Novo reitor da Uenf emite nota pública sobre dívidas e outros aspectos do início de sua gestão

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Abaixo segue nota assinada pelo novo reitor da Uenf, Luís Passoni, e divulgada via a página da universidade na tarde desta segunda-feira (25/01), basicamente dando conta de vários aspectos relativos ao início de sua gestão. Dentre as muitas informações prestadas está a confirmação de que as informações divulgadas pelo jornalista Esdras Pereira em seu blog no jornal Folha da Manhã sobre o montante de dívidas acumuladas até dezembro de 2015 estão corretas (Aqui!).  Essa confirmação oficial das dívidas recebidas da gestão anterior é um passo claro no sentido de assegurar a circulação transparente de informações. Pode parecer pouco, mas dado o que se passou na Uenf nos últimos 10 anos, esse é um avanço e tanto.

Agora, vamos esperar que as gestões feitas pela reitoria da Uenf surtam os efeitos desejados. Do contrário,  o pós-Carnaval será muito conturbado na Uenf.  A ver!

Nota da Reitoria

Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos os membros dos colegiados, tendo em vista a ampla participação e contribuição nas discussões. Todas as reuniões realizadas até o momento contaram com a participação de todos os representantes, com raras ausências. A presença nos colegiados é fundamental para atingirmos o objetivo de realizar uma gestão participativa e para a disseminação da informação.

Também agradecemos a todos que estão participando do processo de matricula pelo SISU, com especial atenção às pessoas com formação na área de assistência social, que estão colaborando no processo e, além de evitar a contratação temporária de pessoal externo, estão agilizando o procedimento para concessão das bolsas cotas. Agradecemos ainda a gerência do Bradesco, que estendeu o horário de expediente para possibilitar abertura de contas dos bolsistas.

DÍVIDAS

Esclarecemos que as cifras dos restos a pagar da UENF relativos a 2015, divulgada por um conhecido jornalista campista, são reais. Esta tabela foi elaborada pela Reitoria, divulgada no último COLEX e junto às empresas credoras. A divulgação dos dados relativos à saúde financeira da UENF faz parte da nossa política de transparência, que, mais que uma opção, é uma obrigação do gestor público. Todos os débitos elencados estavam previstos no orçamento e todos os procedimentos para pagamento dos mesmos, culminando com a emissão das Programações de Desembolso (PDs), foram realizados em tempo hábil pela UENF. Infelizmente, o grau de autonomia de que dispomos para execução orçamentária está aquém do necessário para garantirmos o efetivo pagamento. Não obstante, continuamos trabalhando junto à SECTI para alcançarmos as condições necessárias para o devido pagamento.

REUNIÃO COM DEPUTADO PUDIM

Na quarta feira, recebemos o Dep. Geraldo Pudim (PMDB) na Casa de Cultura Villa Maria. O Deputado Pudim é autor de emenda ao orçamento que beneficia a UENF com R$ 940.000,00 para obras de reparação e restauro da Casa de Cultura. Na oportunidade, tratamos da extinção da FENORTE com a transferência do pessoal para a UENF. O Deputado ficou muito seguro de que a extinção da FENORTE não trará nenhum prejuízo para a região, diante do detalhamento dos quase 1000 projetos de pesquisa ou extensão desenvolvidos pela UENF nos últimos 10 anos com impacto direto na nossa região. O Deputado Pudim esclareceu que é favorável ao PL1315 e que sua ação visava somente garantir direitos às minorias entre os servidores da FENORTE. Aguardamos para fevereiro o desfecho desta história. Discutimos também sobre as dívidas de 2015 e execução orçamentária de 2016, ao que o Deputado mostrou-se disposto a trabalhar junto com a UENF pela rápida solução para os atrasos, particularmente das bolsas, bem como pela execução orçamentária em duodécimos, sem cortes ou contingenciamentos. O Deputado, que é o 1oSecretário da ALERJ, se comprometeu ainda em intermediar reunião desta Reitoria com o Presidente daquela Casa.

