Estudo inédito feito em Goiás mostra danos causados ao DNA humano pela exposição à agrotóxicos em trabalhadores rurais

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Um artigo que acaba de ser publicado pela revista Science of the Total Environment, resultado de uma pesquisa realizada por pesquisadores ligados à Universidade Federal de Goiás,  ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rio Verde, da Universidade do Alabama-Birmingham, e da Universidade Federal de Jataí, traz importantes descobertas sobre os danos genéticos causados pela exposição a uma combinação de agrotóxicos amplamente usada nos cultivos agrícolas no estado de Goiás. 

O trabalho intitulado “Multi-biomarker responses to pesticides in an agricultural population from Central Brazil (ou “Respostas de vários biomarcadores a agrotóxicos em uma população agrícola do Brasil Central”) traz uma série de informações inéditas sobre as alterações causadas pela exposição crônica e aguda a agrotóxicos.

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Um dos elementos mais importantes contidos neste artigo se refere à identificação de uma série de respostas a uma mistura complexa de exposição a agrotóxicos variam dentro e entre as populações estudadas, o que indica as influências potenciais de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida.  Os autores apontam que os resultados do estudo sugeriram mudanças essenciais no grupo de trabalhadores rurais, especialmente quanto aos danos ao DNA, reforçando o fato de que a não utilização de Equipamentos de  Proteção Individual (EPIs), relatórios de intoxicação, sexo e idade podem aumentar a extensão dos danos ao DNA dos contaminados.

Além disso, alterações imunológicas, como um aumento no número dos linfócitos, mostram uma ativação imunológica em defesa contra os xenobióticos contidos nos agrotóxicos. Com base nos  resultados deste estudo, os pesquisadores que produziram este estudo apontam que os biomarcadores estudados são úteis em avaliar a exposição ocupacional e ambiental a agrotóxicos e estimar o risco de efeitos deletérios à saúde a longo prazo.

Os autores do estudo concluem, e eu concordo inteiramente com isso, que é necessário que seja feita uma revisão geral das políticas públicas brasileiras que regulamentam a certificação e comercialização de agrotóxicos para reduzir a exposição, riscos e as consequências negativas para a saúde humana e o meio ambiente saúde. Além disso, programas de esclarecimento sobre precauções de segurança são cruciais aumentar a consciência da população rural sobre os riscos dos pesticidas exposição.

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