Diminuição drástica nas inscrições do SISU é um “sucesso” da política de desmanche da educação brasileira do governo Bolsonaro

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Se ficasse apenas nas declarações explícitas do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, e de um dos ex-ministros da Educação, no caso falo de Milton Ribeiro, de que o acesso à educação superior deveria ser restringida aos pobres, impedindo assim a sua  necessária democratização em país marcado por graves desigualdades educacionais.

O problema é que o resultado do somatório das políticas econômicas de Paulo Guedes com a transformação do MEC em uma espécie de balcão de negócios já produziu efeitos claros no que tange à disposição dos jovens brasileiros em buscar acesso a cursos universitários, como mostra o gráfico abaixo que mostra uma diminuição de 60% no número de inscrições para o chamado Sistema de Seleção Unificada (SISU) entre 2015 e 2016.

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A verdade é que essa diminuição de inscrições representa mais um “sucesso” do governo Bolsonaro, algo equivalente ao que este (des) governo tem feito em relação à proteção ambiental, especialmente na Amazônia brasileira.

O problema é que este dano todo não será revertido facilmente, especialmente se o próximo presidente, mesmo que Jair Bolsonaro não seja reeleito, insista em aplicar fórmulas que não vão ao âmago dos problemas nacionais.

A destruição da ciência e educação superior no Brasil

Contratações suspensas, dinheiro minguando, desrespeito às instâncias democráticas, portarias restritivas absurdas, ofensas públicas permanentes e perseguição ideológica. O que falta?

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Por Luis Felipe Miguel

Qual é a melhor maneira de resistir à destruição da ciência e da educação superior no Brasil?

Não sei a resposta. Mas creio que não é prosseguir no piloto automático, fazendo tudo o que sempre fazíamos como se nada estivesse acontecendo.

Preenchendo o Lattes, pontuando as publicações com Qualis, preparando o relatório Capes…

Já era mesmo necessário repensar essas métricas, discutir para que tipo de produção científica elas nos empurravam. Mas, no imediato, fazia sentido seguí-las, já que elas definiam nossas possibilidades de financiamento.

E agora? Vamos continuar no mesmo passo, mas para quê? Para disputar as migalhas que sobram?

E serão premiados aqueles que mais conseguirem fingir que está tudo bem…

Pensemos nos eventos científicos. As agências governamentais estão retirando todo o apoio que era dado a eles.

Será que vale a pena tentar mantê-los no padrão de sempre – medalhão estrangeiro na conferência de abertura, sacolinha ecológica com livro de resumo e canetinha, coffee break com pão de queijo para que a fome não acirre os ânimos e faça as discussões desandarem?

Sem apoio, o “padrão de sempre” significa taxas de inscrição batendo nos mil reais.

O financiamento não vem pelo outro lado, já que os programas de pós-graduação também estão com suas verbas estranguladas. De qualquer jeito, mesmo que eles financiassem as participações, a taxa de inscrição estratosférica significaria mais uma vantagem para os programas consolidados e portanto melhor financiados, em geral no Sudeste do país, em detrimento das periferias.

E agora, aliás, nem isso: a inacreditável portaria do ministro da Educassão proíbe a participação de múltiplos docentes da mesma instituição num mesmo evento.

Ingênuo, pensei no começo que era uma demonstração de ignorância sobre o sentido de um evento científico – que não é para discutir com os pares, mas para fazer representação institucional. Ou, no máximo, uma feira de ciências.

Claro que não é isso. É que no projeto de país de Guedes e Bolsonaro a pesquisa é inútil (pois nosso papel no mundo é subordinado mesmo), quando não perigosa.

Não seria melhor adaptar os eventos à nova realidade – abraçar a precariedade, em vez de escamoteá-la, e usá-la como estímulo para nosso debate e nossa resistência?

Ou mesmo cancelar, como manifestação de protesto, aquilo que não tem como ser mantido?

Com as revistas científicas, o movimento de acomodação é pior ainda. Com o corte profundo no financiamento, que aliás sempre foi insuficiente, começa um movimento para cobrar dos autores pela publicação.

Alguns periódicos já estão implantando a medida. Outro dia recebi um pedido de parecer. Fui olhar as regras de submissão, como sempre faço antes de emitir um parecer, e estava lá: caso o artigo seja aprovado, há taxa de mil reais para a publicação.

Sei de outros periódicos que estão discutindo a cobrança.

Quem vai publicar, então? O pesquisador vinculado a um programa forte, que ainda tenha recursos para bancar a taxa de publicação, reforçando as disparidades regionais. O pesquisador sênior que ainda consiga alavancar um dos poucos financiamentos de pesquisa disponíveis. E, claro, um ou outro filhinho de papai, que pague do próprio bolso.

Essa é a ciência que nos queremos?

