Em mais uma rodada de liberação de venenos agrícolas, o governo Lula fez publicar hoje (02/10) o ATO Nº 46, DE 29 DE SETEMBRO DE 2025 em que são concedidos os registros de 27 agrotóxicos do tipo “Produto Técnico” (PT). Na prática, PTs são a forma concentrada das quais são comercializados os chamados “produtos formulados” que são aqueels que acabam sendo utilizados em suas diversas formas, seja nas áreas rurais ou nas urbanas.
Na prática, ao analisar de forma geral os produtos liberados é possível verificar o que sempre ocorre na publicação desses atos pelo Ministério da Agricultura: predominância de empresas chinesas (23 dos 27 agrotóxicos liberados são oriundos da China) e de agrotóxicos já existentes no mercado brasileira.
Como sempre aponto nas postagens feitas para marcar a liberação de novos/velhos agrotóxicos no mercado brasileiro é que se mantém firme a marcha do veneno, enquanto programas de monitoramento de alimentos e águas consumidos pelos brasileiros estão, para fins práticos, congelados pelo governo Lula. Com isso, há um descompasso claro entre o aumento da exposição (direta e indireta) a substâncias altamente tóxicas e o controle dos seus efeitos sobre o ambiente e a saúde humana. Contraditoriamente, isso ocorre em um contexto em que a disponibilidade a serviços de saúde públcia está sendo dificultada pelos cortes orçamentários feitos pelo governo Lula.
Não é difícil entender quem é que ganha e quem perde com essa enxurrrada de venenos agrícolas. De um lado as empresas fabricantes e latifundiários e, de outro, os trabalhadores brasileiros.

