Felipe Neto é aliado, e não inimigo, da democracia

felipe netoGoste-se ou não dele, Felipe Neto é hoje uma das principais vozes contra o autoritarismo no Brasil

Por Luiz Felipe Miguel* em seu perfil oficial no Facebook

Eu não assisti à entrevista do Felipe Neto, nem pretendo. Muito menos assisto a canais do Youtube. Nada contra, mas não está entre meus hábitos.

Mas quando alguém com o público dele fala contra o golpe, contra o fascismo, contra as desigualdades sociais, contra os preconceitos de gênero e contra a desrazão, só posso aplaudir.

Falou besteira no passado? Atire a primeira pedra quem nunca. Vamos exigir um ritual público de expiação dos pecados passados, agora?

Reclamam também de equívocos e simplificações no discurso atual. Bom, ele não é um acadêmico defendendo uma tese. É um youtuber falando para um público de massa, uma grande parte despolitizado, outra parte mal politizado pela propaganda de direita.

Não precisa fechar os olhos para os equívocos, mas também não precisa usá-los para lacrar em cima do rapaz e tentar transformar um aliado importante em adversário.

Além de tudo, ele andou dando umas taquaradas na Astrologia (“inteiramente refutada pela ciência, sob todas as óticas, sob todos os prismas). Não assisto, mas sou fã de carteirinha.

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Luis Felipe Miguel é professor de Ciência Política da UNB, e autor de Democracia e resistência: desafios para uma política emancipatória (Boitempo, 2018) e, em conjunto com Flávia Biroli, Feminismo e política: uma introdução (Boitempo, 2014), entre outros. Ambos colaboram com o Blog da Boitempo mensalmente às sextas.

A charge do jornal peruano La Republica diz tudo. E os golpistas ainda cham que ninguém sabe o que anda acontecedno no Brasil!

A charge abaixo foi publicada hoje pelo jornal peruano “La Republica” (Aqui!) e dispensa maiores comentários. Mas eu faço um: os golpistas que assumiram o poder via esse golpe parlamentar branco que tirou a presidente Dilma Rousseff de um posto para o qual foi eleita já estão bastante manjados e enganam ninguém. Também, pudera, está tudo muito à vista!

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Medidas iniciais do governo Temer mostram que elites querem incendiar o Brasil

Desde 2003 estive entre aqueles que analisaram de forma crítica políticas implementadas pelos governos Lula e Dilma. Por isso, muitas vezes fui classificado como “ultra esquerdista”, pois esse era o rótulo dos que faziam críticas pela esquerda ao que neoPetismo estava executando na forma de um ampla colaboração com alguns dos setores mais atrasados da política nacional.

Agora que o grande acordo rompeu e Michel Temer está à frente do leme do Estado brasileiro, os limites do governo de colaboração de classes aplicado por Lula e Dilma estão ficando explícitos. É que com menos de 15 dias de existência, o governo interino pós-golpe parlamentar de Michel Temer está transformando em pó boa parte dos programas de governo que permitiram a construção da miragem de que no Brasil as instituições estavam “maduras” para a convivência democrática.

A verdade nua e crua é que o Brasil é um país,  usando as definições do cientista político argentino Guillermo O´Donell, com instituições construídas com fundações fracas. Para O´Donell, as instituições democráticas estabelecidas na América Latina simplesmente não passavam no teste da robustez que se requisita para a existência de regimes democráticas. Em outras palavras, a democracia na América Latina é um tigre de papel que não resiste a um mínimo de vento. Por isso, tantos golpes e contra-golpes, tendo sempre os mais pobres como as vítimas da sanha concentradora das elites.

Mesmo levando em conta a natureza farsesca da democracia à la América Latina (onde o Brasil, não esqueçamos, está inserido), não deixa de ser curioso notar a sede com que o governo interino de Michel Temer está tentando apagar até a miragem de democracia que os anos de Lula e Dilma criaram.  Talvez seja por um reconhecimento explícito da sua natureza golpista. Até socos na mesa Temer já anda dando para depois anunciar de forma até cândida que “sabe tratar com bandidos” no exercício do governo (?!).

Além disso, o ataque direto às instituições chega até coisas muito caras ao imaginário nacional. A entrega do pré-sal e o sucateamento pré-privatização da PETROBRAS, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica são os sinais mais explícitos de uma postura de terra arrasada cujo mote é apagar completamente qualquer chance de que sejamos, entre outras coisas, uma Nação independente.

