Denúncia de”Gigantesco esquema de corrupção” tem Sérgio Cabral no centro do enredo

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O jornalista Fausto Macedo publicou hoje no seu blog no “O ESTADO” uma reportagem de sua co-autoria cujo título é “Gigantesco esquema de corrupção’ no Rio teve ‘apadrinhamento’ de Sérgio Cabral, diz Procuradoria”, onde são reveladas informações preciosas sobre como a Delta Construções realizava suas tratativas ilegais durante o (des) governo de Sérgio Cabral (Aqui!)

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Que havia algo de errado por detrás dos negócios bilionários da empresa de Fernando Cavendish com o estado do Rio de Janeiro até a mais ingênua das almas viventes no território fluminense já sabia. O que muitos poderão ficar surpresos é com o montante do dinheiro que era desviado por meio de uma extensa rede de empresas fantasmas. É que segundo a matéria o total desviado chega a fabulosos R$ 370 milhões. Há que se notar que a matéria não informa precisamente qual foi o rumo tomado por essa dinheirama toda após sair dos cofres estaduais.

Uma coisa me parece certa. Seria ingenuidade pensar que o esquema aplicada na Delta Construções tenha sido o único. É que outras empreiteiras tiveram contratos bilionários com o estado  e com município do Rio de Janeiro no mesmo período. Como não há nenhuma racionalidade em aplicar um esquema tão eficiente num só lugar, é provável que em breve tenhamos notícias de lavagens semelhantes, apenas mudando o nome da empresa. E certamente candidatas para isso não faltam, já que falamos de obras que foram dos Jogos Panamericanos de 2007até as Olimpíadas de 2016. 

E depois ainda tem gente que vem culpar os servidores e aposentados pela pindaíba em que o estado do Rio de Janeiro se encontra. É realmente muita cara de pau!

Finalmente, como o atual (des) governador Luiz Fernando Pezão foi o secretário de Obras do Rio de Janeiro em boa parte do período de poder de Sérgio Cabral, eu não me surpreenderei se o nome dele aparecer em algumas das delações que estão ocorrendo ou ocorrerão. A ver!

 

Os mimos caros de Fernando Cavendish escancaram como funcionava o (des) governo de Sérgio Cabral

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O jornal “O GLOBO” traz hoje uma daquelas estranhas matérias sem fontes que caracterizam o período da Lava Jato, onde depoimentos ainda sigilosos viram reportagens picantes sobre as estranhas dos corredores do poder, no caso do estado do Rio de Janeiro (Aqui!).

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De toda forma, graças ao material assinado pelos jornalistas Chico Otávio e Daniel Biasetto ficamos agora sabendo dos “mimos” com que Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, azeitava a sua amizade com o ex (des) governador Sérgio Cabral.

O item mais precioso da lista oferecida na matéria é a compra de um anel avaliado em R$ 800 mil reais que Fernando Cavendish comprou para Sérgio Cabral (meio contrariado ao que transparece na matéria) presentear sua esposa Adriana Ancelmo. Mas o anel foi apenas o item mais caro que Cabral recebeu em troca do tratamento preferencial que a Delta Construções possuía com o estado do Rio de Janeiro, pois Cavendish declarou que também presenteou Sérgio Cabral com outras coisas, começando por um veículo Ford Ranger!

Ainda que a delação de Fernando Cavendish nem vá para frente, o que as revelações desta matéria de Chico Otávio e Daniel Biasetto escancaram são as relações íntimas entre um grande fornecedor de obras do estado do Rio de Janeiro e seu (des) governador. Além disso, o que fica claro é que nessas relações o preço salgado dos “mimos” acabava sendo passado para o contribuinte, especialmente os mais pobres que são aqueles que incrivelmente pagam mais impostos.

Eu fico imaginando a cara da esposa de Sérgio Cabral quando soube que por causa do fim da “amizade” com Cavendish, ela teria que devolver um anel de presente que valia “apenas” R$ 800 mil.

Finalmente, diante destas revelações preliminares não há como comparar a situação de fausto que Sérgio Cabral com a precariedade de nossos hospitais, escolas e universidades e chegar a uma conclusão óbvia: os mimos dados aos governantes sempre custam caro a quem não tem nada a ver com isso.

Lauro Jardim anuncia que Fernando Cavendish vai virar “delator premiado”. E manda o recado: te cuida, Sérgio Cabral!

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O colunista Lauro Jardim acaba de postar uma nota que deverá abalar corações de diferentes matizes da política fluminense. Na prática a nota de Lauro Jardim (ver reprodução abaixo) é um aviso de que o ex-todo poderoso dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, resolveu aderir ao seleto grupo dos “delatores premiados).

