Celebração do aniversário de Gisele Bündchen plantará mais de 250 mil árvores na Amazônia

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No último dia 20 de julho Gisele Bündchen celebrou os seus 40 anos e para retribuir e agradecer por mais um ano de vida anunciou o plantio de 40 mil árvores na Amazônia Legal. Na ocasião, também convidou quem quisesse presenteá-la a doar árvores por meio da plataforma “Viva a Vida”.

Gisele postou hoje o seu agradecimento para as mais de 5 mil pessoas que participaram e que irão viabilizar o plantio de mais de 250 mil árvores. “Obrigada aqueles que doaram e também a todos que compartilharam essa campanha com os amigos, que plantaram árvores com as próprias mãos e fizeram questão de postar fotos e àqueles que, de alguma maneira, colaboraram”, diz em trecho da postagem.

As árvores serão plantadas em áreas na região das bacias do Rio Xingu e Araguaia em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e a Rede de Sementes do Xingu (ARSX).

Informações à imprensa:  MktMix Assessoria de Comunicação,  Tânia Otranto / Balia Lebeis / Roberto Ethel,  Tania Otranto – totranto@mktmix.com.br,  http://www.mktmix.com.br

Depois de juras a Bündchen, Tereza Cristina nomeia deputador pró-caça e pró rinhas de galo para chefiar Serviço Florestal Brasileiro

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Valdir Colatto, deputado federal do MDB/SC, que defende a liberação da caça e as rinhas de galo foi nomeado para chefiar o Serviço Florestal Brasileiro.

Nem bem baixou a poeira da refrega com a top model Gisele Bündchen,  a deputada federal Tereza Cristina (DE/MS) do Ministério da Ministério da Agricultura, Pecuária e Desmatamento (oops! do Abastecimento) nomeou o deputado Valdir Colatto (MDB/SC) para chefiar o Serviço Florestal Brasil segundo informa o jornalista Maurício Tuffani do site “Direto da Ciência” [1].

Para quem não está ligando o nome à criatura, Valdir Colatto detém entre muitas “honrarias congressuais” a autoria do projeto de lei que libera a caça de animais selvagens no Brasil, inclusive no interior de áreas protegidas [2],

Em sua nota no “Direto da Ciência”, Maurício Tuffani lembra que Valdir Colatto foi ” um dos parlamentares que mais lutaram pelo adiamento dos prazos de fica  de propriedades de agropecuaristas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é administrado justamente por esse órgão (ou seja o SFB)”.

Assim, fica rapidamente demonstrado que as juras de Tereza Cristina para Gisele Bündchen em torno do combate à grilagem de terras e ao desmatamento não aguentaram 24 horas, sobressaindo a dura realidade de quais e com quem são efetivamente os interesses que ela defende e tentará  fazer valer enquanto ministra do Desmatamento”.

E como eu já venho alertando, que ninguém depois venha reclamar se as commodities agrícolas passaram a sofrer boicotes sequenciados por parte dos principais parceiros comerciais brasileiros. É que diante de tantas bizarrices e afrontas, não sobrará outro caminho para tentar frear o descalabro que está sendo instalado em áreas extremamente sensíveis, a começar pelo controle do desmatamento na Amazônia.

Gisele Bündchen responde em carta ataques da ministra da Agricultura

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Quem fala o que quer, acaba lendo o que menos espera. Essa máxima vale para a ministra da Agricultura, a deputada federal pelo DEM/MS e eterna musa do veneno Tereza Cristina Dias.  É que na última segunda-feira ela  fez dos microfones da JovemPan para rotular a top model brasileira Gisele Bündchen de “má brasileira” pela defesa que ela faz do meio ambiente.

Pois bem, ainda no dia de ontem, a jornalista Giovana Girardi publicou uma matéria circulanda na íntegra uma resposta de Gisele Bündchen onde a top model afirma que maus brasileiros são aqueles que realizem grilagem de terras e o desmatamento ilegal [1].

Além disso, Gisele Bündchen publicou em sua página oficial na rede social Twitter uma outra nota onde se disse surpresa com o ataque gratuito sofrido por parte da ministra da Agricultura. Gisele Bündchen aproveitou ainda para enfatizar suas posições contra o avanço do desmatamento no Brasil  (ver figura abaixo).