AUDIÊNCIAS

Ao longo da semana passada (18 a 22/01), recebemos em audiência o SINTUPERJ, DCE e ADUENF. Na ocasião, tratamos dos temas de interesse das associações, bem como das dificuldades esperadas para 2016 e reafirmamos o compromisso de trabalhar em conjunto para alcançar as soluções.

Também recebemos representantes do campus de Macaé, ocasião na qual tratamos dos acordos pregressos com a Prefeitura local, bem como das questões operacionais daquele campus. Encontra-se em análise, proposta para melhorar o acesso à internet, bem como a criação de uma subprefeitura em Macaé.

Recebemos ainda representantes de algumas firmas terceirizadas prestadoras de serviços. Estamos agendando reuniões com representantes de todas as empresas terceirizadas para deixar claro nosso compromisso com a regularização do pagamento, bem como solicitar informações que assegurem o cumprimento das obrigações trabalhistas com nossos terceirizados.

Luis Passoni, Reitor da UENF

FONTE: http://www.uenf.br/dic/ascom/2016/01/25/nota-da-reitoria-25-01-16/

Uenf afogada em um mar de dívidas

Por Esdras Pereira

Uenf à deriva no mar das incertezas

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A Uenf, apesar de continuar sendo considerada uma das melhores universidades brasileiras, ocupando a 15ª posição do ranking do MEC das melhores instituições de ensino de graduação no país, não está recebendo o devido retorno por parte do governo do Rio de Janeiro.

O montante de dívidas deixadas para o novo reitor Luís César Passoni é da ordem de  R$ 9 milhões, apenas considerados pagamentos não realizados entre os meses de agosto a dezembro de 2015.

Como as obrigações de janeiro já estão em curso, este valor deverá crescer ainda mais, caso o governo Pezão não comece a cumprir com as suas obrigações.

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Bolsa furadas

Um aspecto especialmente preocupante para o funcionamento da Uenf é o atraso no pagamento de bolsas acadêmicas, inclusive as recebidas pelos alunos cotistas. O fato de existirem débitos em todas as modalidades de bolsas de graduação e pós-graduação sinaliza problemas graves para a continuidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Na falta do pagamento das bolsas muitos estudantes terão que reduzir suas atividades ou mesmo abandonar a Uenf.

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Educação X Cerveja

A situação que a Uenf vive é ainda mais difícil de entender quando se compara o custo do investimento que é necessário para manter as suas contas em dia e as generosas isenções fiscais que estão sendo concedidas pelo governo Pezão.

O exemplo mais recente que veio a público foi a concessão de isenções fiscais, em torno de R$ 687 milhões para a Cervejaria Petrópolis, cujo proprietário, o empresário Walter Faria, é sócio da família do deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, numa pedreira que fornece brita para as obras  que estão sendo realizadas para os Jogos Olímpicos de 2016, que acorrerão na cidade do Rio de Janeiro.

Sem vigilância

Em dezembro de 2015, a empresa K9 Vigilância foi contratada para substituir em caráter emergencial a Hopevig nos serviços de segurança patrimonial na Uenf, após uma intervenção do ex-deputado Domingos Brazão, agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, que considerou as estimativas preparadas pela universidade para embasar o valor do edital de licitação para a celebração de um novo contrato em caráter permanente. Ao exigir que novos cálculos fossem feitos, Domingos Brazão obrigou a celebração de um contrato temporário que não deixasse a Uenf desprotegida até que a licitação venha a ocorrer.

O problema é que agora a K9 está ameaçando suspender a prestação de serviços por ainda não ter recebido sequer a primeira parcela que lhe cabe por estar oferecendo segurança patrimonial à Uenf.

Essas pendências milionárias estão deixando a Uenf à deriva no turbulento mar das incertezas quanto ao seu futuro.

