De tempos em tempos ouvimos a versão idílica de que o processo de desmatamento está controlado nas florestas brasileiras. Esse é um engano perigoso, pois como vivenciamos recentemente uma crise hídrica cujas uma das variáveis causais é justamente a remoção da cobertura florestal. Agora um estudo liderado pelo pesquisador norte-americano Nick Haddad da North Carolina State University traz luz sobre o processo de fragmentação florestal que é um dos mecanismos que ajudam a criar essa ilusão, visto que normalmente as pessoas tendem a identificar a remoção total das florestas como o único problema realmente grave nesse processo (Aqui!).
Haddas e um grupo de colaboradores acaba de publicar na Science Advances um artigo intitulado “Habitat fragmentation and its lasting impact on Earth’s ecosystems” que mostra como o processo de fragmentação empobrece e ameaça a sustentabilidade de ecossistemas inteiros. Nesse artigo é inclusive abordado com algum detalhe os problemas de fragmentação que estão ocorrendo na Amazônia e no que ainda resta do bioma da Mata Atlântica. Quem tiver interesse de ler o trabalho, bastar ciclar (Aqui!).
Não custa nada lembrar que após a aprovação do lamentável Código Florestal, as taxas de desmatamento, sem qualquer surpresa, voltaram a crescer em todos os biomas florestais brasileiros. Para completa alegria de Kátia Abreu, ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, e seus colegas latifundiários.
