Abre o olho trabalhador! Vice de Bolsonaro volta a criticar o 13o. salário!

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Apesar de mãozinha dada pelos resultados da última pesquisa do Ibope. o General Hamilton Mourão parece não ter muita noção dos riscos que sua campanha ainda corre em meio a uma situação extremamente polarizada. É que se tivesse um mínimo de juizo, ele não voltaria a atacar o 13o. salário a menos de 5 dias do primeiro turno das eleições presidenciais [1].

mourão 13o salario

O trabalhador brasileiro que estiver pensando em votar na chapa Bolsonaro/Mourão movido pela oposição à corrupção, deveria é se preocupar com o passe livre que estará dando para quem quer acabar com um direito que foi duramente conquistado graças à luta de gerações passadas da classe trabalhadora.

Mas se votar e depois tiver cassado este direito que movimenta a economia brasileira todo final de ano, esse trabalhador só terá a si para culpar. Pois nem reclamar de que foi enganado por políticos poderá, pois Hamilton Mourão está contando o que lhe incomoda e que deverá ser um dos alvos do aprofundamento da reforma trabalhista de Michel Temer.


[1] https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/vice-de-bolsonaro-volta-a-criticar-13o-e-diz-que-com-ele-todos-saimos-prejudicados.shtml

Esqueçam de Bolsonaro e Mourão, o risco iminente se chama Paulo Guedes

paulo guedes

Uma estratégia bastante eficaz por parte da mídia corporativa e dos elaboradores da campanha da chapa Bolsonaro/Mourão tem sido ocultar de seus potenciais eleitores, o programa econômico que deverá ser executado pelo dublê de economista, banqueiro, dirigente do Instituto Millenium e articulista  de vários veículos de mídia de propriedade da Rede Globo, Paulo Guedes.

Manter Paulo Guedes como eminência parda é essencial para ocultar a face ainda mais medonha do que poderia ser um governo comandado pela dupla de ex-militares.  Como fundador do “think thank” ultraneoliberal Instituto Millenium, Guedes tem sido um dos responsáveis pela formulação das agendas que embalam a agenda privatizante que tem mirado fortemente nos direitos sociais e trabalhistas, de forma a facilitar a expropriação das riquezas nacionais.

Assim, quanto mais rapidamente se desvelar o papel de formulador e disseminador da ideologia ultraneoliberal que é disseminada de forma críptica pela chapa Bolsonaro/Mourão, melhor será para neutralizar o risco que ela representa.

Abaixo uma pequena biografia de Paula Guedes que deixa explícito qual tem sido o seu papel no avanço de políticas que retiram direitos sociais e trabalhistas, enquanto contribuem para o aprofundamento da condição dependente da economia brasileira.

Quem é Paulo Guedes?

Realizou a sua graduação na Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais e realizou o seu mestrado na Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 1977, obteve um mestrado na Universidade de Chicago e em 1979 um Ph.D pela mesma instituição, que é considerada uma referência do pensamento econômico liberal . Também atuou como docente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) no Rio de Janeiro. Foi diretor-técnico e sócio do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) na década de 1980, onde atuou por 16 anos, nessa instituição também foi professor na disciplina de macroeconomia.

Foi um dos fundadores do think tank brasileiro Instituto Millenium, também foi sócio-fundador do grupo financeiro BR Investimentos que se tornou parte da Bozano Investimento. Foi um dos quatro fundadores do Banco Pactual, criado em 1983, onde atuou como chefe executivo e chefe estrategista.[3]

Foi sócio-fundador e diretor executivo da JGP Gestão de Recursos, onde era um dos responsáveis pela supervisão da gestão do Fundo JGP Hedge e pela estratégia das operações. Desde 2009, é membro do conselho diretor da HSM Educação e, desde 2013, da GAEC Educação S.A. Também tornou-se membro do conselho diretor da Contax Participacoes S.A., da PDG Realty S.A Empreendimentos e Participações, da Abril Educação S.A. e da Localiza Rent a Car S.A.[5]

Foi colunista dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo e das revistas Época e Exame, abordando temas ligados ao mercado de capitais e gestão de recursos. Atualmente, publica regularmente artigos no site do Instituto Millenium.