Observem nos relatório (clique nas imagens para ampliar), a que o blog teve acesso e publica, o preocupante quadro das dívidas da Uenf, só até novembro de 2015 9.168 milhões.

FONTE: http://fmanha.com.br/blogs/esdras/2016/01/21/uenf-afogada-em-um-mar-de-dividas/

Nota da reitoria da Uenf mostra que o (des) governo Pezão quer sucatear ainda mais as universidades estaduais

Por causa de diferentes afazeres relativos à finalização do segundo semestre de 2015 que ainda não se encerrou, não tive a oportunidade de abordar o conteúdo da nota assinada pelo novo reitor da Uenf, Prof. Luís Passoni, acerca das medidas iniciais que estão sendo tomadas para tentar fazer com que a universidade não tenha que literalmente fechar as portas ao longo de 2016.

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O tom sóbrio da nota não esconde a realidade dramática em que a nova administração assumiu a gestão da Uenf: restos a pagar de R$ 8 milhões, bolsas acadêmicas não pagas desde Novembro de 2015, e atraso no pagamento dos salários das empresas terceirizadas.

Além disso, a nota revela, a partir da narrativa de uma reunião com o discretíssimo secretário Gustavo Tutuca que teria traçado “um cenário preocupante” e que ainda teria pedida a colaboração da reitoria comandado por Luís Passoni para “reduzir custos”.

Em outras palavras, a mensagem de Tutuca é clara: a política de sucateamento imposta pelo (des) governo Pezão às universidades estaduais vai continuar e será aprofundada, caso não haja a devida mobilização para dissuadir o (des) governador do seu intento de destruir o sistema fluminense de ciência e tecnologia, do qual a Uenf, a Uerj e a Uezo são parte essencial.

O curioso é que hoje o (des) governador Pezão foi recebido com pompa e circunstância na posse do novo reitor da Uerj.  Parece até que a Uerj não estará novamente em 2016 sob o mesmo tipo de precariedade a que tem sido submetida nos últimos anos por easse (des) governo.

Mas vá lá, pelo menos na posse do novo reitor da Uenf, a comunidade universitária foi poupada dessa nada ilustre presença.

Os significados da vitória da chapa 10 na reitoria da UENF

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Passadas as eleições para a reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), este blog voltará sua atenção a outros temas que foram secundarizados nas últimas semanas. Mas antes disso, quero analisar um pouco os números desta eleição, principalmente entre os estudantes.  Vejamos então os resultados por segmento: nos docentes o placar foi 148 votos para a chapa 10 e 117 para a chapa 11. Já entre os técnicos, tivemos 172 votos para a chapa 10 e 178 para a chapa 11. E, finalmente, entre os alunos, 1.139 votaram na chapa 10 e 602 na chapa 11.

Ainda que numericamente o resultado que mais salta aos olhos seja o dos estudantes, eu diria que nos três segmentos a reversão foi absoluta em relação a quatro anos atrás quando Silvério Freitas foi eleito com a maioria nos três segmentos. Agora, após uma campanha acirrada, o que se viu foi que a chapa apoiada por Silvério Freitas venceu, e de forma apertada,  entre os técnicos.

Como participante do processo eu poderia me deixar levar por análises que percam o essencial dessa disputa. E para mim um elemento essencial é que tivemos uma vitória das novas tecnologias de comunicação social sobre as velhas formas de fazer política partidária. É enquanto a chapa apoiada pela reitoria teve um claro insucesso nas redes sociais e se concentrou na política do “toma lá, da cá” no seu propalado “corpo a corpo”, a chapa 10 nadou de braçadas no Facebook com uma forma bastante dinâmica de comunicar sua plataforma eleitoral.  Talvez essa diferença tenha sido, inclusive, a chave da impressionante diferença alcançada entre os estudantes.

