
Os leitores deste blog sabem que este espaço não trata as querelas políticas em Campos dos Goytacazes como um elemento central daquilo que é aqui publicado. É que salvas raríssimas exceções, a situação aqui é de penúria completa, pois falta aos que participam da seara partidária qualquer traço de qualidade para enfrentar os graves problemas sociais que existem em uma dos municípios mais ricos da América Latina.
Mas as últimas manifestações do ex-vereador Marcos Bacelar contra a ex-governadora Rosinha Garotinho inauguram um ponto mais baixo no fundo do poço da política local, mostrando que aquilo que é ruim sempre pode ficar pior, como diz a primeira lei de Murphy.
A questão que precisa ficar clara é que ao partir em seu estilo “arrasa quarteirão” contra a ex-governadora e seu marido, respectivamente mãe e pai do atual prefeito, o ex-vereador e pai dos presidentes da Alerj e da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes está obviamente tentando realizar uma operação ” Matryoshka“que envolve distração e enganação para atingir um determinado fim. No caso a Matryoshka de Bacellar pai é tentar tirar do fogo o seu filho presidente da Alerj que foi pego vivendo, inexplicavelmente, em condições de fausto absoluto.
Se Bacellar pai terá sucesso eu não sei, provavelmente não, mas o risco político dessa Matryoshka é alto, pois o eleitorado campista aceita de quase tudo, mas provavelmente não irá receber bem o tipo de ofensa com que ele presenteou Rosinha Garotinho.
Eu só não entendi direito a declaração do prefeito-filho que disse que não iria entrar em briga que não era sua quando começou a confusão entre seu pai e o clã Bacellar. É óbvio que essa briga sempre foi dele, pois o pai Anthony Garotinho certamente não agiu em interesse pessoal. Mas vamos ver o que fará Wladimir depois do tipo de ofensa que foi arremessada contra sua mãe. Se fosse contra a minha, eu sei que não ficariam elas por elas. Mas eu não sou o prefeito e, por isso, esperemos.
Agora, pobre Campos dos Goytacazes que tem a classe política que tem.