O problema aqui é avisar aos milhões de brasileiros que embarcaram na ideia de que era possível transformar o Brasil pela conversa e pelas políticas afirmativas, sem mexer no essencial das nossas diferenças estruturais. Até agora essa maioria de brasileiros está apenas observando os conflitos intra- e inter-classe que saltam das telas das TVs.  Mas não há uma mínima chance de que esses segmentos ficaram inertes quando o pacote de maldades do governo interino chegaram em suas casas para tirar as migalhas que foram colocadas nas suas mesas ao longo da última década.

Por isso é que eu avalio que as elites brasileiras estão menosprezando o risco de um grande conflito social no Brasil com tantas medidas contra o pouco que foi concedido por Lula e Dilma. A ver!

The Intercept faz correção editorial após divulgação das gravações de Jucá: há um golpe em curso no Brasil

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O site “The Intercept” que é impulsionado pelo jornalista Glenn Greenwald acaba de publicar um interessante artigo intitulado ” New Political Earthquake in Brazil: is it Now Time for Media Outlets to Call this a “Coup”?”, ou em bom português “Novo terremoto político no Brazil: chegou o momento da mídia de chamar isto de um golpe?” (Aqui!).

O artigo assinado pelos jornalistas Glenn Greewald, Andrew Fishman e David Miranda aborda as múltiplas ramificações do conteúdo das gravações liberadas da conversa (ou seria trama explícita) entre o senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Para Greenwald, Fishman e Miranda, o mistério que perdura neste momento é sobre quando será que a mídia corporativa brasileira vai, finalmente, reconhecer que o que está em curso no Brasil é um golpe de Estado destinado a circunscrever as punições da Lava Jato ao PT.  Interessante notar que os três declararam que até o momento o “The Intercept”, como a maioria dos veículos internacional, estava evitando usar a palavra “golpe”, mas que, diante das revelações trazidas pela conversa de Jucá com Machado, terá que fazer uma correção editorial para chamar o golpe do que ele é, um golpe. É que segundo eles, o que transpira das conversas de Jucá com Machado “parece, soa e cheira como um golpe”.

E não é que parece, soa e cheira como um golpe!?

 

 

Vale a pena ouvir: Fora Temer em ritmo de Carmina Burana e Aleluia de Händel

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O presidente interino Michel Temer (PMDB) recebe “homenagens musicais” em manifestação de músicos do Rio de Janeiro junto a ocupantes do edifício Capanema, em defesa do Ministério da Cultura.  As duas manifestações musicadas são paródias de Carmina Burana do compositor alemão Carl Orff e da Aleluia do também alemão Georg Friedrich Händel.

Aproveitem, pois, afinal, protesto também pode ser cultura!

 

Golpe parlamentar é denunciado como “coup d´etat” por artistas brasileiros no Festival de Cannes

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A imagem de que o impeachment de Dilma Rousseff foi, na verdade, um golpe de estado acabou de ganhar o mundo a partir do protesto da equipe de “Aquarius”, liderada pelo diretor Kleber Mendonça Filho e pela atriz Sônia Braga, que ocorreu nesta terça-feira (17) durante a estreia do filme  no Festival Cannes na França.

Quem quiser assistir o vídeo basta clicar  (Aqui!)

 

 

 

 

Manifesto contra fusão do MCTI com Comunicações

Manifesto contra fusão do MCTI com Comunicações

 

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto com outras 13 entidades, enviaram, no dia 11 de maio, manifesto ao vice-presidente Michel Temer, no qual se posicionavam contrários à fusão entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério das Comunicações. O documento afirma que a decisão é uma medida artificial que prejudicaria o desenvolvimento científico do País. “Não há futuro sem ciência”, defende Helena Nader, presidente da SBPC. O INCT Observatório das Metrópoles divulga o manifesto em apoio ao fortalecimento da ciência brasileira.

A comunidade científica brasileira mostrou-se preocupada nas últimas semanas, com o desenrolar da crise política e econômica no Brasil. Após o afastamento da presidente Dilma Roussef, Michel Temer assumiu como presidente-interino e uma das suas primeiras medidas foi a diminuição dos ministérios. Um dos alvos foi a fusão do MCTI com o Ministério das Comunicações. A medida preocupa, já que pode representar uma possível diminuição de verbas e projetos para a área científica do país.

Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o físico Luiz Davidovich, não reconhecer que a ciência é o motor do futuro demonstra “descaso com a sociedade, um analfabetismo científico que custará caro à nação”, afirma e completa:

“É uma diminuição da ciência. É claramente necessário reduzir ministérios. Mas isso precisa ser feito com sabedoria”, argumenta o presidente da ABC.

