Pego com dinheiro na cueca, o senador Chico Rodrigues (DEM/RR) defende a liberação dos garimpos em terras indígenas e a extinção das reservas legais em propriedades rurais. Moreira Mariz/Agência Senado. Fonte: Agência Senado
Em uma prova de que não há acidente nas relações publicamente amáveis entre o presidente Jair Bolsonaro e o agora envergonhado senador Chico Rodrigues (DEM/RR), fontes confiáveis da área ambiental o apontam como um ardoroso militante das causas anti-ambiente, incluindo a defesa dos garimpos ilegais em terras indígenas e do avanço do desmatamento.
No vídeo abaixo produzido pela TV Senado, Rodrigues dá vazão às teses que negam a dimensão da catástrofe ambiental em curso na Amazônia, bem como utiliza o mesmo tipo de nacionalismo canhestro para negar o direito da comunidade internacional em se preocupar com as questões ambientais brasileiras.
Como se vê no vídeo, Chico Rodrigues é uma pessoa bastante articulada e que se posiciona de forma clara. Essa loquacidade serve para desmanchar qualquer propensão a tratar a apreensão de dinheiro nas partes íntimas do senador pela Polícia Federal como o resultado da ação destrambelhada de uma pessoa tosca. Me desculpem pelo trocadilho infame, mas o buraco parece ser mais embaixo. Na verdade, Rodrigues tem sido um dos mais fiéis e ativos aliados do presidente Jair Bolsonaro e sua cruzada contra o meio ambiente e os povos indígenas na Amazônia. De tosco, na verdade, ele não tem nada. Ser apanhado com dinheiro nas partes íntimas posteriores foi apenas, digamos, um acidente de percurso.
O presidente Jair Bolsonaro e o senador Chico Rodrigues em um momento de congraçamento público
Mas uma coisa positiva nesse imbróglio lamentável será o enfraquecimento político de um adversário das causas ambientais na Amazônia. Isso torna a ação da Polícia Federal um serviço inestimável não apenas ao combate à corrupção, mas também à defesa do meio ambiente na Amazônia.