Alunos da Uenf nunca receberam auxílio moradia, garantido desde 2015 pelo Conselho Universitário

Informação foi divulgada durante reunião das comissões de Ciência e Tecnologia, Educação e Especial da Juventude da Alerj

olneyPró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF, Professor Olney Vieira da Motta presente na audiência. Por Júlia Passos

Por ASCOM/ALERJ

Alunos da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) jamais receberam auxílio moradia, benefício que passou a ser garantido na instituição a partir de 2015 por meio de decisão do conselho universitário. A bolsa, calculada em R$ 500, deveria ser paga para cerca de 650 alunos, preferencialmente cotistas e regularmente matriculados. No entanto, a instituição não teve recursos para realizar os pagamentos. A informação foi divulgada pelo pró-reitor de extensão e assuntos comunitários da Uenf, Olney Vieira da Motta, durante reunião das comissões de Ciência e Tecnologia, Educação e Especial da Juventude, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (11).

“A nossa universidade não tem um prédio para alojar os estudantes, algo que as instituições mais antigas têm. Com isso, vimos a necessidade da implementação de um auxílio moradia para a permanência dos estudantes cotistas no campus. Porém, na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pela Alerj, esse benefício não tem vindo especificado e, por isso, não conseguimos aplicá-lo para esse fim, mas esperamos que na LOA deste ano isso já seja revisto”, pontuou Olney.

A audiência marcada pelas três comissões tinha como objetivo identificar os problemas de assistência estudantil enfrentados pelas instituições de ensino no estado. Além da Uenf, representantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também compareceram ao encontro. Eles relataram dificuldade em manter os alunos de baixa renda nas instituições. Segundo o coordenador geral do DCE Uerj, Luan Luiz, a verba que os alunos cotistas recebem – cerca de R$ 400 por mês – não é suficiente para arcar com o transporte, alimentação, moradia e material escolar do aluno.

“Eu não sou cotista pois minha família tem uma renda que ultrapassa R$ 50 do valor do salário mínimo, calculado em R$ 998 atualmente, mas ainda assim venho de uma família da periferia que não tem condição de arcar com os meus estudos. Moro em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e estudo no campus da Uerj, localizado em São Gonçalo, Região Metropolitana, só de passagem gasto R$ 40 por dia para chegar à sala de aula, um valor muito maior do que o disponibilizado pela bolsa, então, mesmo que eu fosse bolsista, não conseguiria pagar esse custo com transporte que poderia ser arcado pelo Estado”, argumentou Luiz.

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Esta postagem foi produzida originalmente pela Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Ri ode Janeiro [ Aqui!].

Debate sobre auxílio-moradia a autoridades públicas gerou mais de 250 mil menções no twitter, destaca FGV DAPP

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Análise aponta também que João Amoedo foi o terceiro presidenciável mais mencionado na última semana, logo após Lula e Bonsonaro

Nova edição do “DAPP Report – A Semana em Dados”, publicada nesta sexta-feira (09/02), aponta que o debate nas redes sobre a concessão de auxílio-moradia para integrantes do Poder Judiciário e do Ministério Público provocou mais de 250 mil menções no Twitter em apenas dez dias (de 29 de janeiro a 07 de fevereiro) — somente a hashtag #auxíliomorodia esteve presente em 48,2 mil postagens. As discussões, iniciadas com a divulgação de que o juiz Marcelo Bretas usava o auxílio, atingiram de forma contundente expoentes da Lava Jato, como Sergio Moro (71,4 mil tuítes) e Deltan Dallagnol (2,3 mil).

>> Confira a íntegra do estudo em PDF

Apesar da polarização existente nas redes sociais quanto à política brasileira, o tema conseguiu unanimidade. A discussão inclui pessoas de esquerda, direita e outras sem ligação com partidos políticos, mas que aderiram a um discurso crítico ao benefício. Entre as principais postagens críticas ao auxílio-moradia, por exemplo, estavam as de Lula e João Amoedo.

Além disso, as discussões sobre o auxílio-moradia influenciaram o debate sobre temas econômicos, especialmente a Reforma da Previdência. Os usuários questionam a real necessidade da reforma, do ponto de vista das contas públicas, quando são pagos altos benefícios aos magistrados.

O Judiciário e o Ministério Público dividem espaço com o debate direcionado individualmente a Sérgio Moro e aos demais personagens da Lava Jato. As críticas e reflexões sobre os benefícios e privilégios dos servidores da Justiça, assim como sobre a disparidade de remuneração destes e de outros funcionários públicos em relação à sociedade brasileira, responderam por 20% da discussão.