Por outro lado, há que se narrar aqui o sentimento que eu percebi entre a maioria das pessoas com que conversei no dia seguinte à vitória da chapa 10: alívio! É que mesmo entre pessoas que se sentiram compelidas, sabe-se lá por quais motivos, a vitória da dupla Luís Passoni e Teresa Peixoto é um sinal de que a Uenf poderá agora retomar os trilhos que foram abandonados por mais de uma década. E acima de tudo alívio porque deveremos agora ter uma universidade que realmente se pense como parte da região onde está localizada como um agente fundamental para a geração de respostas estratégicas. E só isso já deixa as pessoas bem aliviadas.

Eleições da UENF: depois da mudança do layout, a estratégia da chapa 11 agora é contrapor bem contra o mal

Os responsáveis pela página de campanha da chapa 11 na rede social Facebook vem adotando uma série de medidas para melhorar o desempenho dos candidatos Edmilson Maria e Antonio Amaral. As constantes mudanças do layout já eram um indicativo de que existe dentro da chapa 11 a percepção de que suas propostas estão sendo rejeitadas pela comunidade universitária da Uenf, o que vem se configurando numa série de apoios importantes à chapa 10 formada pelos professores Luis Passoni e Teresa Peixoto.

Agora, os formulares da campanha da chapa 11 parecem ter caído na velha estratégia de colocar as opções programáticas no caminho da luta do bem contra o mal, sendo eles o bem, é claro. Para constatar essa opção moralista para aumentar a sua popularidade, basta ver a reprodução da última postagem colocada na página do Facebook.

chapa 11 olhos do bem

A primeira sentença sublinhada em vermelho na imagem diz explicitamente que “os olhos do bem enxergam além“, enquanto que as sublinhadas em azul apontam para o orgulho da chapa 11 teria na Uenf, acompanhada depois por uma que conclama o apoio na chapa 11. A “cereja bolo” nessa inserção de propaganda é a colocação de um comentário por docente que apoia a chapa 11 onde a frase escrita é simplesmente “Xô preconceito.

Dessa inserção podem surgir várias interpretações subliminares e eu as compartilho aqui. È que se “os olhos do bem” enxergam além para votar na chapa 11, a única alternativa para se votar na chapa 10 é se ter olhos do mal que enxergam perto. Além disso, é tomada para si do monopólio de orgulho da Uenf. Onde está dito na propaganda da chapa 10 que não existem orgulho em se pertencer à Uenf? Por outro lado, ao se colocar a ideia de que a chapa 11 é contra o preconceito, a única saída lógica é se concluir que a chapa 10 é preconceituosa! 

Esse somatório de mensagens subliminares aparentemente positivas são, na verdade, parte de uma campanha para negativar a campanha da chapa 10. Esse passo é um passo lamentável em qualquer campanha eleitoral, mas se torna especialmente insidiosa na eleição para a reitoria de uma universidade pública. É que em instituições como a Uenf deveríamos sempre pautar nossas escolhas por elementos programáticos, e não a partir do uso de ferramentas de cunho moralista que nada contribui para elucidarmos os graves problemas vividos dentro da universidade neste momento. E, pior, ao escolher a fuga ao debate democrático, ainda se incentiva a demonização.

Talvez seja exatamente por essas e outras que a chapa 11 esteja nas condições em que se encontra neste momento.

Diretor do DCE responde à docente apoiador da chapa 11 que assemelhou sua decisão de apoiar Passoni e Teresa ao peleguismo da UNE

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Recebi pelo e-mail do blog, uma mensagem na forma de um pedido de resposta do diretor do DCE/UENF, Gilberto Gomes, que foi acusado por pelo menos um docente apoiador da chapa 11 de ter começado a trilhar o caminho do peleguismo da direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) por ter ele declarado o seu apoio à chapa 10 formada pelos professores Luís Passoni e Teresa Peixoto.