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Restou à ministra da Agricultura proferir uma resposta lacônica à carta de Gisele Bündchen afirmando que “vamos construir juntas uma agenda contra o desmatamento ilegal e a grilagem”. O problema para Tereza Cristina é que se ela ao menos tentar construir tal agenda acabará perdendo o emprego no mesmo dia.  Um problema adicional para a ministra da Agricultura é que só no Twitter, Gisele Bündchen possui mais de 4,5 milhões de seguidores e seus posicionamentos invariavelmente tem impacto. Assim, Tereza Cristina só tem a si para culpar por toda a propaganda negativa que o governo Bolsonaro está recebendo por causa de mais este imbróglio. Afinal, quem mandou mexer com que estava quieta?

Abaixo a íntegra da carta enviada por Gisele Bündchen à ministra da Agricultura.

“Excelentíssima Senhora Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina 

Escrevo respeitosamente à senhora para me manifestar em relação a alguns comentários que foram feitos e que dizem respeito à minha pessoa em sua entrevista no dia 14 de janeiro ao veículo Jovem Pan. Causaram-me surpresa as referências negativas ao meu nome, pois tenho orgulho de ser brasileira e sempre representei meu país da melhor forma que pude.

Primeiramente, gostaria de dividir com a senhora um pouquinho da minha trajetória. Sou uma apaixonada pela natureza e tenho uma conexão muito forte com a terra. Nasci no interior do Brasil, onde a agricultura sempre foi fundamental para a economia e desenvolvimento de todos os municípios do entorno. Meus avós também praticavam agricultura familiar.

Valorizo e prezo muito o papel tão importante que a agricultura e os agricultores têm para o nosso país e nosso povo, mas ao mesmo tempo acredito que a produção agropecuária e a conservação ambiental precisam andar juntas, para que nosso desenvolvimento possa ser sustentável e longevo.

Desde 2006 venho apoiando projetos e me envolvendo com causas socioambientais no Brasil (através da doação de parte da renda da venda de produtos licenciados com meu nome a diversos projetos relacionados à água e florestas até o apoio e realização de projeto de reflorestamento de mata ciliar na minha cidade natal). Já visitei a Amazônia algumas vezes e conheci de perto a realidade da região norte de nosso país. Em decorrência do meu trabalho relacionado ao meio ambiente fui convidada para ser Embaixadora da Boa Vontade da ONU para o Meio Ambiente e também pelo presidente da França para participar do lançamento do Pacto Global para o Meio Ambiente na Assembleia Geral da ONU nos Estados Unidos, além de ter participado de inúmeros encontros com presidentes de empresas, universidades, cientistas, pesquisadores, agricultores e organizações do meio ambiente, onde pude trocar informações e aprender cada vez mais sobre como cuidar do nosso planeta.

Tendo ciência, através de diferentes fontes de informação, do alto grau de comprometimento e irreversibilidade que algumas ações governamentais poderiam trazer ao meio ambiente, como cidadã brasileira preocupada com os rumos da minha nação resolvi, em algumas oportunidades que entendi críticas e merecedoras de atenção, me manifestar.

A Senhora mencionou a grande quantidade de áreas protegidas no Brasil. Lamento, no entanto, ver notícias, como a do final do ano de 2018, com dados do Governo Federal divulgados amplamente na imprensa, que o desmatamento na Amazônia havia crescido mais de 13%, o que representava a pior marca em 10 anos. Um patrimônio inestimável ameaçado pelo desmatamento ilegal e a grilagem de terras públicas. Estes sim são os “maus brasileiros”.

Precisamos usar a tecnologia e todo conhecimento científico a favor da agricultura e da produtividade para que evitemos que novos desmatamentos possam ultrapassar o ponto de não retorno em que a degradação em curso do clima ameno se tornará irreversível.

Vejo a preservação da natureza não somente como um dever ambiental legal, mas também como uma forma de assegurar água, biodiversidade e condições climáticas essenciais para a produção agrícola.

Cara Ministra Teresa Cristina, seu papel como ministra da Agricultura – em um país onde clima, agricultura e floresta têm papel chave para nossa economia – é fundamental. Sei do desafio que tem pela frente e torço para que em seu mandato possam ser celebradas ações concretas que resultem em um Brasil mais sustentável, justo e próspero.

Ficarei muito feliz em poder divulgar ações positivas que forem tomadas neste sentido.

Com respeito,

Gisele Bündchen

Cansada de ficar no ostracismo, ministra da Agricultura tenta o estrelato e ataca Gisele Bündchen

 

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A ministra da Agricultura do governo Bolsonaro (também conhecida como Musa do Veneno), Tereza Cristina Dias (DEM/MS), estava conseguindo se manter longe da produção de declarações bizarras que marcaram os primeiros dias de outros membros do gabinete do governo de extrema-direita que hoje governa o Brasil.