Seria melhor aproveitar para mandar as exigências do Qualis e do Scielo praquele lugar e buscar formas alternativas de publicização das pesquisas.

Contratações suspensas, dinheiro minguando, desrespeito às instâncias democráticas, portarias restritivas absurdas, ofensas públicas permanentes e perseguição ideológica. O que falta, neste pacote, para que se assuma de vez que não, não está tudo bem?

* Luis Felipe Miguel é  professor do Instituto de Ciência Política da UnB, coordenador do Demodê – Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades.

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Este texto foi retirado da página oficial do professor Luis Felipe Miguel na rede social Facebook [Aqui!].

Universidade ‘low cost’?

Quais regimes de contratação existem e qual o regime que assegura a autonomia necessária para assegurar a liberdade de cátedra no Brasil?

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Créditos da foto: (Reprodução/Youtube)

Por Roberto Leher

O Future-se, um abrangente conjunto de medidas que pode refuncionalizar as universidades e institutos federais de educação tecnológica[1], apresentado pelo MEC em julho de 2019, preconiza a contratação de pessoal por Organizações Sociais e, conforme as manifestações do ministro da Educação, em virtude de restrições orçamentárias, as novas contratações deveriam ser realizadas no regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)[2]. Escudados pela dita crise fiscal, as autoridades governamentais sustentam que o crescimento da folha de pagamento das universidades, alcançando cerca de 85% dos seus orçamentos, estaria caminhando para o desastre e, por isso, os novos contratos deveriam se dar não mais pelo Regime Jurídico Único Estatutário (RJU), mas pelo regime jurídico da CLT, aplicável às relações de trabalho em geral.

Em 30 de setembro de 2019, em matéria publicada em O Globo[3], o ex-presidente do IBGE na gestão de Fernando Henrique Cardoso, Simon Schwartzman, a pretexto de recusar as atuais polarizações ideológicas, argumentou que a disjuntiva RJU e CLT não é necessária, defendendo uma suposta nova forma de contratação “nem CLT, nem funcionário”, presente “nos países que têm universidades de qualidade”.

O debate é bem-vindo! Mas é necessário argumentos rigorosos. Infelizmente, o ex-presidente do IBGE, em que pese sua experiência acadêmica que o qualificou como membro da Academia Brasileira de Ciências, demonstra profundo desconhecimento do problema no Brasil e, nesse sentido, acaba corroborando a narrativa difundida pelo atual governo Federal.

Não é correto afirmar que os professores possuem “estabilidade desde o dia em que passaram no primeiro concurso”: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público” (Artigo 41 da Constituição Federal), sendo a avaliação especial de desempenho condição para a aquisição da estabilidade ( Art. 41 da Constituição Federal, § 4º ).

Ademais, a alternativa proposta pelo pesquisador do Instituto de Estudos de Política Econômica não encontra abrigo na Constituição Federal, pois a forma de contratação dos professores das universidades federais preconizada, se não estatutária, somente seria possível pela CLT, ou seja, a proposta de Schwartzman, embora procure escapar da disjuntiva, na realidade brasileira, reafirma a contratação pela CLT, tida por ele, corretamente, como indesejável no serviço público. É importante ressaltar que a importação do modelo de contratação por regimes jurídicos distintos é inviável pela Constituição; mesmo se fosse viável a contratação direta pelo regime de CLT, o que é vedado pela Carta, esta exige concurso público. O que o sociólogo apregoa não são mudanças gerenciais, mas constitucionais.

A redação vigente do Artigo 39, caput, da Constituição Federal assegura o regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. O Artigo 37 da Constituição Federal estabelece a obrigatoriedade dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, em conformidade com estes princípios, o inciso II do mesmo artigo estabelece que “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou provas e títulos”.

Existe alternativa, é certo: é possível contratos temporários, não submetidos aos regimes da CLT ou RJU e sim ao regime especial da Lei 8.745/1993, somente autorizados nas hipóteses de excepcional interesse público, descritas na mencionada lei, a exemplo de calamidades, recenseamento, entre outras. Neste caso, a referida Lei restringiu o contrato exclusivamente para professores substitutos, professores visitantes e pesquisador visitante estrangeiro, assim como professor, pesquisador e técnico “substitutos”, decorrente de licença de servidor para exercer atividade empresarial relativa à inovação, assim como a contratação de pesquisador e técnico para projeto de pesquisa com prazo determinado. Ressalvado o caráter temporário, é inequívoco que tal modalidade de contratação tornaria o professor ainda mais precarizado em termos de seus direitos trabalhistas do que o contrato via CLT, “em que os contratos são precários”, como reconhece Schwartzman em seu artigo.

