Governador Sérgio Cabral, o secretário de Transportes do Rio, Júlio Lopes, e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, participam da primeira implosão da estação do metrô de São Conrado. Fotógrafo: Marino Azevedo
Se uma pessoa for neste momento procurar pelas notícias mais quentes do momento nos portais dos principais veículos da mídia corporativa certamente vai se defrontar com múltiplas notícias com a rebordosa causada pelas denúncias do ex-ministro da Cultura Ministro Marcelo Caleró. A mais recente é a renúncia de Geddel Vieira Lima, mas os próximos dias deverão trazer mais novidades nessa dança das cadeiras que as denúncias de Caleró acabaram deflagrando.
Pois bem, enquanto isso um espaço bem menos generoso está sendo dedicado à tardia constatação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que a Linha 4 do metrô da cidade do Rio de Janeiro custou a mais a indevida quantia de quase R$ 2,5 bilhões por causa do cometimento de sobrepreço e superfaturamento (quem desejar saber a diferença existente entre dois termos basta clicar (Aqui!)
A coisa é tão espantosamente estapafúrdia que o TCE calculou que cada metro construído custo a mais indevidos R$ 155 mil!
Interessante é ver a lista de gestores e ex-gestores que agora terão que coçar os cofres para ressarcir o erário público por causa das perdas bilionárias que essa obra causou. Entre eles estão o ex (des) governador Sérgio Cabral e o atual (des) governador Luiz Fernando Pezão, bem como o sempre serelepe deputado federal Júlio Lopes, ex (des) secretário de Transportes! (Aqui!)
E as empresas envolvidas nas atividades de sobrepreço e superfaturamento? As nossas velhas conhecidas Queiróz Galvão, Odebrecht e Carioca Engenharia. A presença dessas empreiteiras, aliás, não se restringe a essa obra durante os anos de Cabral e Pezão no Palácio Guanabara, o que já deve estar merecendo a devida atenção (ainda que tardia) do TCE. E quase com absoluta certeza já dá para afirmar que mais bilhões de sobrepreço e superfaturamento vão aparecer nas muitas obras que ocorreram entre 2007 e 2016 sob a batuta da dupla Cabral/Pezão.
Agora, quem desejar saber em detalhes toda esse imbróglio envolvendo a construção da Linha 4 do metrô carioca, sugiro que acessem o blog Transparência RJ que no dia 19 de Setembro postou um extenso material sobre esse caso (Aqui!). Vale a pena ler esse material que só explicita uma questão: por que será que o TCE demorou tanto a sair a campo para investigar essa obra?
Finalmente, será que ainda vai aparecer alguém para dizer que a culpa da falência do Rio de Janeiro é dos servidores públicos e aposentados? Bom, pensando bem, cara de pau é o que não falta para cumprir essa tarefa.
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