Como este blog é um espaço aberto aos que normalmente não tem direito à voz, decidi postar a resposta do Gilberto Gomes por dois motivos: 1) que o tipo de adjetivação que lhe foi imposta por simplesmente ter tomado a decisão de apoiar a chapa 10 não é compatível com a democracia, especialmente num espaço universitário, e 2) por saber de sua firmeza de propósito em defender os interesses dos estudantes da UENF que têm sido tão prejudicados pelo alinhamento da reitoria da Uenf com os seguidos (des) governos que vem tentando destruir a nossa universidade.

Ao Gilberto Gomes a minha total solidariedade, agradecendo ainda a sua firmeza de propósito em defesa dos interesses coletivos na Uenf. E como ele mesmo diz, os cães ladram, mas a caravana passa.

Precisamos desconstruir o mito de que “quem luta não tem capacidade para administrar a Uenf

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Precisamos mais do que nunca desconstruir a ideia de que para lutar por direitos, não podemos estar alinhados em ideias com aqueles que podem realizar as mudanças. Estar em posição de reivindicante é algo que não deve, ou, ao menos não deveria, mudar de acordo com momentos mais ou menos oportunos.

De fato, ser oposição é consequência quando a dita situação não cumpre seu papel, e faz com que o reivindicante tome posições mais radicais, estas por sua vez, também criticadas quando convém.

O interessante disto tudo é exatamente a última palavra do paragrafo anterior: convém. Convém ao crítico optar por criticar aquilo que vai contra seus interesses, suas vontades. Nada mais óbvio. Mas isto nos leva a um questionamento: cabe a este crítico julgar como irá se portar o reivindicante?

– Trocando em miúdos –

A diminuição na combatividade da UNE é reflexo não somente de um processo de alinhamento com o atual governo, mas também de rompimento com governos anteriores ao reconhecer que tratavam a educação de nível superior no Brasil como sucata, no mais amplo sentido da palavra. Coube ao governo que apoiaram/apoiam cumprir diversas demandas estudantis, principalmente as relacionadas ao acesso. O que falta à UNE é continuar a cumprir seu papel de reivindicante por diversas outras pautas urgentes e necessárias que não deve adormecer. 

Porém, é muita pretensão de alguém que, nem ao menos me conhece, querer julgar como irei me portar caso o candidato que apoio seja eleito, visto que essa não é uma escolha simplesmente pessoal, mas pensada no coletivo ao reconhecer as incapacidades do outro candidato, com o qual também terei que dialogar caso eleito.

Enquanto estiver como diretor do DCE-Uenf, representarei os interesses dos estudantes e somente eles. Enquanto aluno, defendo e reitero minha posição de apoio à chapa 10 de Passoni e Tetê. 

Mas já que me cabe um direito de resposta, respondo com outra pergunta: quais dos que apoiaram as desastrosas últimas gestões da Uenf tiveram a coragem de lutar por nossa universidade? CONIVENTES foram estes, e AUTORITÁRIOS são os que tentam impedir o livre direito daqueles que democraticamente fazem uma escolha! Quaisquer argumentos que tentem desqualificar aqueles que optam por apoiar a chapa 10 são nítidas posições de ataque.

Garanto que minhas ações passam longe de qualquer proximidade com estes questionamentos repressores e não-construtivos. FORA AUTORITÁRIOS!

Os cães ladram, mas a caravana passa.

Gilberto A. Gomes, Diretor DCE-Uenf Gestão 2015.

Eleições para a reitoria da UENF: na falta de argumentos, apoiadores da chapa 11 começam a apelas para argumentos pouco republicanos

A campanha eleitoral para a reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) ainda tem mais três semanas de duração, mas o desespero já parece ter tomado conta dos professores que apoiam o continuísmo na reitoria que é expresso pela chapa 11 dos professores Edmilson Maria e Antonio Amaral.

A imagem abaixo é de uma declaração que deveria ser de apoio à chapa 11, mas acabou se mostrando um instrumento ideológico contra a chapa 10 e contra mim e o professor Carlos Rezende do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA). 

