Cabralistas deveriam saber que tempo de TV sozinho não ganha eleição

O (des) governador Sérgio Cabral anda a montar uma frente partidária para ficar com um número bem maior de minutos para o seu candidato, o vice (des) governador Luiz Fernando, o Pezão. Analistas oficialistas mais apressados estão a trombetear que essa quantidade maior de minutos é algo que coloca os demais candidatos numa condição quase sepulcral. Apesar de ser geógrafo, me aventuro a prever que só Pezão for confiar só no tempo de TV para ser resgatado da situação abissal em que se encontra a sua popularidade, eu diria que corremos o risco de ter Anthony Garotinho eleito já no primeiro turno.

E por que tal previsão que deverá deixar os anti-rosáceos da planície goitacá irritados comigo? Primeiro que Pezão representa uma candidatura tão pesada que poderia servir de âncora para alguma plataforma da Petrobras operando na Bacia de Campos. Além disso, o vice (des) governador carrega o fardo de ser o segundo homem de um (des) governo que conseguiu aglutinar um ódio profundo da população fluminense e nos quatro cantos do território fluminense.

Mas se isto não fosse suficiente, preciso lembrar da campanha de Marcelo Freixo para a prefeitura do Rio de Janeiro em 2012, quando com poucos mais de um minuto de TV, o deputado anti-milícias conseguiu estupendos 28,5% dos votos, deixando a máquina do PMDB tremendo de medo por alguns dias. Como Lindbergh Farias tem a mesma persona jovem de Freixo, somando quatro minutos de TV e muito dinheiro vindo da máquina de campanha que deverá ser azeitada por gente experiente, o provável é que a disputa real acabe sendo entre ele e Anthony Garotinho.

Em suma, Pezão poderá até ter bastante tempo de TV, mas com seu peso paquidérmico, o mais provável é que esse tempo todo seja só mais uma fonte de sofrimento e hemorragia de votos.

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