Quotidiano confirma: tudo parado no Porto do Açu

Trabalhadores clamam por melhorias no Porto

Os operários cobram melhores condições salariais e de trabalho. Além disso, algumas empresas estariam atrasando o pagamento das horas “in-itinere”.

Por Bruno Costa
Trabalhadores clamam por melhorias no PortoImagem: Victor Azevedo. Gerentes de empresas tentam negociar com grevistas que se mantém irredutíveis

Aproximadamente 1.500 trabalhadores de várias empresas que prestam serviço para o Superporto do Açu fecharam na manhã desta quarta-feira (14), o principal acesso ao empreendimento.   Os operários cobram melhores condições salariais e de trabalho. Além disso, algumas empresas estariam atrasando o pagamento das horas “in-itinere”.  Segundo um dos líderes do movimento, que não quis se identificar com medo de represálias, a paralisação deve continuar até as empresas negociarem com os trabalhadores.

Os funcionários exigem a chegada de representantes do sindicato da Construção Civil para iniciar as negociações. Segundo Paulo, trabalhador de uma das empresas que atuam no Superporto do Açu, os salários não estão atrasados, mas falta condição decente de trabalho.

“Tratam muito mal os trabalhadores. A comida é péssima. Quando chegamos para reclamar, somos destratados e muitas vezes nem podemos entrar na sala dos nossos superiores. Não existe diálogo com eles. Queremos trabalhar de com condições normais”, indignou-se.

Já outro funcionário denunciou que existem trabalhadores contratados para exercerem uma função, mas acabam executando outra. Além disso, o pagamento de 30% de periculosidade não estaria sendo efetuado.

“Temos o problema do desvio de função e também a empresa não paga a periculosidade. Estamos abandonados. Queremos trabalhar, mas a situação está caótica e chegou ao limite”.

A participação nos lucros também é cobrada pelos trabalhadores. Alguns afirmam que os pagamentos da PL do ano passado teriam sido feitos em cima de nove meses de trabalho e não doze.

FONTE: http://www.quotidiano.com.br/noticia-541/trabalhadores-clamam-por-melhorias-no-porto

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