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Quem vivencia o cotidiano da Uenf sabe bem quem usa patrulha ideológica e perseguição como instrumentos de manutenção do mesmo grupo no poder por mais de 12 anos! E mais, falam inverdades sem mostrar que todas as notícias que foram publicadas sobre práticas pouco republicanas dentro da Uenf foram sempre acompanhadas de provas documentais! Tanto isto é verdade que nenhum jornalista envolvido na apuração dos problemas noticiados foi processado pela reitoria da Uenf. até hoje. Na falta de argumentos, só tem restado mesmo as tentativas de desqualificar quem apurou, o que é uma ação típica em todas as esferas de governo no Brasil. Isto é, culpar quem apura, para se eximir de responsabilidades.

Outra tentativa de desinformação é me colocar como futuro membro da equipe dos professores Luís Passoni e Teresa Peixoto caso eles sejam eleitos. Já deixei claro diversas vezes que não ocuparei cargos, pois minha opção é pela sala de aula e pelo laboratório como, aliás, tenho feito desde que entrei na Uenf em janeiro de 1998. Aliás, essa fixação toda em mim e no Prof. Carlos Rezende expressa de forma cabal a vontade de propostas da chapa 11 e dos seus apoiadores para tirar a Uenf da crise em que se encontra após anos de gestão do mesmo grupo político.

É sempre assim: quem não tem argumento sempre parte para a calúnia e o terror ideológico. Típico!

Eleições na UENF: chapa 11 muda layout de campanha para conter o tsunami da mudança representada por Passoni e Teresa

A equipe de produção visual da chapa formada pelos professores Edmilson Maria e Antonio Amaral, que contam com o apoio efetivo do reitor Silvério Freitas e do ex-reitor Almy Junior, acabam de lançar uma novidade no layout na página oficial que a campanha mantém na rede social Facebook.

A mudança parece sutil, mas não é. À guisa de comparação, vejamos a primeira versão do layout do topo da página.

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Essa versão enfatiza a figura dos dois candidatos da chapa 11, e não mencionou qualquer elemento referente à mudança, um tema que tem sido um dos motes da chapa encabeçada pelos professores Luís Passoni e Teresa Peixoto que são de oposição à atual gestão comandada por Silvério Freitas, a mesma em que Antonio Amaral foi o Pró-Reitor de Pós-Graduação por quase a integralidade da gestão, saindo apenas para se candidatar com Edmilson Maria.

Confrontada com a rejeição existente dentro da Uenf em relação à gestão catastrófica de Silvério Freitas que nos primeiros meses de 2015 atolou-se numa crise profunda, principalmente em função dos atrasos seguidos no pagamento de bolsas acadêmicas, atraso esse que permanece para um número significativo de bolsistas, a chapa 11 agora produziu um novo layout que foi ao ar no final da noite deste sábado (11/07).

Captura de tela 2015-07-11 23.51.19Esse novo layout esconde de forma esperta os candidatos que já foram identificados como ligados â gestão de Silvério Freitas, e lançam mão de um uso subliminar da vontade generalizada de mudança que existe dentro da Uenf. Agora, Edmilson e Amaral falam em “uma nova UENF com qualidade”, e se esquecem de mencionar que sempre estiveram próximos do grupo que vem controlando a Uenf nos últimos 12 anos.

Mas não há layout que possa esconder que Antonio Amaral foi secretário-geral da reitoria na gestão de Almy Junior e Pró-reitor na de Silvério Freitas, onde participam de forma direta de muitas das decisões anti-democráticas e opacas que ajudaram a criar uma disposição de mudar o estilo de gestão que ameaça retirá-los do poder.

Assim, não há nem que se deixar enganar pela fala mansa, promessas ou, tampouco, por um layout cujo principal objetivo é manter a Uenf sob um profundo véu de ignorância, de modo a impedir a correta análise dos fatos, condição principal para impedir que as pessoas votem na chapa 10.