Mas sabe-se lá por qual razão, Tereza Cristina resolveu quebrar seu silêncio obsequioso e saiu a público para atacar a modelo brasileira Gisele Bündchen por supostamente ser uma má brasileira por criticar os descaminhos ambientais que ocorrem no Brasil, principalmente no tocante ao desmatamento na Amazônia.

Com esse ataque à Bündchen, Tereza Cristina conseguiu algo que parecia impossível que era superar as bizarrices de Ernesto Araújo, Ricardo Salles e Damares Alves. É que, não sei se alguém para a ministra da Agricultura, Gisele Búndchen é uma personalidade internacionalmente respeitada e bem posicionada em circulos que poderão ter grande influência no tratamento que o Brasil receberá nos próximos anos. Em outras palavras, Tereza Cristina chamou a pessoa errada para a briga.

Posto abaixo um artigo assinado pela jornalista Anna Jean Kaiser e publicado pelo jornal britânico “The Guardian” sobre as declarações de Tereza Cristina que agora ganharão o mundo. O resultado disso será certamente ainda mais descrédito para um governo que acaba de completar apenas duas semanas.

 

Gisele Bündchen é uma ‘má brasileira’, diz ministra da agricultura de Bolsonaro

Tereza Cristina Dias disse que a modelo, que é uma embaixadora da boa vontade do ambiente da ONU, não deveria “criticar o Brasil”

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“Você deve ser uma embaixadora e dizer que seu país conserva … e não criticar o Brasil sem conhecer os fatos”, disse Dias de Bündchen. Foto: Andre Penner / AP

Por Anna Jean Kaiser em São Paulo

A nova ministra da Agricultura do Brasil descreveu Gisele Bündchen como uma “má brasileira” cujo ativismo ambiental contaminou a imagem do país no exterior, convidando a supermodelo a se tornar um “embaixador” para o setor agrícola.

Em entrevista a uma emissora de rádio conservadora na segunda-feira, Tereza Cristina Dias foi questionada sobre os “problemas de relações públicas” que surgiram das críticas de Bündchen às tentativas do governo de reverter as proteções ambientais.

“É absurdo o que eles fazem hoje com a imagem do Brasil”, disse Dias, que liderou a bancada ruralista no congresso antes de ser nomeada para o ministério da Agricultura pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro. “Por algum motivo eles saem e pintam um retrato do Brasil e de suas indústrias que não é verdade.

“Desculpe, Gisele Bündchen”, acrescentou. “Você deveria ser uma embaixadora e dizer que seu país conserva, que seu país está na vanguarda global da conservação e não criticar o Brasil sem conhecer os fatos.”

Bündchen – uma embaixadora da boa vontade do ambiente da ONU – não respondeu imediatamente, mas parece improvável que aceite a oferta.

Vários dias após a eleição de Bolsonaro, Bündchen se pronunciou contra uma proposta de fusão dos ministérios da agricultura e do meio ambiente, descrevendo a medida como “potencialmente desastrosa e um caminho sem retorno”. (Os ministérios permaneceram separados.)

Em 2017, ela se pronunciou contra a proposta de legislação para abrir 600 mil hectares de floresta amazônica para desenvolvimento no Twitter, levando o ex-presidente Michel Temer a vetar o projeto. Mais tarde, ela acusou o governo de “leiloar a Amazônia” para o setor privado.

Bündchen, de 38 anos, também trabalhou em iniciativas de água limpa e combate ao desmatamento e recebeu o prêmio Global Environmental Citizen da Harvard School of Medicine. Ela não respondeu imediatamente aos comentários de Dias.

Após sua entrevista na rádio, Dias escreveu no Twitter: “Eu disse que Gisele Bündchen poderia ser uma embaixadora do Brasil para mostrar que produzimos agricultura para o mundo enquanto preservamos o meio ambiente. O modelo logo receberá nosso convite. ”

A modelo poderá potencialmente desempenhar um papel fundamental na iminente batalha na Amazônia brasileira entre ativistas ambientais e defensores do agronegócio, que detêm um poder considerável no governo após o balanço decisivo do Brasil para a direita nas eleições de outubro.


Artigo publicado originalmente em inglês pelo jornal britânico “The Guardian” [Aqui!]