Em novembro de 2017, o nome de Paulo Guedes foi anunciado pelo pré-candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro como a sua escolha como Ministro da Fazenda, na hipótese deste ser eleito para o cargo. O nome do economista foi bem recebido por parcela da mídia bem como por investidores e banqueiros por conta de seus posicionamentos liberais, com o índice da Bolsa de Valores tendo subido na ocasião do anúncio, embora o anúncio tenha sido visto também por parte da mídia e dos críticos do político como um subterfúgio do pré-candidato para contornar a imagem que tem de anti-liberal por conta de seu histórico de posicionamentos. O economista jamais foi filiado a partido político e a sua única atuação na política foi quando participou da elaboração do plano de governo do ex-ministro Guilherme Afif Domingos durante a campanha presidencial de 1989.

O economista, de posições liberais no campo econômico, tem sido defensor da privatização das estatais brasileiras, da reforma tributária e da reforma da previdência. Além disso, em sua coluna no jornal O Globo, Guedes tem sido crítico da política brasileira atual e tem destacado a Operação Lava Jato como referência no combate a corrupção

A corrida de Michel Temer expõe a insatisfação dos pobres

 

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O vídeo abaixo mostra a saída a la leão da Montanha do presidente “de facto” Michel Temer do entorno dos escombros de um prédio que era ocupado por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e que foi alvo de um fulminante incêndio na região central da capital paulista.

O que essas imagens mostram é que o aparente clima de calma que existe no Brasil em que pesem os ataques frontais que têm sido realizados com os trabalhadores brasileiros pelo governo que emergiu fruto do golpe parlamentar desfechado contra a presidente Dilma Rousseff pode ser rompida a qualquer momento, precisando apenas de uma fagulha para que isto ocorra.

É que as imensas regressões que foram impostas aos trabalhadores pelo presidente “de facto” já estão sendo fortemente sentidas, em meio a um crise social e econômica que parece longe de terminar.

Mas depois de hoje é bem provável que Michel Temer não se disponha mais a ir onde os pobres estão. É que da próxima vez ele pode não ter a mesma sorte que teve hoje. Simples assim!

A vitória da contra-reforma trabalhista do governo Temer e seus significados para a luta de classes no Brasil

senado

A aprovação por maioria folgada da contra-reforma trabalhista imposto pelo governo “de facto” de Michel Temer expressa a falência completa das relações de cooperação que alicerçaram a chamada Nova República, e também deverá abrir um período de forte recrudescimento na luta de classes no Brasil.  A verdade é que a classe trabalhadora rapidamente perceberá a gravidade dos ataques que foram desfechados contra direitos duramente acumulados ao longo de quase 100 anos, e que agora são retirados de forma até fácil pelos representantes do capital no congresso nacional.

O fato que a contra-reforma trabalhista passou por 50 votos favoráveis contra apenas 26 contrários não significa que não haverá resistência assim que todas as regressões que ela contém ficaram claras para os trabalhadores.  Nem mesmo o ambiente de profunda recessão que marca o Brasil neste momento deverá deter o agravamento dos conflitos entre capital e trabalho.  É que as regras aprovadas e que mutilam mais de 100 dispositivos de proteção aos trabalhadores estão colocando o Brasil em patamares similares ou até piores com o que é praticado em países onde as relações trabalhistas são consideradas as mais atrasadas do planeta.  

Mas é preciso que fique claro que os partidos que aprovaram com tamanha facilidade este profundo ataque aos trabalhadores e à juventude tiveram ajuda de setores que se apresentam como sendo de esquerda.  Como explicar de outra forma a apatia que marcou o dia de hoje entre as principais centrais brasileiras senão uma adesão muda aos ataques? Onde estavam as multidões de trabalhadores que poderiam ter pressionado os senadores a não consumarem este ataque tão profundo aos seus direitos? Provavelmente paralisadas em frente dos aparelhos de TV, enquanto suas direções se faziam de mortas para não terem que oferecer algum tipo de explicação sobre suas próprias responsabilidades sobre o que estava acontecendo.