A verdade é que no modelo de gestão que Edmilson Maria e Antonio Amaral vem participando de forma ativa, não há layout bonito que dê jeito. Afinal de contas, falta de transparência e submissão crônica ao (des) governo Pezão só resolve com disposição para trabalhar de forma exaustiva e autônoma. E isso só a chapa encabeçada por Passoni e Teresa Peixoto tem capacidade para fazer acontecer.

 

Eleições na UENF: bastou a situação ficar difícil para a chapa 11 partir para os ataques pessoais

A campanha eleitoral para a reitoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) nem chegou na sua reta final, e a chapa 11 que é apoiada pela reitoria comandada por Silvério Freitas e Edson Corrêa, resolveu esquecer o bom mocismo e a fala mansa para repetir velhos métodos de demonização pessoal que marcam a presença deste grupo à frente da instituição.

A imagem que vai abaixo é parte do pronunciamento de um docente do Centro de Ciências do Homem que sob a capa de fazer esclarecimentos adicionais sobre a sua decisão de votar na chapa 11 realizou um ataque pessoal contra mim e foi postada na página oficial da campanha dos professores Edmilson Maria e Antonio Amaral. 

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Em relação a esse ataque ainda usarei os canais corretos para resolver o problema com o docente em questão. Mas o que eu primeiro lamento é o uso deste tipo de mecanismo de propaganda eleitoral. É que a chapa 11 que se diz perseguidora da Uenf com mais qualidade deveria se ater a mostrar as qualidades do seu programa com “respeito e qualidade” como vem fazendo a chapa 10..

Mas ao utilizar este tipo de esquema de fazer eleição, a chapa 11 deixa ainda mais claro porque precisamos uma mudança radical na forma de se gerir e pensar a Uenf, onde se possa debater ideias de forma dura e direta, sem que se deva perder tão facilmente a capacidade de dialogar com os que possuem pensamentos diferentes.

O mais lamentável é que esse ataque pessoal, travestido de panfleto de campanha, ainda use a imagem do educador Paulo Freire. Quem conhece minimamente a obra e a militância social de Paulo Freire saberia que ele estaria, neste momento, ao lado e fazendo campanha pela chapa dos professores Passoni e Teresa, já que era um homem sempre crítico da realidade que o cercava e a qual sempre procurava mudar para melhor. 

Entretanto, eu tenho certeza que a comunidade universitária da Uenf saberá evitar este tipo de estratégia que só objetiva criar confusão para evitar que no interior da atual campanha possamos escolher entre os projetos expressos pelas duas chapas, e não com base em embates pessoais desqualificados. Mas pelo jeito só a chapa 10 está interessada num debate baseada na questão programática, o que é uma pena.

Por uma Uenf que mude com respeito e qualidade, vote Passoni e Teresa para fazer uma Uenf que seja 10 em tudo, começando pelo direito do livre debate sem riscos da perseguição pessoal como método de campanha.

A prática como critério da verdade ou… porque votarei na chapa 10 para as eleições da reitoria da UENF

passoni & teresa

Ao longo dos últimos quase 18 anos em que estou trabalhando na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), ouvi que certas coisas eram impossíveis de acontecer e depois o que aconteceu de fato quando a comunidade universitária se mobilizou. Seleciono umas poucas para marcar um ponto:

1.     A demissão e cooperativação forçada numa cooperativa existente dentro da Faculdade Filosofia de Campos de um grupo de quase 30 professores da Uenf é a única saída porque o Anthony Garotinho mandou.  NÃO ERA E OS PROFESSORES RETORNADOS À FOLHA DE PAGAMENTO DA UENF POR ORDEM DO GAROTINHO!

2.     A autonomia da UENF em relação à FENORTE nunca vai acontecer porque o Garotinho não quer.   A AUTONOMIA ACONTECEU COM O GAROTINHO COMO GOVERNADOR!

