Bauxita no Porto do Açu: âncora econômica ou apenas outra fonte de violações de direitos dos trabalhadores?

Venho observando nas últimas semanas uma abrupta presença de caminhões pesados nas principais vias de circulação de Campos dos Goytacazes, e rapidamente os liguei à chegada do minério de bauxita para ser escoado a partir do Porto do Açu.  A recente finalização do primeiro embarque de bauxita sinaliza que a presença desses caminhões que atrapalham um trânsito já desorganizado vai ser mais longo do que um observador inocente possa imaginar.

Agora, o que ainda não havia me perguntando era sobre qual é a infraestrutura que os motoristas desses caminhões estão tendo enquanto esperam para descarregar a carga que os mesmos transportam desde a cidade de Mirai (MG), que fica a quase 250 km do Porto do Açu. 

Bom, essa pergunta agora recebeu uma resposta parcial a partir de um e-mail enviada para o endereço eletrônico deste blog onde são dadas informações que, se confirmadas, beiram a condição do trabalho degradante. Entre o que foi apontada está a falta de estruturas sanitárias e de alimentação para os motoristas que ficam por longos períodos de tempo esperando para desembarcar a bauxita. E como estamos chegando ao período das altas temperaturas aqui na região, imagino que a combinação dessas ausências vá tornar as coisas ainda mais complicadas para os motoristas.

Ai é que eu pergunto: é isso que se chama de desenvolvimento? E, de quebra, aproveito para constatar que uma visita de fiscais da Delegacia Regional do Trabalho talvez seja necessária para que saibamos melhor o que está, de fato, acontecendo.

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2 comentários sobre “Bauxita no Porto do Açu: âncora econômica ou apenas outra fonte de violações de direitos dos trabalhadores?

    • Bom, Carlos, não se trata de gosto, mas de compromisso com a verdade. É que se dependesse da mídia corporativa pouco ou nada das mazelas causadas pelo “porto” seriam conhecidas. Agora, continue lendo o blog, e verá que aqui não se pratica um samba de uma nota só. Ao contrário do que faz a mídia corporativa que só tece elogios ao “porto”.

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