PT/RJ: a vanguarda do atraso do ex-partido dos trabalhadores

Quando retornei ao Brasil em 1997 após quase uma década de exílio dourado nos EUA onde aprofundei meu treinamento acadêmico tentei voltar à militância no Partido dos Trabalhadores. Mas bastou ir a uma reunião de militantes que notei que aquele não era mais o partido que eu havia ajudado a construir no início da década de 1980.

De lá para cá, passados quase duas décadas, o PT do Rio de Janeiro que nunca foi uma força sólida dentro da estrutura nacional do partido se perdeu de forma tão completa e incurável que nem mesmo tendo sido esnobado pelo (des) governador Luiz Fernando Pezão na formação do seu processo secretariado, os dirigentes do partido conseguem ir para a oposição que é o lugar que lhes pertence neste momento.

Ao invés disso, ainda se vê a maioria da bancada dentro da ALERJ anunciar um envergonhado apoio a Pezão, na forma de “apoio crítico”, numa demonstração de que Anthony Garotinho estava mais do que certo quando vaticinou que o PT/RJ era o partido da boquinha.

Também com “quadros” como o ex-ambientalista Carlos Minc e o inexpressivo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, alguém teria ilusão de que o PT/RJ iria, repentinamente, marchar para uma ação política independente e comprometida com as necessidades da maioria pobre da população fluminense? Claro que não! O PT/RJ é a vanguarda do atraso em que o PT se meteu nacionalmente.

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