O presidente Jair Bolsonaro e seu parceiro de “união estável”, senador Chico Rodrigues (DEM/RR) que acaba de ser flagrado pela Polícia Federal com dinheiro nas nádegas
O Brasil amanheceu hoje sob o impacto do conhecimento de que o vice-líder do governo Bolsonaro no Senado Federal, Chico Rodrigues (DEM /RR) foi encontrado com R$ 30 mil nas nádegas, tendo sido inclusive apreendidas cédulas sujas com fezes. Essa descoberta de dinheiro supostamente desviado do combate à pandemia da COVID-19 é um tirombaço certeiro na falsa imagem de improbidade com que o presidente Jair Bolsonaro compara o seu governo a todos os anteriores.
O problema, entre muitos outros, é que Jair Bolsonaro já declarou que mantinha uma “união estável” com Chico Rodrigues, dando a entender que o senador agora flagrado com dinheiro supostamente desviado dos cofres públicos seria um associado de confiança.
Pode-se até dizer que esse é apenas mais um episódio em que pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro são flagradas em situações pouco lustrosas, a começar pelo próprio filho, senador Flávio Bolsonaro, e seu indecoroso sistema de “rachadinhas” que funcionou por anos no interior da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, segundo indicam as apurações policiais. Entretanto, desconfio que a alegada capacidade “Teflon” do presidente Jair Bolsonaro pode estar sofrendo um irreversível processo de esgarçamento.
Em tempo: a desventura de Chico Rodrigues periga colocar em xeque a boa fase desfrutrada pelos chamados “Democratas”, partido de Rodrigo Maia e David Alcolumbre, que controlam tanto a Câmara de Deputados como o Senado Federal, e que tinha até agora a expectativa de se posicionar como o principal partido de direita no Brasil. Com sua pequena “travessura”, Chico Rodrigues pode ter jogado as chances eleitorais dos Democratas na latrina. A ver!