
O general da reserva Hamilton Mourão é insuperável na elucidação do que realmente a sua chapa presidencial pretende para o Brasil. A primeira coisa é acabar com a estabilidade dos servidores públicos, abrindo o retorno para o arbítrio que existia antes dela.
Mas como pode ser observado nas entrelinhas da matéria, o general da reserva Hamilton Mourão também explicita a sua visão de que o Brasil precisa retroagir 30 anos (ou seja para pouco depois do fim da ditadura militar de 1964) para restabelecer as formas de convivência que existiam antes (ou seja, aquelas onde a homofobia e o racismo era parte do normal e do aceitável na convivência entre os brasileiros). Isto seria, segundo ele, para recuperar a alegria perdida porque os brasileiros não podem mais “brincar uns com os outros”.
Segundo Mourão, “o Brasil a um “cavalo maravilhoso que precisa ser montado por um ginete com mãos de seda e pés de aço”, Mourão criticou o que considera travas para o país, como a elevada tributação, o excesso de leis, o “ambientalismo xiita” e a “hegemonia do politicamente correto“.
E para deixar claro como pretende alcançar este retrocesso, Mourão posou com um relho na mão.
Em suma, o retrocesso que eles pretendem vai muito além da hipotética caça aos corruptos. O fato é que eles querem caçar são as formas plurais de relacionamento onde as diferenças são respeitadas em nome de um convívio mais democrático entre as pessoas.
Mourão defendeu a revogação da estabilidade no serviço público e uma profunda reforma do Estado, com prioridade à saúde, segurança, educação e agronegócio.
— Por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego? Ela não precisa mais se preocupar. Não é assim que as coisas se comportam. Tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público para o que é a atividade privada — afirmou Mourão.
Comparando o Brasil a um “cavalo maravilhoso que precisa ser montado por um ginete com mãos de seda e pés de aço”, Mourão criticou o que considera travas para o país, como a elevada tributação, o excesso de leis, o “ambientalismo xiita” e a “hegemonia do politicamente correto”.
— Temos uma crise de valores, resultado de mais de 30 anos de processo de desconstrução da identidade nacional provocada por uma intelectualidade. Perdemos a alegria de brincarmos um com os outros — declarou. (…)