
Mikhail Bakunin, teórico do Anarquismo, viveu e morreu no Século XIX, mais precisamente entre 1814 e 1876. É importante lembrar que Bakunin estava junto com Karl Marx na fundação da I Internacional, mas depois tomou caminho próprio, já que objetou a noção de transformação revolucionária do Estado como uma das etapas do surgimento de uma nova ordem política. É atribuída a Bakunin, a frase que diz que ““Quem quer, não a liberdade, mas o Estado, não deve brincar de Revolução”.
Pois bem, não é que hoje li numa matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo que a Polícia Civil do Rio de Janeiro incluiu Mikhail Bakunin na denúncia que foi prontamente aceita pela justiça fluminense contra os ativistas que foram presos antes da final da Copa do Mundo (Aqui!)!
É quase certo que os ossos de Bakunin devem ter vibrado com essa irônica e cruel lembrança de sua existência que tanto ameaçou o imaginário dos burgueses do Século XIX!
Agora, o que será mais que vai aparecer nesse inquérito? Só falta terem incluído também Enrico Malatesta que tinha grande influência entre os anarquistas italianos que vieram para o Brasil e acabaram, entre outras coisas, fundando os primeiros sindicatos na cidade de São Paulo.