
O pacote de 28 medidas anunciadas pelo (des) governo Pezão foi dividido em duas frentes: 22 na forma de projetos lei que deverão ser avaliados pela Assembleia Legislativo do Rio de Janeiro e 6 por decretos cujas medidas terão datas específicas para entrar em vigência. Essa é uma tática divisionista, pois obrigará os servidores públicos a pressionarem em duas frentes: uma no Palácio Guanabara e outro no Palácio Tiradentes.
Eu imagino que os estrategistas do (des) governo Pezão avaliam que, ao fazer isso, estarão dificultando a capacidade de organização dos sindicatos e associações que tradicionalmente não conseguem levar a grande massa dos servidores para as ruas. E como o pacote de maldades atinge mais duramente os servidores do executivo, isso é contado como um fator que vai facilitar a tramitação das medidas e convivência com a dura realidade que os servidores terão pela frente.
Mas eu chamo a atenção para outro aspecto das táticas diversionistas que estão sendo empregadas pelo (des) governo Pezão para dificultar a vida dos sindicatos e associações de servidores. A colocação de uma série de “bodes nas salas” no pacote de medidas que servem apenas para que as reais medidas que se aplicar passem sem a devida resistência. Um exemplo é a contribuição adicional de 16% por 16 meses no recolhimento para um suposto fundo para o RioPrevidência, e que poderá ser renovado de forma infinita. Alguns juristas consideram que essa medida é inconstitucional.
É preciso lembrar que a tática “bode na sala” serve exatamente para isso: colocar elementos no meio da discussão que se sabe não terá chance a mínima chance de se sustentar para tornar mais palatável o que sobrar, e que normalmente é o que se quer aprovar em primeiro lugar.
Caberá ao movimento sindical e aos servidores entenderem isso para que a mobilização seja forte o suficiente para derrubar as medidas mais draconianas deste pacote que se centra no confisco salarial, e que não resolverá a crise em que o Rio de Janeiro foi enfiado pelos sucessivos (des) governos do PMDB.
Professor, concordo com tudo que foi dito, mas me permita uma correção: essa contribuição extra de 16% vc não é apenas para quem ganha acima de um determinado valor, o que já seria um absurdo, essa taxação é para todos nós, independente de quanto ganhamos.
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Marcela, vou verificar a corrigir. Obrigado por acompanhar o blog.
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Marcela, verifiquei essa cobrança adicional é apenas para quem ganha acima de R $ 5.189,52.
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O que está sendo divulgado não é assim não,se for fazer a leitura toda , verifiquei que vale para qualquer valor de salário!!!
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Vou verificar de novo então.
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Sim, eu li a PL. Infelizmente é pior do que se pode imaginar, todos nós daremos essa “contribuição espontânea” de 3o% do nosso salário. Inclusive, ontem no RJ Tv deram o exemplo de quem ganha 1000 reias passará a receber 700. É o aumento de 11% para 14% de previdência mais uma alíquota extra de 16% durante 16 meses, sendo que esse prazo pode ser prorrogado. A realidade é que se isso for aprovado nós passaremos fome!
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Marcela, conferi agora e você está correta. Vou corrigir a postagem. Obrigado.
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