Syriza choca FMI e a Eurozona ao anunciar plebiscito sobre acordo da dívida

Ao fazer algo que parece básico em qualquer democracia, isto é, convocar um plebiscito para decidir sobre o novo plano de arrocho proposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), o primeiro-ministro Alexis Tsipras conseguiu surpreender quem achava que ele tinha sido empurrado para um beco sem saída. Aliás, um beco onde a única saída seria cometer um estelionato eleitoral e trair o mandato que lhe foi outorgado pela população grega, que foi o de combater os implausíveis planos de austeridade que reduziram a Grécia a um estado de interminável coma financeiro.

As reações dos ministros da Fazenda e dos dirigentes da União Européia tem sido de completa fúria, visto que não aceitam que o povo da Grécia seja consultado sobre algo que governos gregos anteriores aceitaram passivamente, em que pesem os graves prejuízos causados ao país. Imaginem se o exemplo prospero e todos os povos europeus (a começar pelos espanhóis e portugueses) comecem a querer votar neste tipo de assunto!

Essa ação fulminante de Alexis Tsipras deveria servir de lição aos neopetistas que abraçam hoje os planos de austeridade do mesmo FMI que o Syriza rejeita. Como se vê, a saída não é o estelionato eleitoral ou, tampouco, a traição das bandeiras históricas. O caminho é apostar na resistência e na organização da juventude e dos trabalhadores.

Abaixo reações que estão hoje aparecendo na imprensa internacional sobre a decisão de Alexis Tsipras de promover o plebiscito, cinco dias após o prazo limite imposto pelo FMI e pelo BCE para a Grécia se ajoelhar e aceitar mais arrocho e cortes de direitos.

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