
A imagem abaixo é uma reprodução de uma matéria da agência espanhola EFE que foi repercutida pelo site UOL. Recomendo a leitura dessa matéria especialmente para todos os áulicos do modelo Neoextrativista (a.k.a Neodesenvolvimentista) que teimam em justificar os custos ambientais da mineração como um mal necessário ao desenvolvimento econômico.

E a coisa é bem simples. Confrontadas com as evidências de que a extração da bauxita estava causando sérios danos ambientais e à saúde humana, autoridades da Malásia suspenderam por 3 meses as atividades das mineradoras para que elas possam se ajustar e praticar normas mais rígidas de proteção ambiental.
E olha que pela proximidade geográfica da China, a Malásia exportou em 2015 pelo menos 20 milhões de toneladas de bauxita para o mercado chinês.
Enquanto isso aqui em terras brasileiras, a extração de bauxita e de outros minérios continua sendo praticada sem salvaguardas efetivas para os ecossistemas naturais e para as populações que residem próximas das áreas de mineração.
Aliás, nunca é demais lembrar que a bauxita passou recentemente a ser mais uma das âncoras de salvação do Porto do Açu, sem que se tenha tido notícia do mesmo tipo de preocupação como a demonstrada pelo governo da Malásia. Essa diferença de postura deixa explícita a regressão ambiental que estamos sofrendo no Brasil, a ponto de estarmos recebendo essa lição dos malaios.