A estas alturas do campeonato o caso do áudio onde o juiz Glaucenir Oliveira, da Vara Criminal de Campos dos Goytacazes (RJ) e titular da Zona Eleitoral da cidade e responsável pelas repetidas ordens de prisão do ex-governador Anthony Garotinho, tece várias considerações, já alcançou fortes picos de audiência na mídia corporativa e na blogosfera. E não teria de ser assim, visto a contundência das declarações feitas contra o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) [1,2, 3 e 4] .
Em que pese a tentação de ser mais um a escrever sobre o teor das bombásticas declarações do meritíssimo, vou aqui apenas lembrar aos leitores deste blog dos múltiplos riscos envolvidos na distribuição de arquivos via aplicativos como o Whatsapp, seja de forma individual ou, pior ainda, em grupos. É que saído de um dado telefone, arquivos ou textos viram objetivamente de domínio público. Assim, antes de escrever textos ou circular arquivos, o bom mesmo é pensar nas consequências do ato.
É que, principalmente, ao cidadão comum não são reservados sequer os 15 minutos de fama que estão sendo agora desfrutados pelo juiz Glaucenir Oliveira. O melhor então é agir com grande parcimônia e o devido cuidado. E é preciso lembrar bem que o Whatsapp e seus congêneres podem ter facilitado muito a vida de quem gosta de comunicação, mas que também os riscos trazidos pela incontinência digital.
[1] https://oglobo.globo.com/brasil/gilmar-pede-inquerito-sobre-audio-em-que-acusado-de-receber-propina-de-garotinho-22225534
[2] https://www.brasil247.com/pt/247/rio247/333838/Juiz-que-prendeu-Garotinho-ataca-Gilmar-e-diz-que-a-mala-foi-grande.htm
[3] https://www.portalviu.com.br/politica/juiz-glaucenir-sera-investigado-diz-cnj/
[4] https://www.portalviu.com.br/politica/juiz-glaucenir-sera-investigado-diz-cnj/