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Lauro Jardim aproveita para inserir na nota o nome de três potenciais atingidos pela delação premiada de Cavendish: César Maia, Anthony Garotinho e, sim como não!?, Sérgio Cabral. De quebra, há o realce de que Cavendish seria “toda mágoa” com o ex-parceiro de festanças parisienses, o ex (des) governador Sérgio Cabral.

Particularmente acho que entre personagens como Fernando Cavendish e Sérgio Cabral não há espaço real para mágoas pessoais. O que existe corriqueiramente são negócios mal resolvidos. E isto os dois lá devem ter, a começar pela mal explicada queda do helicóptero no sul da Bahia onde morreram, entre outras pessoas, a esposa de Fernando Cavendish, Jordana (Aqui!). Eu pessoalmente desconfio que esse episódio, mais do que qualquer outra coisa, é que alimenta a disposição de Fernando Cavendish de falar o que sabe sobre os anos em que a Delta Construções reinou soberana nas obras públicas realizadas no auge da gastança dos royalties no território fluminense.

Agora, com toda certeza, não é apenas Sérgio Cabral que deve estar de cabelos em pé com a possibilidade de Fernando Cavendish abrir o seu baú de segredos. A ver! 

Cavendish é Cabral, e Cabral é Cavendish.Então por que só um está “hospedado” em Bangu 8?

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Nos últimos tempos ando tão ocupado que nem tenho tido tempo de falar de uma das maiores contradições que observo na situação política do Rio de Janeiro. Agora, graças ao jornalista Mário Magalhães que abordou de maneira lapidar a situação do ex (des) governador Sérgio Cabral em uma brilhante postagem em seu blog intitulada “Cadê Cabral?” (Aqui!). A partir do texto de Mário Magalhães, sint0-me quase obrigado a falar do descompasso de situações a que estão submetidos Sérgio Cabral e Fernando Cavendish, seu amigo de farras com guardanapo na cabeça em Paris.

É que tendo experimentado os tempos dourados do primeiro mandato de Sérgio Cabral como (des) governador  do Rio de Janeiro com múltiplas idas ao Palácio Guanabara para tentar negociar em nome dos professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), lembro bem do papel de proa que Fernando Cavendish alcançou como proprietário da Delta Construções, muito em parte graças à sua forte amizade que união os dois.

O fato sabido por quase todo mundo no Rio de Janeiro é que a rápida ascensão de Fernando Cavendish (de características quase meteóricas) esteve ligada às obras públicas que caiam em suas mãos em profusão.  Em bom carioquês, essa relação quase simbiótica pode ser sintetizada com um “Cavendish é Cabral, e Cabral Cavendish”.

Se tudo isso é verdade, o que me estranha totalmente é por que só Cavendish acabou preso em Bangu 8. Qual será a força que vem mantendo Sérgio Cabral livre de destino similar, em que pesem as delações e denúncias que vêm se avolumando na mesma velocidade em que Cavendish acumulou obras durante, principalmente, o primeiro mandato do seu amigo (des) governador.

Aparentemente sou menos otimista do que Mário Magalhães sobre a possibilidade de Sérgio Cabral um dia vir ter de responder à justiça sobre todos os imbróglios que seus múltiplos acusadores o tem envolvido. É que tudo indica que sua aparente capacidade de ficar fora dos holofotes não se deve apenas a uma habilidade pessoal. 

(Des) governador Sérgio Cabral e suas alianças mirabolantes: o perigo do cavalo de Tróia

Passada a falsa novela do sai-não-sai do PT de seu (des) governo, Sérgio Cabral agora anda exibindo múltiplas adesões na forma de concessões de secretarias a partidos como o PSD e o Solidariedade. Também anunciou a manutenção de um apoio que já tem, o do PDT de Carlos Lupi.

Se fosse no passado, onde o (des) governador fluminense tinha amigos bilionários e a a proteção da imensa maioria da mídia corporativa do Rio de Janeiro, essas adesões poderiam sinalizar fortalecimento. Mas agora que Fernando Cavendish e Eike Batista não são, digamos, impulsionadores das finanças de sua estratégia eleitoral, esses apoios conquistados estão mais para um imenso sinal de fraqueza.

De quebra, periga que Cabral esteja se tornando um troiano que aceita cavalos que trazem dentro as sementes de sua destruição. E como os troianos, Cabral só tem a si mesmo para culpar. Afinal, dinheiro federal para governar bem é que não faltou.