Se a política de Garotinho é manter o pobre na pobreza, qual é a política de Índio da Costa?

indio temer

O deputado federal licenciado Índio da Costa (PSD) veio a Campos dos Goytacazes e fez um pequeno giro que incluiu até o campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), mas passou também pelo gabinete do jovem prefeito Rafael Diniz (PPS), e teve ainda tempo para conceder uma longa entrevista ao jornal Folha da Manhã [Aqui!].

Nessa entrevista entre tantas obviedades e contradições, Índio da Costa jogou para a torcida que odeia de morte o ex- governador Anthony Garotinho soltando a frase de efeito “A política de Garotinho é manter o pobre na pobreza“. 

garotinho indio

Não vou me dar ao trabalho de retrucar a crítica do deputado licenciado (licenciou-se para pegar uma boquinha de sectetário no governo de Marcelo Crivella onde faz par com a também deputada licenciada Clarissa Garotinho) a Anthony Garotinho, pois o ex-governador sabe se  defender bem sozinho.

A minha questão é com o próprio Índio da Costa, exatamente no tocante às políticas que ele sempre defendeu. Quem buscar a biografia que Índio da Costa possui no Wikipedia [Aqui!], verá que ele foi um dos menudos de Cesar Maia pelas mãos de quem entrou na política, tendo sempre pertencido a partidos de direita cujos políticas sempre foram orientadas para negar que os pobres tivessem qualquer chance de melhoria nas suas vidas (PFL, PTB, PFL, DEM e finalmente o PSD de Gilberto Kassab). Além disso, por detrás, da conversa mole de político moderno e comprometido com a modernização do Estado, o que se tem é um político cujas  propostas apontam sempre para a ampliação da privatização do serviço público e o favorecimento de gastos com empresas privadas. Para entender isso basta ler as propostas de Índio da Costa na campanha em que ele perdeu a eleição para Marcelo Crivella em 2016 [Aqui!].

Além disso,  Índio da Costa teve uma trágica participação na chapa que o tucano José Serra montou para tentar derrotar a então candidata Dilma Rousseff em 2010. Durante a campanha, ele soltou várias pérolas que demonstraram de forma cabal o seu pouco preparo para o cargo que postulava. Depois da derrota acachapante, muitos apoiadores de Serra culparam a participação medíocra de Índio da Costa como um dos fatores causadores da derrota.

indio serra

Assim, antes que alguém se sinta a aplaudir o besteirol de Índio da Costa só porque ele fez críticas a Anthony Garotinho, é preciso que se lembre que o partido dele, o PSD, tem votado de forma sistemática contra os interesses dos trabalhadores. sendo um dos partidos mais consistentes nos votos dados para aprovar as contra-reformas de caráter socialmente regressivas que o presidente “de facto” Michel Temer vem enviando a toque de caixa para serem aprovadas pelo congresso nacional.

E baseado nisso é que eu devolvo a bola para Índio da Costa: se a política de Garotinho é manter o pobre na pobreza, qual então é a sua? A favor dos pobres?

O impeachment tem sua musa: Raquel Muniz do PSD de MG

sim

A votação do impeachment teve seus momentos inverossímeis, mas nenhum que supere a manifestação da deputada federal Raquel Muniz (PSD/MG) que mandou lembranças para os filhos e netos, e exaltou o marido, prefeito pelo PSB em Montes Claros.

O que transformou Raquel Muniz na musa do impeachment não foi a declaração de voto em si, mas a prisão do seu marido, ainda em Brasília, exatamente por… corrupção.

Agora, a eloquente deputada mineira deve estar se tocando que um simples sim teria sido melhor para ela e, por que não, para o seu marido.

Abaixo o link para acessar a inesquecível declaração de voto de Raquel Muniz. O marido dela deve estar muito, mas muito, orgulhoso !

(Des) governador Sérgio Cabral e suas alianças mirabolantes: o perigo do cavalo de Tróia

Passada a falsa novela do sai-não-sai do PT de seu (des) governo, Sérgio Cabral agora anda exibindo múltiplas adesões na forma de concessões de secretarias a partidos como o PSD e o Solidariedade. Também anunciou a manutenção de um apoio que já tem, o do PDT de Carlos Lupi.

Se fosse no passado, onde o (des) governador fluminense tinha amigos bilionários e a a proteção da imensa maioria da mídia corporativa do Rio de Janeiro, essas adesões poderiam sinalizar fortalecimento. Mas agora que Fernando Cavendish e Eike Batista não são, digamos, impulsionadores das finanças de sua estratégia eleitoral, esses apoios conquistados estão mais para um imenso sinal de fraqueza.

De quebra, periga que Cabral esteja se tornando um troiano que aceita cavalos que trazem dentro as sementes de sua destruição. E como os troianos, Cabral só tem a si mesmo para culpar. Afinal, dinheiro federal para governar bem é que não faltou.