Helena Nader aponta as perdas de bolsas e investimentos nos últimos anos como um processo de precarização da área. “Quando você transforma uma área tão estratégica quanto a ciência em moeda de troca e elimina bolsas e investimentos, não repassa recursos, transmite a mensagem de que é uma péssima ideia dedicar a carreira à pesquisa e à inovação. É o mesmo que dizer que não é do interesse do Brasil. O corte de bolsas é simbólico e vergonhoso. Ciência é planejamento, é um processo contínuo. De 2000 a 2010 tivemos um período de investimento em pesquisa e inovação. Depois, começaram a acontecer perdas, que se agravaram muito desde o fim de 2015”, observa a presidente da SBPC.

Luiz Davidovich enxerga no corte de bolsas um símbolo sombrio e trágico da crise política e econômica: “Bolsas são o combustível da ciência, permitem que os jovens cientistas trabalhem. São eles que movem as pesquisas. Esses cortes são um símbolo da destruição da ciência. Você mata o cientista de amanhã. Quem vai combater novos vírus? Quem trará inovação? Esqueceram ou nunca souberam que a ciência é um pilar estratégico do desenvolvimento”, defende Davidovich.

A seguir o Manifesto assinado pela SBPC e por mais 13 entidades.

O MCTI É O MOTOR DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL

A possível fusão entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério das Comunicações, que tem sido noticiada pela imprensa, é uma medida artificial que prejudicaria o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do País.

É grande a diferença de procedimentos, objetivos e missões desses dois ministérios. A agenda do MCTI é baseada em critérios de mérito científico e tecnológico, os programas são formatados e avaliados por comissões técnicas que têm a participação da comunidade científica e também da comunidade empresarial envolvida em atividades Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Essa sistemática é bem diferente da adotada pelo Ministério das Comunicações, que envolve relações políticas e práticas de gestão distantes da vida cotidiana do MCTI.

Além disso, há uma enorme diferença de missões.  O leque de atividades na área das comunicações inclui concessões de emissoras de rádio e televisão, empresas de correio, governança da internet, fiscalização de telefonia e TV paga. Na área do MCTI, estão o fomento à pesquisa, envolvendo inclusive a criação de redes multidisciplinares e interinstitucionais de pesquisadores, programas temáticos em diversas áreas importantes para a sociedade brasileira, fomento à inovação tecnológica em empresas, administração e fomento das atividades envolvendo energia nuclear, nanotecnologia, mudanças climáticas e produção de radiofármacos, entre tantas outras. O MCTI é responsável ainda por duas dezenas de institutos de pesquisa, envolvendo pesquisa básica e aplicada em um grande número de temas: da biodiversidade amazônica a atividades espaciais; da matemática pura ao bioetanol; da computação de altíssimo desempenho ao semiárido nordestino.

A junção dessas atividades díspares em um único Ministério enfraqueceria o setor de ciência, tecnologia e inovação, que, em outros países, ganha importância em uma economia mundial crescentemente baseada no conhecimento e é considerado o motor do desenvolvimento. Europa, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, são alguns exemplos de países que, em época de crise, aumentam os investimentos em P&D, pois consideram que esta é a melhor maneira de construir uma saída sustentável da crise.

O MCTI e suas agências têm desempenhado papel fundamental para o avanço da ciência e da tecnologia e, por consequência, para o protagonismo do Brasil no cenário científico global. Se há duas décadas o Brasil ocupava a 21ª posição no ranking mundial da produção científica, hoje já se encontra no 13ª lugar. No mesmo período, a produção científica mundial cresceu 2,7 vezes; a do Brasil cresceu 6,83 vezes – índice semelhante ao da Coreia do Sul (7,15) e superior a tantos outros países, como Canadá (2,14), Alemanha (2,0), Reino Unido (1,92), EUA (1,67) e Rússia (1,6).

Foi também a partir da existência do MCTI que o Brasil conseguiu fazer florescer um sistema de ciência, tecnologia e inovação de abrangência nacional. Hoje, todos os Estados da Federação contam com sua secretaria de ciência e tecnologia e com sua fundação de amparo à pesquisa.

Sob a liderança do MCTI, o Brasil despertou e se mobilizou para a construção de um marco legal condizente com as aspirações de nossas instituições de pesquisa e empresas que trabalham pela geração de inovações tecnológicas e pelo aumento da competitividade da economia brasileira. Foi assim que nasceram a Lei de Inovação (2004), a Lei do Bem (2005), a Lei de Acesso à Biodiversidade (2015) e o Novo Marco Legal da CT&I (2016).

