No dia em que o Brasil deveria estar celebrando o “Dia dos Professores” com pompa e circunstância dado o papel que estes profissionais cumprem no processo de desenvolvimento nacional, a realidade é muito dura para a maioria da categoria. Por um lado, o nosso país além de pagar alguns dos piores salários do planeta (ver figura abaixo que vem de um estudo da OCDE onde o Brasil aparece na última colocação entre os 40 países que tiveram seus dados analisados), ainda se assiste uma degradação exponencial das condições em que o trabalho ocorre em todos os níveis de formação.
O resultado disso é que o Brasil não apenas assiste a um forte processo de evasão de professores, mas como já se antecipa que em até duas décadas, o país não terá mais pessoas interessadas a trabalhar nesta profissão. Essa situação já se mostra grave em diversas disciplinas, incluindo Biologia, Química, Geografia, Letras e História, nas quais a falta de formação de professores já está evidente.
Caso essa tendência não seja revertida, o que teremos diante de nós será devastador, na medida em queas próximas gerações estarão impedidas de ter acesso a um mínimo de qualidade em seu ensino, como se vê aqui mesmo em Campos dos Goytacazes continuam sendo para lá de insuficientes.
Por isso, mais do que nunca, o Dia do Professor tem que ser um dia de luta em defesa de uma educação pública, democrática, gratuíta e laica, e que todos os profissionais da Educação sejam tratados de forma digna e com salários que permitam que eles cumpram suas obrigações dentro dos padrões elevados que o Brasil necessita.