FONTE: Insight Comunicação

SBT/Rio mostra como miséria e mordomias convivem no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

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Aproveitando a onda de indignação que circula no Brasil neste momento em relação aos polpudos penduricalhos que a alta burocracia do sistema judiciário brasileiro tem acesso, enquanto milhões de brasileiros não possuem sequer um teto sobre suas cabeças, o SBT do Rio produziu a matéria abaixo mostrando as várias vantagens gozadas por juízes e desembargadores no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ)

A matéria é recheada de informações sobre as múltiplas mordomias a que juízes e desembargadores do TJ/RJ gozam do lado de dentro do edíficio cuja construção está envolta em acusações de superfaturamento, enquanto do lado de fora sem teto não possuem sequer o chamado “auxílio papelão”.

Uma coisa é certa: mesmo que a matéria não tenha a capacidade de mudar essa realidade, a sua veiculação certamente aumentará a pressão para que algumas das inexplicáveis vantagens gozadas pela alta burocracia do judiciário fluminense sejam questionadas e, quiçá, removidas.

Por que a repentina luz sobre as mordomias do judiciário?

O Brasil vive diariamente as consequências do golpe parlamentar realizado contra a presidente Dilma Rousseff, principalmente no que se refere ao extermínio das políticas sociais e ao aprofundamento do processo de desnacionalização da nossa economia com a entrega de setores estratégicos para as corporações multinacionais. 

Agora, temos um novo desdobramento no processo de descrédito nas frágeis instituições democráticas que o país logrou desenvolver ao longo de pouco mais de 195 anos enquanto nação independente. Falo aqui da campanha em curso, comandada pela mesma mídia corporativa que apoiou a realização do golpe parlamentar, de trazer à público as muitas benesses usufruidas pelos altos escalões do judiciário.

O mais emblemático nesta campanha de exposição da estrutura de ganhos do judiciário é que dois dos juízes atingidos pelas revelações cercando o uso do chamado auxílio moradia são os tão decantados Sérgio Moro e Marcelo Bretas, os comandantes supremosdos dois braços da operação Lava Jato.

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Para começo de conversa é preciso que se diga que alguma das vantagens auferidas pela nata da burocracia brasileira, e o judiciário é apenas um segmento desse alto escalão de burocratas, são efetivamente escandalosas em face da pobreza e miséria em que a maioria do nosso povo vive.  É esse descompasso que cria ojeriza e escárnio, já que em outros países desenvolvidos não há tal desproporção de condição financeira entre os trabalhadores comuns e a alta burocracia estatal.  

Agora, convenhamos, esse repetino interesse em expor juízes e desembargadores parece mais uma campanha de desmoralização das instituições nacionais do que um movimento para promover um debate sério sobre as discrepâncias salariais e na alta concentração da renda que tornam o Brasil um dos países mais desiguais do planeta.

Por isso, é que eu chamo atenção para a necessidade de que o justo clamor pelo fim das benesses não acabe sendo utilizada para aprofundar o golpe parlamentar que hoje está no cerne de todos os retrocessos que estão sendo impostos ao povo brasileiro pelos setores mais reacionários da burguesia nacional.

A seletividade da crise do RJ mostra a sua cara: MPE reajusta valor de auxílio transporte para compensar proibição de pagamentos retroativos

A existência da internet e das redes sociais trouxe muitas mudanças na forma com que a informação se propaga, já que hoje ficamos sabendo de coisas que não aparecem nos jornais, e de forma quase instantânea. 

Vejamos o caso da propalada crise financeira que impede o pagamento dos salários dos servidores públicos que atuam no executivo fluminense. A alegação para o parcelamento e atraso de salários é que faltam os recursos para honrar as obrigações legais com os servidores.

Agora, comparemos essa versão do problema com o que é informado na imagem abaixo e que foi obtida no dia de hoje (01/07) por um procurador de outro estado da federação que se indignou com o fato de que a medida vale apenas para o Ministério Público do Rio de Janeiro.

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Pelo que informa cordialmente o Procurador-Geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, aos servidores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, em função de uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) “está suspenso o pagamento reatroativo do auxílio moradia“. Mas que para compensar essa decisão “reajustou-se o valor do auxílio-transporte“, e que o “crédito ocorrerá na primeira semana do mês de julho“.

Sem me ater ao mérito do reajuste, fico pensando como reagirão a esta mudança operada pelo MPE/RJ no valor dos auxílios para compensar decisão do CNMP os servidores e aposentados que ainda não viram a cor do dinheiro referente à segunda parcela do salário de Maio!

No mínimo que a crise financeira afligindo a população e parte do servidores públicos do Rio de Janeiro é seletiva, mas muito, seletiva.