A nova política industrial brasileira, baseada na melhoria da capacidade inovadora das empresas, também só foi possível em razão da existência do MCTI e sua capacidade de articulação entre os universos acadêmico e empresarial. Deve-se registrar ainda a atuação transversal do MCTI em diversas áreas do governo federal e da sociedade, como saúde, educação, agropecuária, defesa, meio ambiente e energia.

Por essas e outras razões, cumpre preservar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Cada vez mais o MCTI deve ser reforçado, com financiamento adequado e liderança que olha o futuro, para que possa cumprir eficazmente sua missão de beneficiar a sociedade brasileira com os resultados da ciência e da tecnologia e promover o protagonismo internacional do País. Diminuí-lo pela associação com setores que pouco têm a ver com sua missão compromete aquele que deve ser o objetivo último das políticas públicas: garantir um desenvolvimento sustentável nos âmbitos, econômico, social e ambiental.

São Paulo, 11 de maio de 2016.

 Academia Brasileira de Ciências, ABC

Academia de Ciências do Estado de São Paulo, ACIESP

Academia Nacional de Medicina, ANM

Associação Brasileira de Universidade Estaduais e Municipais, ABRUEM

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, ANPROTEC

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, ANDIFES

Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, ANPEI

Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica, CONFIES

Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, CRUB

Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, CONFAP

Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C,T&I, CONSECTI

Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, FOPROP

Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia, FORTEC

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC

 

 *Edição Breno Procópio, Comunicação INCT Observatório das Metrópoles.

**Com informações do site da SBPC e da ABC.

FONTE: http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1579%3Amanifesto-contra-fus%C3%A3o-do-mcti-com-comunica%C3%A7%C3%B5es&Itemid=164&lang=pt

No Blog do Juca Kfouri, Wagner Moura fala da extinção do Minc

Por Juca Kfouri

Escrevi essa resposta-texto para jornalistas do Estado e da Zero Hora que queriam minha opinião sobre a extinção do Minc. O Zero Hora vai dar. O Estado se recusou.

A extinção do Minc é só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse Governo ilegítimo. 

O pior ainda está por vir. 

Vem aí a pacoteira de desmonte de leis trabalhistas, a começar pela mudança de nossa definição de trabalho escravo, para a alegria do sorridente pato da FIESP, que pagou a conta do golpe. 

Começaram transformando a Secretaria de Direitos Humanos num puxadinho do Ministério da Justiça. 

Igualdade Racial e Secretaria da Mulher também: tudo será comandado pelo cara que no Governo Alckmin mandou descer a porrada nos estudantes que ocuparam as escolas e nos manifestantes de 2013. 

Sob sua gestão, a PM de São Paulo matou 61% a mais. 

Sabe tudo de direitos humanos o ex-advogado de Eduardo Cunha, o senhor Alexandre de Moraes. 

Mas claro, a faxina não estaria completa se não acabassem com o Ministério da Cultura, que segundo o genial entendimento dos golpistas, era um covil de artistas comunistas pagos pelo PT para dar opiniões políticas a seu favor (?!!!). 

Conseguiram difundir essa imbecilidade e ainda a ideia de que as leis de incentivo tiravam dinheiro de hospitais e escolas e que os impostos de brasileiros honestos sustentavam artistas vagabundos. 

Os pró-impeachment compraram rapidamente essa falácia conveniente e absurda sem ter a menor noção de como funcionam as leis (criadas no Governo Collor!) e da importância do Minc e do investimento em Cultura para o desenvolvimento de um país. É muito triste tudo. 

Ontem vi um post em que Silas Malafaia comemorava a extinção “do antro de esquerdopatas”, referindo-se ao Minc. Uma negócio tão ignóbil que não dá pra sentir nada além de tristeza. Predominou a desinformação, a desonestidade e o obscurantismo. 

Praticamente todos os filmes brasileiros produzidos de 93 para cá foram feitos graças à lei do Audiovisual. Como pensar que isso possa ter sido nocivo para o Brasil?! 

Como pensar que o país estará melhor sem a complexidade de um Ministério que cuidava de gerir e difundir todas as manifestações culturais brasileiras aqui e no exterior? 

Bradar contra o Minc e contra as leis (ao invés de contribuir com ideias para melhorá-las) é mais que ignorância, é má fé mesmo. 

E agora que a ordem é cortar gastos, o presidente que veio livrar o Brasil da corrupção e seu ministério de homens brancos, com sete novos ministros investigados pela Lava Jato, começa seu reinado varrendo a Cultura da esplanada dos Ministérios… Faz sentido. 

Os artistas foram mesmo das maiores forças de resistência ao golpe. Perdemos feio. 