Desse modo, inexiste uma terceira via no âmbito das universidades. A pior alternativa seria a contratação de professores por meio da terceirização, a partir de organizações sociais (OS). A terceirização ancorada em OS, aprofundaria a degradação das condições laborais, em padrões semelhantes a uberização e a wallmartização das relações de trabalho, afastando os jovens com melhor formação das universidades públicas federais. Sem expectativa de uma carreira universitária, por que perseverar na trajetória acadêmica que exige dedicação integral, dias e noites de estudo, trabalho intenso e permanentemente avaliado pelos pares, seja nos órgãos de fomento, seja nas publicações, seja no cotidiano das instituições?

Crescimento explosivo dos gastos com pessoal?

O problema do aumento dos gastos da União com as universidades federais precisa ser igualmente qualificado, pois, atualmente, o discurso econômico contra qualquer forma de construtivismo social baseado na perspectiva do Estado Social, presente em Rousseau e Hegel, para não falar das lutas sociais, caminha lado a lado com o fundamentalismo negacionista e com os fatos alternativos. O ultraneoliberalismo, embora com roupagem cosmopolita, e os fundamentalismos grosseiros presentes no governo são dois lados de uma mesma moeda.

Os gastos com pessoal apresentados pelo ministro incorporam aposentados e pensionistas, hospitais, assistência estudantil, em desacordo com a metodologia da OCDE de apuração de gastos com as universidades. A manutenção dessas rubricas no âmbito do MEC é necessária, mas a origem dos recursos não pode ser contabilizada como gastos com a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino: a LDB é clara quanto a isso.

A relação do custeio com os gastos com pessoal, retirando os aposentados e pensionistas (ainda que mantendo hospitais e assistência estudantil) das Federais está muito próxima a dos países da OCDE, abstraindo o fato de que o aumento dos gastos com as Federais é muito recente, após 2008, enquanto a elevação do patamar orçamentário nas universidades dos países da OCDE data de séculos. Quando os recursos de investimentos são considerados, a situação dos gastos no Brasil pode ser melhor compreendida: enquanto nos países da OCDE é de 13% em relação aos recursos totais (excluindo aposentados e pensionistas), no Brasil é de irrisórios 2%, em viés de baixa.

O governo Federal oculta o fato de que o gasto per capita em ensino superior é muito baixo, 48o lugar entre 99 países; o percentual de gastos educacionais com a educação superior, 21%, está em 58o lugar entre 128 países; o crescimento real dos gastos com a função educação é negativo desde 2015. Em relação ao gasto com pessoal, o orçamento primário do MEC de 2018 aplicado com pessoal e encargos sociais é de 55%, o mesmo de 2002, embora desde então o número de estudantes tenha mais do que dobrado e desde 2014 os gastos com os servidores ativos encontram-se estabilizados, na ordem de R$ 22 a 23 bilhões. O orçamento das universidades representa apenas 36% do orçamento total do MEC em 2019[4]. O caminho do desastre não está no gasto das universidades, mas está sendo pavimentado pela medida autodestrutiva do Estado brasileiro instituída pela EC no 95/2016, tida como um dogma pelo governo, pois blinda o aumento dos gastos financeiros.

Professores e técnicos e administrativos necessitam da estabilidade e por isso devem ser concursados e protegidos pelo Regime Jurídico Único

Sob qualquer ponto de vista, mesmo os mais hostis à universidade pública, um balanço da curtíssima história das universidades públicas brasileiras confirma que o país logrou extraordinário avanço nos domínios da ciência, da tecnologia, da educação e da cultura. Não é necessário resgatar os exemplos clássicos na agricultura, no setor de energia, especialmente petróleo e gás, na área da saúde, respondendo a desafios dramáticos com rapidez, rigor e forte compromisso social, a exemplo das arboviroses. O país seria inteiramente outro sem as suas universidades, institutos de pesquisa, institutos federais de educação tecnológica, CAPES, CNPq, FINEP e os nichos do aparelho de Estado que incorporaram, desde meados do Século XX, preciosa inteligência no Estado. Nesse sentido, a contraposição das universidades federais com “os países que têm universidades sérias”, pode ser lida como uma desqualificação das nossas instituições e da própria ciência brasileira, ecoando avaliações como as que estão circulando a partir do atual governo que colocam em questão a própria ciência brasileira. Não é um bom início para o debate.

A exoneração do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o respeitado cientista Ricardo Galvão, exemplifica de modo drástico a necessidade da estabilidade dos servidores públicos. As instituições científicas não podem ser submetidas às ideologias fundamentalistas que negam a validade do conhecimento científico. A estabilidade é uma garantia para que a própria sociedade possa ter acesso a um serviço público qualificado, referenciado na ciência, comprometida com o agir ético e com o bem-viver dos povos, mesmo que isso exija conflito com as concepções particularistas de governos e chefes de plantão.