Venhamos e convenhamos, o fato é que esta derrota foi desenhada desde o momento em que se deu o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff e os partidos, movimentos sociais e sindicatos simplesmente engoliram a seco a pilula amarga do respeito à ordem democrática, que nada tem de ordem ou ainda menos de democrática.

Além disso, ao invés de se preparar o enfrentamento político aos ataques montados por um presidente que chafurda na lama das denúncias de que é um corrupto contumaz, o que se viu foi a aposta numa agenda eleitoral centrada na figura do ex-presidente Lula que nos obriga a esperar por 2018, como se as regressões que estão ocorrendo sejam sanáveis pela via eleitoral.  Essa aposta numa saída eleitoral é provavelmente um dos muitos erros que foram cometidos pela chamada esquerda institucional, os quais desembocaram na aprovação dessa contra-reforma trabalhista de tons para lá de draconianos.

De toda forma,  essa derrota conjutural tem tudo para recolocar a luta de classes no Brasil num patamar muito avançado. E nessa conjuntura que se abre é quase certo que não haverá espaço para quem tente vender a ideia de que as coisas vão se ajeitar via políticas de colaboração de classe.  Se isto acontecer, pelo menos a derrota de hoje terá começado a valer a pena.  Mas uma coisa é certa: ao apostar na semeadura de ventos, a burguesia brasileira poderá colher imensas tempestades. A ver!

Rasgaram a CLT para jogar o Brasil de volta no passado. Para impedir isso é preciso fortalecer a greve geral!

Votação da reforma trabalhista no plenário da Câmara

A chamada Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) acabam de sofrer um forte ataque e junto com ela os trabalhadores brasileiros.  É que por uma maioria ainda folgada (296 contra 177), o governo “de facto” de Michel Temer logrou aprovar um texto base que acaba com inúmeros direitos trabalhistas sob a pecha de modernizar as relações entre Capital e trabalho no Brasil.

Mas quando se vê de perto o que foi aprovado é impossível não notar a profunda regressão que será causada nos direitos dos trabalhadores e nos direitos sociais. Peguemos por exemplo, a redução do horário de almoço para 30 minutos. Em alguns locais será impossível para o trabalhador sequer se deslocar para o seu local habital de alimentação dada o caos urbano que o Brasil vive. Restará à maioria dos trabalhadores usar a marmita, independente do seu grau salarial.  Outro detalhe que considero exemplar da visão retrógrada que está por detrás dessas mudanças é a obrigação da mãe gestante ou lactante de trabalhar em condições insalubres!

Agora, convenhamos, o que esperar de um congresso e de uma presidência que rotineiramente têm demonstrado um completo desprezo pelas condições de vida da maioria da população brasileira?  Eles refletem apenas as vontades dos capitalistas que operam no Brasil, seja eles brasileiros ou estrangeiros.

Entretanto, penso que na atual conjuntura, a intensidade da ida ao pote que esse ataque aos trabalhadores representa poderá ter como resultado uma ruptura na condição de conciliação objetiva que ainda perdura entre as principais centrais sindicais entre o governo “de facto” de Temer. E a coisa é simples: é que se nada for feito, a maioria dos sindicatos se tornará inviável, seja pela formação de sindicatos por empresas ou pela falta de recursos já que haverá um encurtamento dos salários e o fim da contribuição sindical.

A verdade estamos defrontados com um momento peculiar na história da luta de classes no Brasil, já que a aprovação desse pacote regressivo se deu às vésperas de uma greve geral que inicialmente seria mais um daqueles movimentos “meia sola”. Com a aprovação dessas medidas na véspera da greve geral, o mais provável é que o movimento seja um início de uma forte reação contra um governo que mal se sustenta em pé.

