A dívida do Rio de Janeiro é quase 3 bilhões, mas sobre isso ninguém por aqui parece quer falar

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Eu não sou nem de perto um apoiador das políticas e práticas do grupo político comandado pelo Sr. Anthony Garotinho. No plano da Prefeitura de Campos, vejo a ação dos Garotinho como, no mínimo, paroquial e atrelada a uma visão de mundo que os torna prisioneiros de interesseiros políticos que ocupam cargos relevantes sem ter muito o que propor. 

Mas o espaço deste blog tem sido pouco usado para criticar Anthony Garotinho e a forma de governar do seu grupo político. É que já existem tantos blogs fazendo isso que eu me arriscaria a ser apenas mais um na multidão se centrasse o que publico na arte de jogar pedra e tudo o que vier na mão contra Garotinho e seu modus operandi. Para isso há gente mais ressentida e magoada que possui uma sede insaciável de sangue. Mas para ser justo, Garotinho também não leva desaforo para casa e sempre parece conseguir revidar com mais pontaria e intensidade nos seus muitos adversários locais. Tampouco é raro ver mudanças incríveis de lado, onde quem odeia hoje é o que ama Garotinho amanhã, e vice-versa.

Nada disso para dizer a verdade me importa, pois considero isso como um resultado inevitável da política paroquial, onde não raro há parentes e contraparentes envolvidos, o que sempre traz uma pitadinha a mais de novo. Algo que deixaria os Borgia roxos de inveja.

Na verdade o que me motiva aqui é notar, mais uma vez, como a crítica furibunda contra Anthony Garotinho não chega nem perto de ser aplicada ao Sr. Luiz Fernando Pezão e seu Sancho Pança, o ex-(des) governador Sérgio Cabral. Por exemplo, fala-se muito da crise financeira que a Prefeitura de Campos está passando ,mas a omissão é quase completa quando se trata do mega rombo de quase R$ 3 bilhões em que foram afundados os cofres estaduais. As evidências são de casos incríveis de, pelo menos, descuido no uso do dinheiro público. Mas aqui na planície dos Goytacazes, essa situação parece nem existir, a despeito dos graves problemas que afetam, por exemplo, a Universidade Estadual do Norte Fluminense que hoje amarga todo  tipo de débitos que colocam em risco o seu funcionamento ao longo de 2015.

Para mim esse tratamento desequilibrado evidencia que precisamos tomar cuidado com certas gritarias sobre corrupção e incompetência, pois para terem um mínimo de credibilidade teríamos que ter exibido um mínimo de equilíbrio no tratamento dos problemas rondando não apenas a Prefeitura de Campos, mas também o Palácio Guanabara. Até lá, eu que não estou do lado de qualquer dessas facções, vou apenas me restringir a apontar esse paradoxo. 

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