Acabo de ler que vão acabar também com a TV Brasil. 

Ótimo. Pra que cultura? 

Posso ouvir os festejos nos gabinetes da Câmara, nos apartamentos chiques dos batedores de panela, na Igreja de Malafaia e na redação da Veja: 

“Acabamos com esse antro de artistazinhos comprados pelo PT! Estão pensando o que? Acabamos a mamata da esquerda caviar! Chega de frescura! Viva o Brasil!” 

Trevas amigo… E o pior ainda está por vir.

FONTE: http://blogdojuca.uol.com.br/2016/05/wagner-moura-critica-o-fim-do-ministerio-da-cultura/

Dono de frase que inspirou Temer está preso por tentativa de homicídio e responde por estelionato e receptação

Placa escolhida por TemerPlaca escolhida por Temer Foto: Reprodução/TV Globo / Reprodução

Por Pedro Willmersdorf e Thais Sousa

Em seu discurso de posse como presidente em exercício, nesta quinta-feira, Michel Temer citou uma frase que o teria inspirado, ao passar por um posto na Rodovia Castelo Branco, no quilômetro 68 (”Não fale em crise, trabalhe”). O estabelecimento em questão, Posto Doninha, fica localizado na cidade de Mairinque (SP). Seu dono, João Mauro de Toledo Piza, o Joca, está preso, condenado a oito anos e dois meses em regime fechado por tentativa de homicídio.

Em 2012, Joca teria disparado contra um rapaz chamado Fábio, por conta de desavenças pessoais. Em 2014, de acordo com dados obtidos com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Joca foi condenado por tentativa de homicídio. “Agiu, portanto, com ‘animus necandi’ e, não obstante o número de disparos efetuados, deu início à execução de um crime de homicídio, que não se consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, não havendo que se falar em desclassificação para o delito de lesões corporais, como pretendido pelo apelante, em suas razões de recurso”, diz um trecho da decisão judicial.

Ficha corrida aditivada

A acusação por tentativa de homicídio não foi a primeira anotação da ficha do empresário. Em 2010, foi descoberto pela Polícia Civil um esquema de venda de combustíveis roubados no Posto Doninha. Na ocasião, Joca não foi preso em flagrante, mas indiciado por receptação dolosa, sonegação fiscal e formação de quadrilha.

Na Justiça, Joca também responde a processos por estelionato, despejo por falta de pagamento e diversas outras ações na área fiscal. Ele também responde a uma ação civil pública por dano ao erário avaliada em R$ 500 mil.

Advogado e genro orgulhoso

Ao Extra, Silas Stancanelli, advogado e genro do réu que inspirou Temer, contou de onde surgiu a ideia para a instalação da placa:

— É uma frase de família, que ele falou a vida inteira para os filhos, tipo ‘Não reclame disso, trabalhe’, ‘Não reclame da crise, trabalhe’ — relata Silas.

FONTE: http://extra.globo.com/noticias/brasil/dono-de-frase-que-inspirou-temer-esta-preso-por-tentativa-de-homicidio-responde-por-estelionato-receptacao-19301216.html#ixzz48elAVC6h

Fotógrafo brasileiro denuncia golpe durante recebimento do Prêmio Pulitzer

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Estou entre os muitos que não defendem o governo da presidente da Dilma Rousseff, mas acreditam que estamos vivendo um processo de golpe de Estado no Btasil neste momento. Esse golpe de Estado se dá por meio de uma confluência de forças, mas que está centrado num acordo dos partidos que tradicionalmente ocupam o poder, e uma figura chave na cassação antidemocrática do mandato de Dilma Rousseff é o famigerado deputado Eduardo Cunha.

Pois bem,  ontem (28/04)  Maurício Lima, primeiro brasileiro a vencer o prêmio Pulitzer de Jornalismo, denunciou que há um golpe em curso no Brasil durante a premiação da Overseas Press Club of America (OPC), numa cerimônia que reuniu os 500 maiores líderes da imprensa mundial.

A ação politizada de Maurício Lima deverá reforçar o rechaço da imprensa internacional ao processo de impeachment, que tenta retirar umaa presidente democraticamente eleita do poder a partir das vias institucionais. Com uma faixa onde se lia “Golpe Nunca Mais” e o uso da marca da Globo, Mauricio quebrou o protocolo e fez uma fala política contra a mídia tupiniquim:

“Gostaria de expressar meu apoio a liberdade de imprensa e a Democracia, que é exatamente o que não está acontecendo no Brasil nesse momento. Sou contra o Golpe” Veja abaixo o vídeo com a totalidade da declaração de Maurício Lima.