3.    A quebra do regime de Dedicação Exclusiva (DE) é a única forma de se garantir ganhos salariais para os professores da Uenf porque essa é a posição do secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy. NÃO ERA E ISSO FOI DESMENTIDO PELO PRÓPRIO SÉRGIO RUY!

4.    Qualquer ganho salarial virá na forma de um adicional porque o Sérgio Ruy disse que só pode ser assim. O REAJUSTE VEIO NO VENCIMENTO INICIAL DE CADA DOCENTE, APESAR DO SÉRGIO RUY SER CONTRÁRIO!

O elemento comum em todas essas situações é que a posição do governo de plantão foi derrotada por uma reação organizada, combativa e propositiva da comunidade universitária da Uenf!

Agora, vemos um esforço para esconder outro aspecto dessa situação: a de que sempre tivemos que ser perseverantes frente às ameaças de desmanche que este ou aquele governo comprometido com o ensino privado quis impor à Uenf.

Eu também acho interessante notar que a evolução dos argumentos usados contra o candidato a reitor pela chapa, Prof. Luís Passoni, ao longo dessa curta campanha eleitoral. Ainda que não dito publicamente aqui nessa lista, já se questionou a capacidade científica dele. Depois que esse elemento foi superado no debate público, agora rola de forma subliminar o questionamento de que ele é um sindicalista e que seria errado colocar uma pessoa com esse perfil para dirigir a Uenf. Ah, e que ele seria um radical e movido por ideologia partidária.

Pois bem, o que se oculta com esse debate é que todo presidente da Associação de docentes da Uenf (Aduenf) de quem eu tenho memória ocupou sempre um papel dual de ser dirigente sindical e continuar com suas atividades normais dentro da Uenf, inclusive aquelas relacionadas às chefias de laboratório, coordenações de curso, e atividades docentes. 

E em todas as vezes que o Passoni ocupou cargos na diretoria da Aduenf, ele também exercia algum cargo na administração fosse dentro do LCQI ou no CCT.  Aliás, a própria participação dele na sustentação do curso à distância de Química dentro do Cederj tem sido pouco explorada até por ele em suas falas.

E à parte de eventuais momentos em que se irrita o Passoni sempre se mostrou uma pessoa sempre disposta a ouvir exaustivamente todas as posições, e seguir democraticamente as decisões coletivas. E mesmo naquelas que as suas posições foram claramente derrotadas, é preciso que se diga.  Um exemplo é sobre o uso do instrumento da greve, ao qual ele sempre resiste e procura soluções alternativas. Aliás, se ninguém nunca se perguntou a ideia das idas à Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro (Alerj) para estabelecer mecanismos permanentes de diálogo com governo e oposição foi do Passoni lá pelas bandas de 2003. E de lá para cá se tornou o modelo pelo qual arrancamos sucessivas conquistas, como a verba que foi usada para construir o bandejão.

Quero lembrar que na recente e surpreendente vitória do professor Roberto Leher para a reitoria da UFRJ, a primeira reação que eu notei entre alguns apoiadores da chapa apoiada pela reitoria da Uenf foi de inconformismo com a vitória de um docente que possui uma posição acadêmica e de pesquisador diametralmente oposta ao que se faz hoje na universidade brasileira.   Depois ouvi comentários de que o professor Roberto Leher não seria nomeado pelo MEC porque era muito “radical”. 

E não é que o professor Roberto Leher já tomou posse no MEC e já instalado na cadeira de reitor está tentando tirar a UFRJ do imenso buraco em que a instituição foi colocada por uma forma, digamos “menos combativa” de se relacionar com o governo federal?

Que ousemos ser ousados como a UFRJ foi, e optemos por uma transformação na forma de gerir a Uenf. Essa parece ser a saída mais apropriada não apenas para superar um modelo de gestão fracassado, mas também para  garantir os recursos que precisamos para fazer a Uenf  funcionar num cenário político e econômico completamente adverso.