O período que se abriu após o final do primeiro turno das eleições presidenciais trouxe o compromisso escancarado de grandes, médios e pequenos grupos da imprensa corporativa em prol da vitória de Aécio Neves. O que temos visto nos jornalões e jornalecos é de deixar qualquer professor de cursos de comunicação social coçando a cabeça tal a parcialidade e torcida escancarada dos proprietários e asseclas da maioria destes veículos.
Aliás, se não fosse pela blogosfera, Aécio Neves já teria entrado na fila de canonização do Vaticano, enquanto Dilma Rousseff já teria sido encaminhada para a fogueira de Tomás de Torquemada.
Mas há alguma surpresa nisso? Como não conheço nenhum órgão da imprensa corporativa que seja propriedade dos trabalhadores não vejo surpresa alguma. Agora, o problema é que os governos do PT alimentaram a maioria dos que hoje jogam pedras na sua vidraça com bilhões de reais dos contribuintes, de norte a sul do Brasil. Tivessem os governos Lula e Dilma parado de injetar dinheiro nesses supostos órgãos de informação, a maioria já teria falido para o bem da liberdade de expressão no Brasil, diga-se de passagem.
Melhor fez Cristina Kirchner que impôs a chamada “Lei de Medios” para quebrar o monopólio da informação, acabando com a mamata do Grupo Clarín. No Brasil, quanto antes tivermos algo assim, melhor será para a nossa claudicante democracia. Mas pelo momento, que se corte as verbas publicitárias dessa gente. Vamos ver como eles se virariam.