de origem clástica ou bioclástica, nas frações granulométricas que variam de areia até loco. Ou seja, são testemunhos rochosos reminiscentes de praias do passado, registrando a variação das marés com o transcorrer dos séculos e guardando, ainda, a memória pré.histórica da ocupação humana na região, cuja formação é de cerca de 6.000 anos.
Algumas conchas bivalves, abundantes nestas rochas, chegam a datar de mais de 8.000 anos atrás. Pesquisas arqueológicas descobriram seixos destes “Beachrocks” nos sambaquis da Beirada e de Moa, em Saquarema, comprovando a utilização do material pelos povos pré.históricos da região, há mais de 4.000 anos.

Devido à sua importância científica e histórica, o Departamento de Recursos Minerais (DRM), através de estudos desenvolvidos pela Professora da UFRJ Kátia Mansur e outros pesquisadores, recomendou seu tombamento por caracterizar patrimônio de conteúdo científico, cultural e arqueológico de relevância internacional.

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Acontece que tramita no INEA processo de licenciamento ambiental para instalação de um mega Porto e instalações de estaleiro, carga e recarga da indústria de petróleo of shore o que de fato vai acarretar enorme desmatamento de mata atlântica e a “concretagem” em definitivo da praia de Jaconé desaparecendo para sempre com todos esses atributos naturais, ambientais e arqueológicos.

O estranho é que entre os Servidores públicos concursados do INEA não há ninguém confortável em emitir parecer técnico favorável ao licenciamento tampouco assinar essa famigerada licença ambiental. Os moradores já se mobilizaram em anos anteriores contra o empreendimento, mas uma liminar expedida pelo juízo do estado do rio de Janeiro a pedido do Ministério Público Estadual trouxe a ilusão aos moradores, surfistas, ambientalistas e acadêmicos de que o licenciamento não prosseguiria. Vã ilusão pois forças ocultas e poderosas tentam derrubar essa liminar a todo custo e a pressão sobre o corpo técnico e jurídico do órgão ambiental cresce a cada dia.

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Portanto, vimos mais uma vez mobilizar a imprensa, os promotores de justiça, ambientalistas, pescadores, surfistas, moradores da região e a sociedade em geral para que se posicionem mais uma vez e com ainda mais força e garra contra esse verdadeiro crime ambiental, social e arqueológico. Não ao Porto de Jaconé!

S.O.S Geossítio Praia de Jaconé: NÃO ao Terminal Naval Ponta Negra, Maricá:
https://www.facebook.com/SOS-Geoss%C3%ADtio-Praia-de-Jacon%C3%A9-N%C3%83O-ao-Terminal-Naval-Ponta-Negra-Maric%C3%A1-1233747533368886/?fref=ts

Maiores informações:
Sérgio Ricardo
Movimento Baía Viva
Tel. (21) 99734-8088 (wathsapp)

FONTE: http://midiacoletiva.org/patrimonio-arqueologico-descoberto-por-charles-darwin-ameacado-por-construcao-de-porto-naval/

UENF terá debate para celebrar o Dia Internacional de Darwin 2015

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Nesta segunda feira 09/02/2015 será realizada às 16 horas no Centro de Convenções da UENF uma mesa redonda sobre o Dia Internacional de Darwin 2015: Celebrando a teoria da evolução e seu papel no mundo moderno

Contaremos com as contribuições dos Professores Leandro R. Monteiro (CBB – LCA) “Teoria da evolução e o espectro de Darwin na biologia.”, Prof. Carlos Eduardo B. de Sousa (CCH – LCL) “As Implicações do Darwinismo nas Humanidades e Prof. Carlos R. Ruiz Miranda (CBB – LCA) “Darwin e os estudo do comportamento em animais e humanos”.

Este evento tem como propósito celebrar o dia internacional de Darwin, proposto como data relevante desde o bicentenário do naturalista Charles Darwin, proponente da teoria da evolução por seleção natural e um dos pensadores mais influentes da história. A data procura inspirar pessoas por todo o mundo a refletir e agir segundo princípios da razão científica e curiosidade intelectual, tão importantes na nossa vida acadêmica.