Sem estabilidade os servidores públicos ficariam reféns da vontade arbitrária dos governos e isso os afastariam do direito da sociedade de ter instituições que assegurem aos cidadãos um serviço público republicano, comprometido com o fortalecimento dos direitos comuns a toda gente. Em um contexto tão complexo como o atual, em que mudanças climáticas globais ameaçam a sobrevivência da vida no Planeta, produzir conhecimento que contraria corporações, mineradoras e os setores exportadores de commodities exige autonomia das instituições e proteção à liberdade de cátedra. Por isso, a estabilidade é um pilar de nossas instituições.

O serviço público não pode ser fossilizado nem, tampouco, adepto de dogmas. O controle social democrático contribui muito para o aperfeiçoamento dos processos de trabalho, mas é impensável uma administração pública orientada pelo Artigo 37 da Constituição, já mencionado, sem o sábio preceito da estabilidade dos servidores. As circunstâncias históricas destravaram as manifestações irracionalistas, negacionistas, antissecularistas e as cruzadas contra a laicidade da educação e da ciência; por isso, o tempo histórico está exigindo muito de suas universidades públicas, atualmente os principais bastiões dos valores advindos da revolução francesa e do Iluminismo.

Por tudo isso, o debate sobre o porvir da universidade não pode ignorar as forças que operam a sua refuncionalização. O país está sendo dirigido a partir de uma perigosa confluência de fundamentalismos políticos e econômicos. É hora das forças conservadoras, porém secularistas, dialogarem de modo verdadeiro com a universidade brasileira e seus sujeitos, considerando a pertinência das mesmas para a realidade brasileira e a contribuição para a ciência, a cultura e a tecnologia mundiais.

[1] Roberto Leher. “Future-se” indica a refuncionalização das universidades e institutos federais. Le Monde Diplomatique, acervo on line, 2 de agosto de 19, disponível em: https://diplomatique.org.br/future-se-indica-a-refuncionalizacao-das-universidades-e-institutos-federais/

[2] . Paula Ferreira e Raphael Kapa. Proposta de Weintraub para contratação de docentes via CLT divide especialistas. O Globo, 27/09/2019, disponível em https://oglobo.globo.com/sociedade/proposta-de-weintraub-para-contratacao-de-docentes-via-clt-divide-especialistas-23977869

[3] Simon Schwartzman. Nem CLT nem funcionário. O Globo, Opinião, p. 3, 30/09/2019.

[4] Esther Dweck. Pense Brasil –SP, Educação: uma questão de futuro –Financiamento da educação: os números da política e a política dos números, São Paulo, 13/06/2019.

Aduenf divulga entrevista com o Prof. António Nóvoa, ex-reitor da Universidade de Lisboa

ADUENF apresenta entrevista com o Prof. António Nóvoa

Em meio ao processo de greve de professores e servidores  técnico-administrativos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), a Associação de Docentes realizou uma importante entrevista com o Prof. António Nóvoa, educador e ex-reitor da Universidade de Lisboa.

A experiência portuguesa ganha relevância neste momento na medida em que as universidades portuguesas sofreram um forte impacto da crise econômica imposta pelas receitas neoliberais impostas pela troika e souberam responder com medidas que mantiveram a sua integridade institucional. Neste contexto, a entrevista do Prof. António da Nóvoa traz algumas indicações de como se fez o enfrentamento da crise econômica e de seus impactos no cotidiano das universidades. 

Abaixo postamos a entrevista em sua íntegra.

 FONTE: http://aduenf.blogspot.com.br/2017/09/aduenf-apresenta-entrevista-com-o-prof.html

PROIES e o empresariamento do ensino superior

Em um artigo que acaba de ser lançado pela Revista Linhas Críticas da Universidade Nacional de Brasília (UNB), a professora Renata Maldonado da Silva do Laboratório de Estudos do Ensino e Linguagem (LEEL) da UENF disseca a implementação do Programa de Estímulo à  Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (PROIES) que foi lançado em 2012.

Neste artigo, a professora Maldonado mostra que o PROIES surge articulando à outras ações do Governo Federal, tais como  o Programa Universidade para Todos (PROUNI) e o Fundo de Financiamento do Estudante do Ensino Superior (FIES) que, desde a década de 1990, visam ampliar o acesso ao ensino superior mas que, simultaneamente, promovem o processo de  ‘empresariamento’ da educação, estabelecendo novas relações entre Estado e iniciativa privada.

Em suma, o que o trabalho demonstra é que PROIES, o PROUNI e o FIES nada mais são expressas efetivas do fortalecimento do ensino empresarial que foi promovido pelos governos do PSDB e do PT.

Para quem quiser saber mais sobre este assunto, é só acessar o artigo da Professora Maldonado (Aqui!).