Por essas e outras é que devemos fortalecer a greve geral deste dia 28 de Abril que promete ser histórico!

Finalmente, coloco abaixo os membros da bancada fluminense que votaram para tungar os direitos dos trabalhadores. É preciso lembrar desses nomes nas próximas eleições para lhes negar o voto! Ah, sim, aqui na região Norte Fluminense, precisaremos lembrar especialmente do nome do deputado Paulo Feijó (PR) cuja presença em Brasília em nada nos servejá que ele sempre vota contra os interesses dos trabalhadores.

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Temer e seu presente de Natal para os patrões impõem a realização de uma greve geral no Brasil

A chama mini-reforma trabalhista do presidente “de facto” Michel Temer é uma tentativa descarada de precarizar direitos e solapar a capacidade dos sindicatos de defenderem os trabalhadores brasileiros.  E não há dúvida, caso as medidas que aumentam a jornada de trabalho e comprometem a capacidade de organização dos trabalhadores, o Brasil irá enfrentar uma regressão grotesca nos direitos trabalhistas. Tal regressão fará o nosso país voltar ao início do Século XX em termos de pautas de luta. 

E é claro que Michel Temer e seu grupo de ministros enrascados com problemas legais estão fazendo isso para agradar as entidades patronais que são co-patrocinadoras de enorme crise econômica que o Brasil vive neste momento. A verdade é que o mesmo patronato que deve bilhões de reais ao fisco nacional quer essa regressão para implantar um estado de semi-escravidão nos trabalhadores. E aqui é preciso frisar que boa parte desse patronato é composto por empresas multinacionais, já que a burguesia nacional está se contentando em viver das rendas extraídas da especulação financeira.

Diante desse quadro de ataques profundos aos trabalhadores que é composto por contra-reformas da Previdência e dos Direitos Trabalhistas, a pergunta que se faz necessária é a seguinte: por que ainda não houve uma resposta à altura a um governo que se diz ser fraco e ilegítimo?

Na minha opinião é porque boa parte dos sindicatos e movimentos sociais que poderiam organizar a resistência a essas medidas truculentas e antipopulares ainda está presa à noção de que o principal embate deverá se dar no plano eleitoral no ainda distante ano de 2018.  E por causa disso a organização de um movimento expressivo de repúdio a esses ataques profundos aos trabalhadores está sendo colocada num ritmo lento, o que equivale a uma aceitação tácita das medidas sendo engendradas por Michel Temer et caterva.

O problema é que se não houver uma resistência agora, a eleição de 2018 mudará muito pouco o quadro que será estabelecido neste momento e que certamente levará a um recrudescimento sem precedentes na tensão social no Brasil. É que na ausência de uma reação organizada, o que deveremos assistir é uma explosão de conflitos espontâneos. Assim, procrastinar na necessidade de defender os direitos sociais e trabalhistas neste momento terá pouquíssima utilidade eleitoral, e ainda se arrisca a ver uma conflagração sem precedentes na situação política brasileira. E o risco que isso traz é claro: o estabelecimento de um novo ciclo de governos militares.

Assim,  para se evitar os riscos aqui descritos, há que se organizar a reação a Michel Temer agora, de modo a que 2017 já comece sob o espectro de uma greve geral no Brasil.  Vamos ver quem vai se envolver nesta tarefa de mangas arregaçadas e quem vai esperar 2018 chegar. Da resposta a este dilema dependerá o futuro do Brasil.

Repressão policial durante a final da Eurocopa: futebol e luta de classes na França

Os locutores das emissoras das Organizações Globo nem se deram ao trabalho de citar, mas mesmo durante o jogo final da Eurocopa, a repressão policial comeu solta nas proximidades da tal “fan zone” instalada nas proximidades da Torre Eiffel, como mostram as imagens abaixo.

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Felizmente para os trabalhadores franceses, o governo socialista (socialista?) não vai poder usar um título que não veio para calar a revolta dos trabalhadores e da juventude que hoje lutam em defesa de seus direitos na França.