Brasil envenenado: IBGE mostra que consumo agrotóxicos mais do que dobrou entre 2000 e 2012

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matéria abaixo repercutida pelo site UOL, mas que foi produzido pelo jornal O ESTADO DE SÃO PAULO (fonte insuspeita para os defensores do latifúndio agro-exportador) mostra que o consumo de agrotóxicos mais do que dobrou no Brasil entre os anos de 2000 e 2012, E mais, que boa parte das substâncias que tiveram participação nesse crescimento, e que são os mais vendidos no Brasil, estão classificados como perigosos, representando 64,1% do total consumido.

O campeão de vendas no Brasil é o famigerado glifosato, produzido pela multinacional Monsanto, e que está sendo proibido em diferentes partes do mundo por ter sido como potencialmente carcinogênico. 

O mais grotesco nessa situação é que neste momento a ministra da Agricultura e dublê de latifundiária e senador, Kátia Abreu, está fazendo gestões para facilitar ainda mais a venda de agrotóxicos no Brasil, o que abriria ainda mais espaço para agrotóxicos que estão sendo banidos no resto do mundo, e que deverão ser despejados no mercado brasileira até que se esgote a produção já estocada. É assim que o Brasil se torna cada vez mais uma zona de sacrifício, com graves consequências sobre o meio ambiente e a saúde dos brasileiros.

 

Uso de agrotóxicos no Brasil mais que dobra entre 2000 e 2012

 

No Rio

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Pesquisa do IBGE mostra ainda que os produtos classificados como perigosos são os mais vendidos no país (64,1%)

Pesquisa do IBGE mostra ainda que os produtos classificados como perigosos são os mais vendidos no país (64,1%)

O uso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro mais do que dobrou entre 2000 e 2012. Na média do país, foram comercializados 6,9 quilos por hectare (kg/ha) plantado em 2012, alta de 11% ante o ano anterior, segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2015, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O tema foi alvo de recente polêmica. Em abril, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou documento no qual afirma que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com consumo médio mensal de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante – uma medição diferente da apresentada pelo IBGE, a partir de dados do Ibama, que avalia o uso por hectare.

O Inca recomendou a “redução progressiva e sustentada” do emprego de agrotóxicos nas plantações, diante de evidências de que a exposição de pesticidas está ligada a casos de câncer.

A pesquisa do IBGE mostra ainda que os produtos classificados como perigosos são os mais vendidos no país (64,1%). Eles são o terceiro na classificação de risco ao meio ambiente, que inclui também altamente perigosos, muito perigosos e pouco perigosos, segundo ordem decrescente de dados à natureza e ao solo. Os muito perigosos são o segundo mais consumido (27,7%).

O agrotóxico mais empregado pelos produtores foi o glifosato, um herbicida apontado por pesquisadores como nocivo à saúde. Entre os inseticidas, o mais usado foi o acefato, que passou a ter regras mais restritas de uso determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2013.

A alteração do uso do agrotóxico ocorreu após consulta pública por causa de suspeita de carcinogenicidade, toxicidade reprodutiva para seres humanos e efeitos neurotóxicos.

Já o fungicida mais popular foi o carbendazim, utilizado, por exemplo, nas culturas de algodão, citros, feijão, maçã e soja.

Na avaliação por localidade, a região Sudeste apresentou a maior comercialização dos venenos agrícolas por unidade de área (8,8 kg/ha), seguida pela Centro-Oeste (6,6 kg/ha).

Entre as unidades da federação, os maiores valores foram detectados em São Paulo (10,5 kg/ha), Goiás (7,9 kg/ha) e Minas Gerais (6,8 kg/ha). Os menores números foram verificados no Amazonas e Ceará, com menos de 0,5 kg/ha.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/06/19/uso-de-agrotoxicos-no-brasil-mais-que-dobra-entre-2000-e-2012.htm

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