Pagamento dos servidores do RJ: essa não é a notícia!

A jornalista Alessandra Horto publicou na chamada Coluna do Servidor do jornal O DIA a nota abaixo que deveria encher os corações dos servidores do Rio de Janeiro, se não fosse pela “pegadinha” que ela traz.  Vejamos, pois a nota que fala sobre o pagamento dos servidores supostamente nesta 6a. feira (13/05):

pagamento o dia

O primeiro ponto desta nota que clama por atenção é que a jornalista Alessandra Horto ajuda a disseminar o fato de que o (des) governo do Rio de Janeiro anda tentando criar, qual seja, que o tesouro estadual está estourado por causa do tamanho da folha de pagamento de 490 mil servidores (ativos, inativos e aposentados).

E qual é o problema com esse número? É que o (des) governo do Rio de Janeiro deveria estar vindo a público explicar porque está tendo que cobrir (se efetivamente está) se mais de 200 mil servidores da ativa está hoje recolhendo para o RioPrevidência, o qual deveria estar pagando as aposentadorias com recursos próprios e, aparentemente, não está.

A verdade é que a situação dos aposentados e inativos é parte de um imbróglio financeiro internacional com epicentro no paraíso fiscal de Delaware, e que o (des) governo do Rio de Janeiro está tentando com a ajuda da mídia corporativa empurrar para debaixo de um espesso tapete de silêncio. E, de quebra, aproveitar para avançar o processo de privatização do Estado com a demissão de servidores concursados com base num argumento falacioso sobre a extrapolação dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Essa sim é a notícia que está sendo ocultada quando se dissemina a ideia de que o estado do Rio de Janeiro está quebrado por culpa dos gastos com o funcionalismo quando, na verdade, temos aqui o menor gasto percentual da federação com a folha de pagamentos dos servidores. 

Agora, caberá aos sindicatos dos servidores denunciar essa situação bizarra para impedir que as versões falaciosas disseminadas pelo (des) governo do Rio de Janeiro continuam fluindo livremente. Um bom começo seria uma denúncia na justiça contra os arquitetos da venda do RioPrevidência em Delaware, os senhores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

 

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